Alfabetização e formação de professores/as alfabetizadores/as: a experiência do Grupo LEIAA
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984723823512022190Palavras-chave:
formação docente, alfabetização discursiva, fazer docenteResumo
O texto discute, a partir de uma concepção discursiva, a experiência de formação professores/as alfabetizadores/as, efetivada no Grupo de Estudo e Pesquisa em Leitura, escrita e Alfabetização na Amazônia (LEIAA) e, ocorrida, em especial no período da Pandemia da Covid-19. Um grupo composto por diferentes pessoas: docentes do ensino superior, da educação básica, da educação infantil, futuros alfabetizadores, coordenadores pedagógicos, profissionais de Letras, estudantes bolsistas, vinculados ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, um mestrando e um doutorando do Programa de Pós-Educação da Universidade Federal do Pará, com trabalho na área temática da alfabetização. Nosso objetivo foi o de construir com os participantes um espaço formativo que possibilitasse redirecionamentos das experiências para análise do vivido de forma consciente e crítica, para quem sabe inverter a ordem do que já se vinha fazendo nos cursos aligeirados de formação e buscar a íntima relação entre teoria e prática. Os resultados dessa experiência indicaram que o grupo de pesquisa se constituiu como um importante espaço formativo marcado pela partilha, pelo inusitado, pela ausência de certezas e pela aprendizagem mútua entre formadores e professores alfabetizadores. Essa experiência tem nos ensinado que os professores são sujeitos da formação; são sujeitos com diversificadas experiências e cada uma delas relatada nos faz pesquisar, estudar, questionar, procurar juntos a melhor forma de compreendê-las. Os professores nos provocam e nos desafiam a desaprender e desapegar de nossas “verdades” construídas há tanto tempo em nossos processos formativos.
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