A Residência Pedagógica como dispositivo de biopoder: experiências de sujeitos estudantes-residentes do subprojeto de Matemática
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984723825592024151Palavras-chave:
biopoder, discurso, iniciação à docência, professor(es/a)-de-matemática, pandemiaResumo
Este artigo analisa como a Residência Pedagógica (RP) constitui-se dispositivo de biopoder ao regular experiências dos sujeitos estudantes-residentes do subprojeto de Matemática durante a pandemia. Para tanto, mobilizaram-se algumas ferramentas conceituais propostas por Michel Foucault e argumentamos que os endereçamentos da RP se constituem um dispositivo de biopoder para o governamento e o controle das populações. Utiliza-se a abordagem qualitativa, associada à pesquisa documental. Optou-se pela análise documental de um corpus constituído por editais e relatos de experiências de sujeitos estudantes-residentes. Para tanto, apoiamo-nos nos princípios da análise do discurso na perspectiva foucaultiana para apreciar os dados produzidos. Consideram-se três unidades de análise vinculadas às práticas e às experiências, a saber: a) a instância formativa; b) o âmbito matemático; c) o campo pedagógico. Essas unidades emergiram dos dados e foram sistematizadas a partir de um diálogo com alguns conceitos foucaultianos. Os resultados indicam que o dispositivo formativo da Residência Pedagógica produz sujeitos-futuro(s)-professor(es)-de-Matemática por meio de diversificadas estratégias regulatórias pautadas nos debates sobre o exercício de poder/resistência, sociedade disciplinar e controle que moldam as experiências vivenciadas.
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