Trajetórias de vida e formação de professores indígenas nos estados do Tocantins e Amazonas
Abstract
O artigo em questão resulta das reflexões advindas de nossas experiências em cursos de formação inicial e continuada de professores indígenas, na área do ensino de Matemática, nos Estados do Tocantins e Amazonas. As ações de ensino desenvolvidas nestes cursos, desde os anos de 2006, tiveram como objetivo compartilhar as trajetórias pessoais e profissionais dos indígenas, uma vez que esses professores pertencem a distintos povos, tanto linguisticamente, como quanto aos seus entendimentos sobre educação familiar e escolar. Para tanto, recorremos às narrativas registradas durante os cursos de formação que permitiram investigar os saberes e fazeres tradicionais dos indígenas como estratégias para o ensino e análise das aprendizagens dos professores que ensinam Matemática em contextos de interculturalidade e intraculturalidade no intuito de buscar identificar e discutir quais as conexões entre os saberes tradicionais e os conhecimentos escolares. O diálogo entre essas duas formas de conhecimento deu-se por meio das rodas de conversas que se configuraram como entrevistas narrativas contribuindo para a investigação sobre o ser (professor indígena), além de permitir conhecer melhor os “parentes” em seus processos formativos; de registrar o não registrado; dando voz aos silenciados evidenciando os diferentes modos de conceber a aprendizagem nas diversas culturas. Os aportes teóricos adotados, referentes ao uso da Pesquisa Narrativa, advêm de Clandinin e Connelly (2011), Jovchelovitch e Bauer (2008), Aragão (2011) e Gonçalves (2011). No que tange ao ensino de Matemática, no contexto cultural indígena, assumimos as ideias de D’Ambrosio (2002) em seu Programa Etnomatemática.
Palavras-chaves: Professores indígenas; Escolas indígenas; Matemática - estudo e ensino.Downloads
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