Reformas educacionais, formação de professores e escolarização da infância catarinense (1910-1928): “a base é a escola normal"

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1984723823532022034

Palavras-chave:

movimento reformista, Santa Catarina, instrução pública, rupturas e permanências

Resumo

Este estudo propõe como objeto de investigação as reformulações ou reformas educacionais para o contexto do Estado de Santa Catarina entre os anos de 1910 e 1928. Apresenta como objetivo central: analisar as proposições de (re)organização para o ensino primário e para a (re)formação de professores pela Escola Normal, destacando obrigatoriedades, atribuições, programas e método de ensino. O percurso teórico-metodológico procurou responder a  seguinte questão: Que rupturas e permanências são possíveis de serem interpretadas acerca da formação de professores – com destaque para a Escola Normal – e da escolarização da infância catarinense, considerando as reformulações ou reformas educacionais entre os anos de 1910 e 1928? Pressupõe-se que a necessidade de reorganização da instrução pública catarinense (1910-1928) demandou a (re)configuração de uma forma e cultura escolares, por meio das normatizações específicas para as escolas primárias e para o ensino ou Escola Normal públicos, advindas do movimento reformista, em nível nacional, pela realidade particular do Estado de Santa Catarina, evidenciando rupturas e permanências.

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Publicado

2022-12-09

Como Citar

HOELLER, Solange Aparecida de Oliveira; SOUZA, Gizele de. Reformas educacionais, formação de professores e escolarização da infância catarinense (1910-1928): “a base é a escola normal". Revista Linhas, Florianópolis, v. 23, n. 53, p. 34–59, 2022. DOI: 10.5965/1984723823532022034. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/view/23010. Acesso em: 28 mar. 2024.