Representações de juventudes sul-coreanas: produzindo corpos femininos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1984723824552023368

Palavras-chave:

estudos culturais, gênero, juventudes, corpos, k-drama, Hello, My Twenties!

Resumo

O objetivo deste trabalho é examinar as representações de juventudes femininas, atravessadas e constituídas por ensinamentos referentes às expressões culturais oriundas da Coreia do Sul, mais especificamente por meio da análise do k-drama Hello, My Twenties!. A investigação tem como referencial teórico os Estudos Culturais, em articulação com os Estudos de Gênero, aliados à crítica de autores/as pós-estruturalistas. A etnografia de tela é utilizada como recurso metodológico, ao pressupor que as falas, as imagens e as cenas não possuem um sentido único, mas que, ao invés disso, trazem compreensões plurais, dinâmicas e conflitivas. As análises das cenas nos permitiram apreender que as representações sul-coreanas, principalmente das jovens, atuam na construção das formas de posicionar os corpos, de viver as atividades de lazer, realizar os estudos, investir em relacionamentos amorosos, assim como uma forma normativa para viver o gênero e a sexualidade, a heterossexual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Justina Bechi Robaski, Federal Institute of Rio Grande do Sul

Administradora, coordenadora de Gestão de Pessoas – CGP e está vinculada ao Gabinete do Diretor do Campus, sendo de sua competência propor, desenvolver, coordenar, executar, divulgar e avaliar as políticas, ações, diretrizes, normas, regulamentos e programas do IFRS relacionadas à Gestão de Pessoas, em articulação com a Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) da Reitoria. Mestre em educação pela Universidade Luterana do Brasil.

Referências

ANDRADE, S. D. S. Saúde e beleza do corpo feminino – algumas representações no Brasil do Século XX. Movimento, Porto Alegre, p. 119-143, jan./abr. 2003. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/Movimento/article/viewFile/2665/1298. Acesso em: 15 nov. 2018.

ANDRADE, S. D. S. Mídia impressa e educação de corpos femininos. In: LOURO, G. L.; FELIPE, J.; GOELLNER, S. V. (orgs.). Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo na educação. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2013. p. 109-123.

BALESTRIN, P. A. O corpo rifado. 178 f. 2012. Tese (Doutorado em Educação) − Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012.

BALESTRIN, P. A.; SOARES, R. "Etnografia de tela": uma aposta metodológica. In: MEYER, D. E.; PARAÍSO, M. (orgs.). Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2012. p. 87-110.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Formação de professores do ensino médio, etapa I - caderno II: o jovem como sujeito do ensino médio. Curitiba: UFPR/Setor de Educação, 2013.

CANCLINI, N. G. Leitores, espectadores e internautas. Tradução: Ana Goldberger. São Paulo: Iluminuras, 2008.

CANEVACCI, M. Culturas eXtremas: mutações juvenis nos corpos das metrópoles. Tradução: Alba Olmi. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.

DAYRELL, J. A música entra em cena: o rap e o funk na socialização da juventude. Belo Horizonte: UFMG, 2005.

DAYRELL, J. A escola “faz” as juventudes? Reflexões em torno da socialização juvenil. Educ. Soc., Campinas, v. 28, n. 100, p. 1105-1128, out. 2007. Número especial. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/RTJFy53z5LHTJjFSzq5rCPH/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 9 mar. 2018.

DAYRELL, J.; CARRANO, P. Juventude e ensino médio: quem é este jovem que chega à escola. In: DAYRELL, J.; CARRANO, P.; MAIA, C. L. Juventude e ensino médio: sujeitos e currículos em diálogo. Belo Horizonte: UFMG, 2014. p. 101-134.

GOELLNER, S. V. A produção cultural do corpo. In: LOURO, G. L.; FELIPE, J.; GOELLNER, S. V. (orgs.) Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2013. p. 30-42.

DEL PRIORE, M. Histórias do cotidiano. São Paulo: Contexto, 2001.

DEL PRIORE, M. Histórias íntimas: sexualidade e erotismo na história do Brasil. São Paulo: Planeta, 2011.

HALL, S. A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções de nosso tempo. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 22, n. 2, p. 15-46, jul./dez. 1997.

HELLO, My Twenties!. Direção: Lee Tae-gon e Kim Sang-ho. Seul: Celltrion Entertainment, 2016. 1 vídeo (70 min.), son., color.

HOUBRE, G. A belle époque das romancistas. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 10, n. 2, p. 325-338, 2002. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/9600. Acesso em: 7 mar. 2018.

KANG, I. It all started with a bang the role of pc bangs in South Korea’s cybercultures. In: KIM, K. H.; CHOE, Y. (ed.). The korean popular culture reader. London: Duke University Press, 2014. E-book.

LOURO, G. L. Pedagogias da sexualidade. In: LOURO, G. L. (org.) O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010. p. 07-34.

LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação uma perspectiva pós-estruturalista. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.

LOURO, G. L. Um corpo estranho. 3. ed. rev. amp. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.

MADUREIRA, A. V. A. C.; MONTEIRO, D. D. S. M.; URBANO, K. C. L. Fãs, Mediação e cultura midiática: dramas asiáticos no Brasil. I Jornada Internacional GEMInIS. São Carlos: Universidade Federal de São Carlos, 2014.

MEYER, D. E.; KLEIN, C.; ANDRADE, S. D. S. Sexualidade, prazeres e vulnerabilidade: implicações educativas. Educação em revista, Belo Horizonte, p. 219-239, dez. 2007.

MEYER, D. E. Gênero e educação: Teoria e política. In: LOURO, G. L.; FELIPE, J.; GOELLNER, S. V. (orgs.). Corpo, gênero e sexualidade: um debate contemporâneo. 9ª. ed. Petrópolis: Vozes, 2013. p. 09-27.

PILETTI, C. História da educação: de Confúcio a Paulo Freire. São Paulo: Contexto, 2012. v. I.

QUINTERO, L. A. Z. Dramas coreanos en Colombia: una reflexión desde sus contenidos y otras formas de narrativas. Questión, Argentina, v. 1, n. 52, p. 402-419, 2016.

ROBASKI, J. B. Representações de juventudes sul-coreanas: uma análise cultural do k-drama Hello, my twenties! Dissertação (Mestrado em Educação) − Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Luterana do Brasil, Canoas, 2019.

SEFFNER, F.; FIGLIUZZI, A. Na escola e nas revistas: reconhecendo pedagogias do gênero, da sexualidade e do corpo. Entreideias: educação, cultura e sociedade, Salvador, n. 19, p. 45-59, jan./jun. 2011. Disponível em: http://dx.doi.org/10.9771/2317-1219rf.v0i19.5228. Acesso em: 18 fev. 2019.

SIBILIA, P. Redes ou paredes: a escola em tempos de dispersão. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

SPINK, M. J. et al. Usos do glossário do risco em revistas: contrastando “tempo” e “públicos”. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 21, n. 1, p. 1-10, 2008. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/prc/v21n1/a01v21n1.pdf. Acesso em: 28 jan. 2019.

URBANO, K. Entre japonesidades e coreanidades pop: da Japão mania à onda coreana no Brasil. Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, Curitiba, n. 40, p. 1-17, 2017.

WEEKS, J. O corpo e a sexualidade. In: LOURO, G. L. (org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Tradução: Tomaz Tadeu da Silva. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010. p. 35-82.

Downloads

Publicado

2023-07-25

Como Citar

ROBASKI, Justina Bechi; KLEIN, Carin. Representações de juventudes sul-coreanas: produzindo corpos femininos. Revista Linhas, Florianópolis, v. 24, n. 55, p. 368–394, 2023. DOI: 10.5965/1984723824552023368. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/view/21955. Acesso em: 22 nov. 2024.