Zkaya, corpo [negro] e moda ativista em Santa Catarina

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/18083129152021e0028

Palavras-chave:

Moda - Atividades políticas, Negros - Identidade racial, Ativistas pelos direitos humanos – Santa Catarina, Relações étnicas

Resumo

O presente artigo tem como objetivo identificar ações de engajamento estético-político da marca catarinense Zkaya voltadas para a valorização das subjetividades de identidades negras, no contexto do ativismo e da moda Afro-brasileira no cenário contemporâneo. Trata-se de uma pesquisa básica, qualitativa e descritiva, cujo levantamento bibliográfico permitiu construir o embasamento teórico, que discute primeiramente como operam as estruturas de poder sobre o corpo [negro], como a moda tem um papel fundamental em sua docilização e, contudo, aponta para o fato de que onde há poder, existe resistência; em seguida, apresenta um comparativo de como algumas marcas ativistas brasileiras estão resistindo ao sistema dominante, para finalmente apresentar os resultados de dados coletados por meio de entrevista e acesso a site e redes sociais da principal marca em questão, de modo a tornar possível a afirmação de que a Zkaya é uma marca ativista que ressignifica a moda e valoriza aspectos históricos e socioculturais associados às subjetividades das identidades negras.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lazaro Vilela, Universidade do Estado de Santa Catarina

Possui graduação em Moda pela Universidade Estadual de Maringá (2014). Atuou nos departamento de criação e marketing na indústria da moda (2009 - 2019). Atualmente é mestrando no PPGMODA na Universidade do Estado de Santa Cataria, na linha de pesquisa Moda e Sociedade, e previsão de conclusão para 2022

Daniela Novelli, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutora em Ciências Humanas pelo Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), área Estudos de Gênero, com a tese: A branquidade em Vogue [Paris e Brasil]: imagens da violência simbólica no século XXI (2014). Realizou estágio de doutoramento na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS - CAPES/COFECUB) e de pós-doutorado na Université de Paris-Sorbonne Paris IV, junto ao Centre de Recherches Interdisciplinaires sur les Mondes Ibériques Contemporains (CRIMIC) com bolsa de pesquisa CAPES BEX 6682/14-6 (Brasil). Mestre em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), área História do Tempo Presente (2009), com estudos voltados para imagem/juvenilização contemporânea em periódicos de moda. Especialista em Moda: Criação e Produção pela UDESC (2002). Bacharel em Moda, com habilitação em Estilismo pela UDESC (2000). Pesquisadora colaboradora do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Membro de conselho editorial da revista DaPesquisa e parecerista ad-hoc da revista ModaPalavra E-periódico e da Revista Feminista (REF). Atuou como professora da UNIVALI e atualmente é professora adjunta no curso Bacharelado em Moda da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), credenciada no Mestrado Profissional em Design de Vestuário e Moda do Programa de Pós-Graduação em Moda (PPGMODA) da mesma instituição.

Lucas da Rosa, Universidade do Estado de Santa Catarina

Bacharel em Ciências Econômicas (Ano: 2000) - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialista no Lato-Sensu em Moda: Criação e Produção (Ano: 2002) e Mestre em Educação e Cultura (Ano: 2005), ambas formações na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Doutor em Design (Ano 2012) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Atualmente é professor efetivo na UDESC, trabalhando no Bacharelado em Moda e no Programa de Pós-Graduação do Mestrado Profissional de Design de Vestuário e Moda (PPGModa). Tem experiência no Setor de Moda, com ênfase na Tecnologia do Vestuário, trabalhando principalmente na concepção e desenvolvimento de produtos

Icléia Silveira, Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutora em Design (2011) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Mestra em Engenharia da Produção (2003) pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialista em Desenho Industrial, Estilismo e Modelagem de moda (1992) pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Também especialista em Atualização para docentes de Nível Superior (1980) pela UFSC. Também especialista em Geografia e Desenvolvimento Regional e Urbano (1978) pela UFSC. Licenciada em Geografia (1976) pela UFSC. Atualmente, é professora do quadro efetivo de docentes do curso de bacharelado em moda e do Programa de Pós-Graduação em Design de Vestuário e Moda (PPGModa), ambos da Udesc. É membro do Grupo de Pesquisa Design de Moda e Tecnologia (Udesc/CNPq). É membro do conselho editorial da revista ModaPalavra e-periódico (Udesc). É membro da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas em Moda (ABEPEM). É coordenadora do Laboratório de Tecnologia do Vestuário e Economia Criativa (LaCRIAT), da Udesc. Atua, leciona e pesquisa as seguintes áreas: ergonomia, modelagem plana do vestuário, moulage, processos produtivos nas indústrias têxteis e de confecção, gestão do conhecimento, negócios de moda e aprendizagem organizacional.

Referências

AIRES, A. B. De gorda a plus size: a moda do tamanho grande. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2019.

ASN. Agência Sebrae de Notícias. Afroempreendedorismo cresce atuação no Brasil: No mês de comemoração do Dia Nacional da Cociencia Negra, o empreendedorismo negro também representa a luta por igualdade, respeito e representatividade. 2020. Sebrae. Disponpivel em: https://www.sebrae.com.br/sites/asn/uf/NA/afroempreendedorismo-cresce-atuacao-no-brasil,54994b31ad5e5710VgnVCM1000004c00210aRCRD. Acesso em: 24 nov. 2020.

BARRETO, C. Moda e feminismo. Revista Feminismo, Bahia, v. 3, n. 1, p. 135-146, abr. 2015. disponível em: https://cienciasmedicasbiologicas.ufba.br/index.php/feminismos/article/viewFile/30092/17808. Acesso em: 24 nov. 2020.

BARRETO, C. ModAtivismo como prática insurgente para pensar o Dia Internacional da Mulher negra. 2020. Fashion Revlution. Disponpivel em: https://www.fashionrevolution.org/brazil-blog/modativismo-como-pratica-insurgente-para-pensar-o-dia-internacional-da-mulher-negra/. Acesso em: 24 de nov. 2020.

CASA NOVA, J, O. "A rede é nóiz: a amplificação do discurso do rap a partir do uso da tecnologia e das redes sociais na trajetória do rapper Emicida". XXXIX CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 39., 2016, São Paulo . Anais eletrônicos [...]. São Paulo: INTECOM, 2016. Disponível em: https://portalintercom.org.br/anais/nacional2016/resumos/R11-1729-1.pdf. Acesso em: 21 nov. 2020.

CIETTA, E. A revolução do fast fashion: estratégias e modelos organizados para competir nas indústrias híbridas. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2010. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/313619476_A_revolucao_do_fast-fashion_-_estrategias_e_modelos_organizativos_para_competir_nas_industrias_hibridas. Acesso em: 19 fev. 2021

CRANE, D. A moda e seu papel social: classe, gênero e identidade das roupas. São Paulo: Editora Senac, 2006.

FASHION revolution brazil. [S. l.: s. n.], 2021. Disponível em: https://www.fashionrevolution.org/south-america/brazil/. Acesso em: 19 fev. 2021.

FOUCAULT, M. História da sexualidade I: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.

HALL, S. Identités et cultures 2:Politiques des différences. Paris: Éditions Amsterdam, 2013.

KATZ, H. Para ser contemporâneo da biopolítica: corpo, moda, trevas e luz. In: MESQUITA, C.; CASTILHO, K. Corpo, moda e ética: pistas para uma reflexão de valores. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2012.

LENHARO, R. I.; CRISTOVÃO, V. L. L. PODCAST, Participação social e desenvolvimento. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 32, n. 1, jan./mar, 2016. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-46982016000100307&script=sci_arttext&tlng=pt. Acesso em:07 mar. 2021

LIPOVETSKY, G. O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

LIVE no instagram: o que é, como fazer uma boa live e recursos. Neilpatel, 2021. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog/live-no-instagram/. Acesso em: 19 fev. 2021

MESQUITA, C.; CASTILHO, K. Corpo, moda e ética: pistas para uma reflexão de valores. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2012.

MICHETTI, M. Panorama histórico da moda “ocidental”: planetarização ou universalização? In: MICHETTI, M. Moda Brasileira e Mundialização: mercado mundial e trocas simbólicas. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012. p.37-99. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/280865/1/Michetti_Miqueli_D.pdf. Acesso em: 19 fev. 2021.

NOVELLI. D. A branquitude em Vogue (Paris E Brasil): Imagens da violência simbólica no século XXI. 2014. 345f. Tese (Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas). Universidade Federal de Santa Catarina. Santa Catarina, Florianópolis, 2014. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/123183. Acesso em: 19 fev. 2021.

SANTOS, M. do C. P. Moda Afro-brasileira, design e resistência: ao vestir como ação política. Dissertação (Mestrado em Têxtil e Moda) - Escola de Artes, Ciências e Humanidades de São Paulo. São Paulo, p. 159. 2019. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100133/tde-06122019-182505/publico/Moda_Afro_Brasileira_MCPS.pdf. Acesso em: 24 nov. 2020.

SANTOS, G. Lab injeta representatividade na passarela do SPFW: Empreitada fashionista de Emicida com seu irmão Evandro Fióti foi destaque do segundo dia da semana de moda pelo casting e moda inclusivos. Vogue. Rio de Janeiro: Globo, 2016. Disponível em: https://vogue.globo.com/moda/moda-news/noticia/2016/10/lab-injeta-representatividade-na-passarela-do-spfw.html. Acesso em: 24 nov. 2020

SIS. Sistema de Inteligência Setorial, Moda Africana no Brasil. Boletim de Tendências: SEBRAE-SC. fev. 2016. Disponível em: https://atendimento.sebrae-sc.com.br/inteligencia/boletim-de-tendencia/moda-africana-no-brasil. Acesso em: 19 fev, 2021

UAKANI. Podcast. Disponível em: https://open.spotify.com/show/3n3JxCejWUk7V4meLhMHkU?si=ojp4uVgJSRWFXD0ELJCSMw. Acesso em: 25 nov. 2020

VILAR, M. Estilista baiano Isaac Silva faz estreia no SPFW com desfile “acredite no seu axé”: Foco desra temporada do São Paulo Fashion Week é em sustentabilidade e ativismo. 2019. Disponível em: https://www.metro1.com.br/noticias/cultura/81480,estilista-baiano-isaac-silva-faz-estreia-no-spfw-com-desfile-acredite-no-seu-axe. Acesso em: 24 nov. 2020

HUBS de inovação: O que são e como podem gerar resultados para as grandes empresas. neoventures.global, [S. l.: s. n.], 11, ago. 2020. Disponível em: https://neoventures.global/pt/2020/08/11/hubs-de-inovacao-o-que-sao-e-como-podem-gerar-resultados-para-as-grandes-empresas/. Acesso em: 15 dez. 2020.

ZKAYA, Moda Afro-brasileira. [S. l.: s. n.], 2021. Disponível em: https://www.zkaya.com.br/. Acesso em: 19 fev. 2021.

Publicado

2021-10-11

Como Citar

VILELA, Verdi Lazaro Alves; NOVELLI, Daniela; ROSA, Lucas da; SILVEIRA, Icléia. Zkaya, corpo [negro] e moda ativista em Santa Catarina. DAPesquisa, Florianópolis, v. 16, p. 01–26, 2021. DOI: 10.5965/18083129152021e0028. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/dapesquisa/article/view/19884. Acesso em: 21 nov. 2024.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)