Narrativas escritas: leituras de si (e do outro) como experiência autoformativa nas pesquisas em educação
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984723824562023307Palavras-chave:
narrativas escritas, metodologia, pesquisa em educação, formação de professoresResumo
A proposta deste artigo é analisar narrativas escritas utilizadas em uma pesquisa de natureza qualitativa que resultou em uma tese na área da Educação. As narrativas foram produzidas por acadêmicas do último semestre de um curso de Licenciatura em Pedagogia, buscando conhecer as memórias constitutivas do tornar-se professor e suas construções acadêmicas sobre um determinado tema, a saber, as infâncias; ao mesmo tempo, ambiciona-se contribuir com o leitor para a instrumentalização do uso desse modo de produzir dados em pesquisas na área da Educação. Tal modo de produzir dados é entendido para além de uma metodologia, configurando-se também em uma potente ferramenta formativa, uma vez que coloca as acadêmicas em contato com suas memórias, oportunizando reflexões que resultam em experiências para sua vida. O referencial teórico para operar com as narrativas sustenta-se nos estudos de Abrahão (2004, 2011), Bueno (2002), Cunha (1998), Errante (2000), Ferrer (1995), Josso (2004), Thomsom (1997) e Wittizorecki (2006). Como resultados, considerando a individualidade de cada acadêmica, foi possível promover um espaço de escrita e leitura, de si e do outro, uma vez que as narrativas também produziram marcas coletivas no que concerne à continuidade daquela turma e do curso de Pedagogia, além de assegurar a essa ferramenta de produção de dados empíricos o status investigativo e formativo.
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