A voz de polichinelo

Autores

  • Bruno Leone Guaranttellaro (Itália)

DOI:

https://doi.org/10.5965/2595034701192018026

Resumo

O presente artigo estabelece uma reflexão sobre a importância da célebre voz de um dos personagens mais famosos do teatro de bonecos italiano, o Polichinelo da tradição napolitana. O texto parte das experiências do próprio autor e bonequeiro Bruno Leone e aborda o ato da fala como constitutiva da identidade do referido personagem e alçado para além da mera compreensão verbal. Aborda desde a produção da voz do famoso boneco é feita com a pivetta e é usada em todo o mundo em personagens semelhantes ao Polichinelo, como o Mr. Punch, na Inglaterra; o Polichinelle, na França; ou Karagoz, na Turquia. A voz dá a impressão de que o boneco tem vida própria e que as suas ações e movimentos não são determinados pela vontade do bonequeiro, mas por uma liberdade própria que lhes permite lidar com as coisas de maneira autônoma, saindo das armadilhas que a cultura impõe. A voz e a fala dos bonecos representam um mundo distinto do que conhecemos, o bonequeiro deve dar passagem a este mundo.

Palavras-chave: Polichinelo. Voz. Tradição. Linguagem de animação. Teatro de Bonecos.

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Biografia do Autor

Bruno Leone, Guaranttellaro (Itália)

Guaranttellaro, pesquisador e autor de textos, estudou com Nunzio Zampella (estreiou em maio de 1979). Fez atividades laboratoriais e shows na guerra e em zonas de risco, tais como Palestina, os acampamentos saharauis, Sul de Beirute, o caracol zapatista de Chiapas. Foi diretor do Festival La strada di Pulcinella, em Nápoles, 1990, e foi diretor da Scuola di Pulcinella (1991-1999), em Nápoles, Benevento e Pozzuoli, da Scuola delle Guarattelle (Nápoles, 2000-2002) e ministrou cursos introdutórios sobre as guaratelle napolitanas na École National des Arts de la Marionnette em Charleville-Méezières e em outras escolas internacionais.

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Publicado

2018-11-30

Como Citar

LEONE, Bruno. A voz de polichinelo. Móin-Móin - Revista de Estudos sobre Teatro de Formas Animadas, Florianópolis, v. 1, n. 19, p. 026–043, 2018. DOI: 10.5965/2595034701192018026. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/moin/article/view/1059652595034701192018026. Acesso em: 19 nov. 2024.

Edição

Seção

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