O diretor no teatro de bonecos (contexto da Europa Oriental)
DOI:
https://doi.org/10.5965/2595034702212019047Resumen
Na Polônia, assim como nos países da Europa Oriental, para o teatro de bonecos
da segunda metade do século 20, e igualmente no primeiro quarto do século 21, a pessoa mais importante é o diretor. No entanto será que o papel do diretor no teatro de bonecos sempre foi o mesmo? O objetivo deste estudo é determinar este problema. Foi somente no início do século 20, no período da Grande Reforma do teatro, que o diretor passou a ter competências ilimitadas. No teatro de bonecos, esse processo durou muito mais, porque o estilo clássico de organização do teatro, derivado de criadores específicos de empresas privadas, também perdurou mais tempo. Hoje, o diretor é quem controla completamente um teatro de bonecos. Na prática, os diretores poloneses ainda estão convictos de que o teatro se destina a contar histórias. Este processo limitou o teatro de bonecos a ser uma arte existente independentemente, baseada principalmente nas habilidades de artesãos; no milagre de animar um objeto sem vida, um boneco, cuja vida mágica tem tanto a oferecer aos espectadores. Pelo contrário, o eixo desse processo sustenta os artistas que vêem o significado de suas expressões teatrais ao darem vida à matéria sem vida. Isto – quando o teatro de bonecos é, afinal, um espetáculo – é arte visual em movimento, não contação de histórias.
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