A SEXUALIDADE DE ESTUDANTES DEFICIENTES MENTAIS: EXPERIÊNCIAS DE PROFESSORAS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM SERGIPE <br> THE SEXUALITY OF MENTAL DEFICIENTS STUDENTS: TEACHERS’ EXPERIENCES FROM FUNDAMENTAL EDUCATION IN SERGIPE
Résumé
O presente artigo trata da atuação de professoras da rede estadual de ensino na cidade de Aracaju, no tocante à Educação Sexual dos alunos portadores de deficiência mental. O trabalho privilegia a análise da forma de intervenção mais citada pelas professoras entrevistadas, as conversas. Para se ter acesso aos discursos, foi aplicado um roteiro de entrevista em 21 (vinte e uma) professoras de classes especiais e de classes regulares em que foram implantados programas de inclusão escolar. Após análises quantitativas e qualitativas dos discursos, concluiu-se que, ao escolherem o diálogo como principal forma de intervenção, as professoras tentam estabelecer uma atitude menos coercitiva diante das manifestações sexuais de seus alunos. Isto, no entanto, não minimiza os aspectos negativos das intervenções que, por serem informais, estão pautadas no senso comum, em conceitos de sexualidade e educação sexual limitados, por vezes repressores e negativos. Verificou-se também que a imposição de limites às manifestações afetivo-sexuais dos alunos foi o principal conteúdo das conversas. Este fato não deve apenas ser interpretado como uma forma de cerceamento da sexualidade, mas como tentativa de dividir com esses alunos códigos sociais aos quais, possivelmente, não tiveram acesso por conta de suas histórias de segregação familiar e social.
Palavras-chave: Sexualidade. Deficientes Mentais. Professoras.
Abstract: The present article deals with the teachers´ performances from public state schools in the city of Aracaju, in the subject of sexual education of students with mental deficiencies. The work privileges the analysis of the most spoken way of intervention used by the teachers interviewed: dialogue. To having access to the speeches it was applied a script of interviewing 21 (twenty-one) teachers from special classes and regular classes in which were introduced programs of scholar inclusion. After quantitative and qualitative analyses of the speeches, it’s concluded that when it’s chosen dialogue as the main way of intervention, the teachers try to establish a less coercitive attitude towards their students´ sexual manifestations. This, meanwhile, doesn’t minimize the negative aspects from the informal interventions, based in the common sense, in a limited concept of sexuality a sexual education, sometimes repressive and negative. It’s also verified that imposing limits to their students´ affectionate-sexual manifestations was the main point of the conversations. This fact mustn’t just be interpretated as a way of sexuality restriction, but as an attempt of sharing with these students social codes that, probably, they haven’t come to know their stories of familiar and social segregation.
Key-words: Sexuality. Mental Deficients. Teachers.
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