O graffiti nas ruas de Cuiabá: uma análise semiótica de imagens subversivas
DOI:
https://doi.org/10.5965/198431781632020051Palavras-chave:
Cidade, Cuiabá, Graffiti, Semiótica, Educação,Resumo
O presente trabalho é o resultado de uma pesquisa teórico-empírica que se propôs, em um primeiro momento, por meio do ato de caminhar aos moldes da flânerie, deambulações e derivas, conhecer e fotografar os graffiti nas ruas da capital mato-grossense, especialmente os que se encontram nos espaços públicos opacos, lisos e residuais da cidade. Em seguida, após seleção cuidadosa de algumas dessas imagens, submeteu-se as mesmas a uma análise criteriosa com a finalidade de trazer à tona expressões, sentimentos, sensações e ideologias próprias da cultura local, não só do cidadão chapa e cruz (nascidos em Cuiabá), mas também dos paus-rodados (vindos de fora e reterritorializados). As principais epistemologias empregadas às discussões das imagens e elaboração dos argumentos textuais são os conceitos de folkcomunicação proposto por Luiz Beltrão, a semiótica peirceana (sob à luz e compreensão de Lucia Santaella), a crise da modernidade elucidada por Maurício Lazzarato e a valorização dos saberes cotidianos defendido por Michel Maffesoli. Matrizes teóricas que permitiram mostrar que, embora utilizados para embelezar, provocar e declarar-se, sobressai nos graffiti cuiabanos a essência de criticidade, enfrentamento e denúncia.
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