Beirando as margens

percepções de pessoas com deficiência sobre atuação profissional em dança

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5965/18083129152021e0014

Palabras clave:

Exclusão social na arte, Dança para pessoas com deficiência, Dançarinos com deficiência, Educação inclusiva

Resumen

Este estudo propõe investigar como pessoas com deficiência, estudantes de dança no contexto do ensino não-formal, percebem o campo de atuação artística profissional em dança como uma possibilidade para seus corpos. Trata-se de uma pesquisa de campo de natureza qualitativa, com uso de entrevista semiestruturada como instrumento de coleta de dados. Os dados foram discutidos adotando-se o conceito de Umwelt, proposto por Jacob von Uexkull, enfatizando as percepções próprias dos sujeitos participantes do estudo sobre a inclusão de seus corpos, considerados fora da norma, na produção artística da dança. Os resultados indicaram que a percepção sobre atuação profissional em dança é vinculada a modelos de corpo e dança de pessoas sem deficiência.

 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Andréa Lúcia Sério Bertoldi, Universidade Estadual do Paraná - campus de Curitiba II - Faculdade de Artes do Paraná - FAP.

Professora Adjunta do Curso de Bacarelado e Licenciatra em Dança e do Programa de Pós-Graduação - Mestrado Profissional em Artes PPGARTES - da Universidade Estadual do Paraná e do Programa de Mestrado Profissional em Educação INclusiva - PROFEI; Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Dança - Linha Mediações Educacionais em Dança.

Matheus dos Anjos Margueritte, Universidade Estadual do Paraná - Unespar, campus de Curitiba II - Faculdade de Artes do Paraná.

Pesquisador bolsista da Fundação Araucária no Programa de Iniciação Científica da Universidade Estadual do Paraná - Unespar; Colaborador do Grupo de Pesquisa em Dança da Unespar.

Citas

BERTALANFFY, L. V. Problems of life: an evaluation of modern biological thought. London: Watts & Co.; New York: Wiley, 1952.

BERTOLDI, A. L. S.; SOUZA, C. A. F. de. Dança inclusiva e o efeito borboleta. Revista da Faced, Salvador, v. 1, n. 16, p. 51-62, 2009.

BERTOLDI, A. L. S. Trans(ações) de corpos com deficiência em processos de criação em dança entre otras cositas más. Caderno de Ensaios TO, Curitiba, v. 2, p. 28-41, 2015.

BERTOLDI, A. L. S.; RIL, A. F. Aproximações entre neurociências e processos de fruição e criação em dança na infância. In: VELLOZO, M.; STECZ, S. (org.) Criação, ensino e produção de conhecimento em artes: artes visuais, cinema, dança e teatro. Campo Mourão, PR: Fecilcam, 2016.

BERTOLDI, A. L. S.; MARGUERITTE, M. dos A. Ilhas e Tentilhões: o convívio social como estratégia de acesso e inclusão em dança. Revista da FUNDARTE, Montenegro, ano 20, n. 41, p. 01- 25, abr./Jun. 2020. Disponível em: http://seer.fundarte.rs.gov.br/index.php/RevistadaFundarte/article/view/702 . Acesso em: 20 jun. 2020.

BRASIL. Decreto nº 82.385, de 5 de outubro de 1978. Institui o Código Civil. Diário Oficial da União: Brasília, DF, ano 90, 6 out. 1978.

BRASIL, Lei nº 13.146, de 6 de jul. de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Brasília, DF. 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm. Acesso em: 24 mar. 2021.

DAMÁSIO A. R. E o cérebro criou o homem. São Paulo: Companhia Letras, 2011.

DINIZ, D.. O que é deficiência? São Paulo: Brasiliense, 2007.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GOLDMAN, M. Uma Categoria do Pensamento Antropológico: a noção de pessoa. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 39, n. 1, p. 83-109, 1996.

GREINER, C. Em busca de uma metodologia para analisar a alteridade na arte. Concept, Campinas, v. 6, n. 2, p.10-21, 2017.

LEPECKI, A. O corpo colonizado. GESTO: Revista do Centro Coreográfico do Rio, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, p. 7-11, jul. 2003.

MARTINS, S. E. S de O.; GOMEZ, A. J. V.; FERNANDES, Y. Z.; BENETTI, C. da S. Inclusão de universitários com deficiência na educação superior: o que dizem as pesquisas no Brasil e Uruguai. Jornal de Políticas Educacionais. Curitiba, v. 11, n. 17, p. 1-25, nov. 2017.

MATOS, L. Dança e diferença: cartografia de múltiplos corpos. Salvador: Editora da Universidade Federal da Bahia, 2012.

MORIN, E.; LE MOIGNE, J.-L. A Inteligência da complexidade. São Paulo: Petrópolis, 2000.

NOVAES, R. Hip Hop: o que há de novo? In: BUARQUE, C. (org.). Perspectivas de gênero: debates e questões para ONGs. Recife: GT Gênero - Plataforma de Cotrapartes Novib / SOS Corpo e Cidadania, p. 110-136, 2002.

ROSSI, P.; MUNSTER, M. de A. van. Dança e Deficiência: uma revisão bibliográfica em teses e dissertações nacionais. Movimento, Porto Alegre, v. 19, n. 4, p. 181-205, 2013.

SASSAKI, R. K. Inclusão: o paradigma do século XXI. Revista de Educação Especial, Brasília, ano 1, n. 1, p. 19-23, out. 2005.

SATED-PR – Sindicato dos Artistas e Técnicos de Espetáculos de Diversão do Estado do Paraná. Instrução Normativa n. 40 de junho de 2019 - Regula e disciplina o exame de capacitação profissional de bailarinos e dançarinos para o ano de 2019. Curitiba, PR, jun. 2019. Disponível em: http://satedpr.org.br/wp-content/uploads/2019/06/NORMATIVA__DANCA_CURITIBA.pdf. Acesso em: 12 jul. 2019.

SÉRIO, A.; VIEIRA, C.; VIEIRA, S. Corpo em questão. Curitiba: Nó movimento em rede, 2017.

SÉRIO, A. Corpos com deficiência que dançam: entre outras cositas más. In: PRIORI, C.; SÉRIO, A. (org.) Diversidade em Fricção: educação em direitos humanos em construção na universidade. Curitiba: CBT Brasil Multimídia, 2020. p.150-166.

TEIXEIRA, C. Deficiência em cena. João Pessoa: Idéia, 2011.

UEXKULL, J. von. Stroll though the words of animals and men: a picture book of invisible words. Semiótica, Canada, v. 89, n. 4, p. 319-391, 1992.

VARGAS, M. Para uma filosofia da tecnologia. São Paulo: Alfa - Omega, 1994.

VIEIRA, J. A. Teorias do conhecimento e arte: formas de conhecimento - arte e ciência uma visão a partir da complexidade. Fortaleza, Expressão Gráfica: 2006.

Publicado

2021-03-31

Cómo citar

BERTOLDI, Andréa Lúcia Sério; MARGUERITTE, Matheus dos Anjos. Beirando as margens: percepções de pessoas com deficiência sobre atuação profissional em dança . DAPesquisa, Florianópolis, v. 16, p. 01–16, 2021. DOI: 10.5965/18083129152021e0014. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/dapesquisa/article/view/18556. Acesso em: 25 nov. 2024.