Movimento sindical docente na Universidade Federal do Amapá: condições locais e articulações nacionais na construção da greve de 2012
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984723823522022113Palavras-chave:
greve, sindicalismo docente, ANDES, SindufapResumo
Neste artigo analisa-se o movimento sindical docente na Universidade Federal do Amapá (Unifap), destacando o envolvimento com a construção da greve nacional da categoria, em 2012. Consideram-se o contexto nacional da deflagração da greve protagonizada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), o processo de mobilização, a pauta de reivindicações e o desfecho do movimento. Destacam-se aspectos históricos da Unifap, com ênfase na criação do Sindicato dos Docentes da Unifap, em 1994, e sua vinculação ao ANDES-SN, como Seção Sindical, em 2002. Informações empíricas foram obtidas via questionário aberto, respondido por docentes que participaram da greve e atuaram como dirigentes do Sindufap no período 2012-2020, para identificar o envolvimento com o movimento grevista, a mobilização local, a articulação com a luta nacional, o desfecho e o balanço da paralisação. Identifica-se que as precárias condições de trabalho e a defesa pela reestruturação da carreira foram elementos centrais na adesão ao movimento paredista, evidenciando articulação entre as demandas locais e a reivindicação nacional. O envolvimento do Sindufap com a greve foi ativo e mobilizador, fazendo do movimento um importante espaço de formação política. Em relação ao desfecho, percebe-se avaliação negativa em relação ao atendimento da pauta grevista, mas positiva em seu balanço político. Em suma, a experiência local da greve de 2012 foi extraordinária: as assembleias e os atos com grande participação da categoria, somados à união na luta com estudantes e técnico-administrativos, eletrizaram a categoria, na esperança de que uma mudança efetiva estivesse no horizonte possível da força coletiva.
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