A utilização dos métodos ativos na educação musical especial com deficientes intelectuais
DOI:
https://doi.org/10.5965/19843178172021e0003Palavras-chave:
Educação musical, deficiência intelectual, métodos ativosResumo
Descrevemos uma investigação na área da educação musical especial com a utilização dos métodos ativos para alunos com deficiência intelectual (DI). O trabalho mostra possíveis benefícios proporcionados pela utilização de ações inspiradas nos métodos ativos para o desenvolvimento geral dos educandos, incluindo aspectos relacionados à cognição, motricidade e interação social. O objetivo da pesquisa foi compreender a aplicabilidade dos métodos ativos nas aulas de música com alunos deficientes intelectuais. A metodologia utilizada foi a autoetnografia, que descreve uma vivência pessoal e busca revelar o conhecimento de dentro de um fenômeno, mostrando aspectos que nem sempre podem ser acessados na pesquisa convencional. Realizamos a descrição de três modelos de aulas aplicadas em três turmas diferentes e analisamos os objetivos das aulas, os métodos utilizados e os resultados. Consideramos a utilização dos métodos ativos com deficientes intelectuais como um recurso viável que beneficia o desenvolvimento de habilidades musicais e extramusicais que podem auxiliar na melhoria da qualidade de vida dos alunos.
Downloads
Referências
BARBA, Fernando; Núcleo Educacional Barbatuques. O corpo do som: experiências do Barbatuques. Música na Educação Básica. Brasília: 2013.
BIRKENSHAW-FLEMING, Lois. Music for all: teaching music to people with special needs. Toronto: Gordon Thompson Music, 1993.
BRASIL, Ano Internacional das Pessoas Deficientes. Rio de Janeiro: Comissão Nacional Relatório de Atividades Brasil, 1981. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=28678. Acesso em: 22 jul. 2017.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf. Acesso em: 04 jul. 2016.
BRASIL. Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis 10.048, de 8 de novembro de 2000, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Brasília, DF, 2004. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2004/decreto-5296-2-dezembro-2004-534980-normaatualizada-pe.pdf. Acesso em: 04 jul. 2016.
BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Grupo de Trabalho da Política Nacional de Educação Especial. Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/revinclusao5.pdf. Acesso em: 20 set. 2016.
BRASIL. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. 4ª ed., rev. e atual. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, 2011. Disponível em: https://sisapidoso.icict.fiocruz.br/sites/sisapidoso.icict.fiocruz.br/files/convencaopessoascomdeficiencia.pdf. Acesso em: 26 jun. 2017.
BRASIL. Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Brasília, DF, 2013. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12796.htm. Acesso em: 26 jun. 2017.
BRASIL. Legislação Brasileira sobre pessoas com deficiência. 7ª edição. Série Legislação. Biblioteca Digital da Câmera. Brasília, 2013. Disponível em: http://www.portaldeacessibilidade.rs.gov.br/uploads/1411648989legislacao_portadora_deficiencia_7ed.pdf. Acesso em: 10 jul. 2017.
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF, 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 26 jun. 2017.
BOSSLE, Fabiano. O “eu do nós”: o professor de educação física e a construção do trabalho coletivo na rede Municipal de ensino de Porto Alegre. Tese Doutorado em Ciências do Movimento, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre 2008. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/14944. Acesso em: 14 jan. 2018.
BRUSCIA, Kenneth E. Definindo Musicoterapia. 3ª ed. Rio de Janeiro: Ed. Enelivros, 2016.
BUNDCHEN, Denise B. S. A relação ritmo-movimento no fazer musical criativo: uma abordagem construtivista na prática de canto-coral. Dissertação de Mestrado em Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/5808/000520868.pdf. Acesso em: 08 ago. 2017.
CARMO, Eric G. do. O ensino do ritmo musical e a prática musical coletiva na escola: uma proposta metodológica. Revista: LENPES-PIBID de Ciências Sociais - UEL. v. 5, n. 1, p.1-6, 2015. Disponível em: http://www.uel.br/revistas/lenpes-pibid/ Acesso em: 08 abr. 2017.
CARVALHO, Daniela T. de. Brincadeiras musicais na sala de aula. Coord. Tizuko Morchida Kishimoto. São Paulo: EUSP/FAFE/LABRIMP, 2009.
CIL, Luciana R.; GONÇALVES, Taísa G. G. L. Educação musical e educação especial na produção científica de dissertações e teses. Revista Música Hodie, Goiânia, v. 18, n. 2, p. 327-342, 2018. DOI: https://doi.org/10.5216/mh.v18i2.49262
COBB, Henry V.; MITTLER, Peter. Diferenças significativas entre deficiência e doença mental. Folhetos SNR nº 54. Editor: Secretariado Nacional para a reabilitação e Integração das Pessoas com deficiência. Lisboa, 2005.
FONSECA, Vitor da. Manual de Observação Psicomotora: significação psiconeurológica dos fatores psicomotores. 2. ed. Porto Alegre: Wak editora, 2012.
FONTERRADA, Marisa T. de O. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. 2. ed. São Paulo: Editora UNESP, 2008.
GAINZA, Violeta Hemsy. Estudo de psicopedagogia musical. São Paulo: Ed. Summus, 1988.
GONÇALVES, Martha A. Educação Musical e inclusão escolar: uma aproximação teórica. Monografia de Graduação em Música - UNIRIO, Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: https://musicaeinclusao.files.wordpress.com/2016/06/gonc3a7alves-martha-educac3a7c3a3o-musical-e-inclusc3a3o-escolar_uma-aproximac3a7c3a3o-tec3b3rica.pdf. Acesso em: 30 jul. 2017.
GOULART, Diana. Dalcroze, Orff, Kodály, Suzuki - Semelhanças, diferenças, especificidades. 2000. 22p. Disponível em http://www.dianagoulart. com/Canto_Popular/Educadores.html. Acesso em: 08 ago. 2017.
JOLY, Liza Z.; SEVERINO, Natália B. Processos educativos e práticas sociais em música: um olhar para educação humanizadora. Curitiba: Editora CRV, 2016.
KATER, Carlos. Por que música na escola? Algumas reflexões. A música na escola. Ed. Allucci e Associados comunicações, São Paulo, 2012. Disponível em: http://www.amusicanaescola.com.br/pdf/Carlos_Kater.pdf. Acesso em: 17 dez. 2017.
LEONART, Ana P. de S. A inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. Revista Direitos Fundamentais e Democracia, nº 2, UNIBRASIL, 2007. Disponível em: https://livros-e-revistas.vlex.com.br/vid/pessoa-com-ncia-mercado-trabalho-75745238. Acesso em: 22 jul. 2017.
LOURO, Viviane. Fundamentos da Aprendizagem Musical da pessoa com deficiência. São Paulo: Ed. Som, 2012.
MARTINEZ, Albertina M., TACCA, Maria C. V. R. Possibilidades de aprendizagem: ações pedagógicas para alunos com dificuldades e deficiência. Campinas – SP: Alínea, 2011.
MATEIRO, Tereza; ILARI, Beatriz (org.). Pedagogias em educação musical. Curitiba: Editora Intersaberes, 2012.
MEC. Direito à Educação Subsídios para a Gestão dos Sistemas Educacionais: orientações gerais e marcos legais. 2.Ed. MEC - Secretaria de Educação Básica, Brasília, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/direitoaeducacao.pdf. Acesso em: 16 jul. 2017.
MEC. Deficiência Mental - Atendimento Educacional Especializado. GOMES, Adriana L., FERNANDES, Anna C., BATISTA, Cristina A. M., SALUSTIANO, Dorivaldo A., MANTOAN, Teresa E.; FIGUEIREDO, Rita V. de. (org.). Brasília - DF, 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dm.pdf. Acesso em: 15 jul. 2017.
OLIVEIRA, Jonathan de; SILVA, Fabiana B. A educação musical especial: um universo a ser explorado na cidade de João Pessoa. In: XV ENCONTRO ANUAL DA ABEM, 2006. Anais... João Pessoa: ABEM, 2006. p. 36-42.
OMS. Organização Mundial da Saúde. Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – CID-10, 2007. Disponível em: http://www.datasus.gov.br/cid10/V2008/WebHelp/f70_f79.htm. Acesso em: 20 jul. 2016.
OMS. Organização Mundial da Saúde. Relatório mundial sobre deficiência. Traduzido por Lexicus Serviços Linguísticos, São Paulo, 2012. Disponível em: http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/usr/share/documents/RELATORIO_MUNDIAL_COMPLETO.pdf. Acesso em: 01 jul. 2017.
PENNA, Maura. Música(s) e seus ensino. Porto Alegre: Ed. Sulina, 2012.
PINTO, Renato M. Gesto musicalizados: uma relação entre educação física e música. Belo Horizonte: Ed. Inédita, 1997.
PLANO 01. Planejamento de aulas de música para turmas ASI I, ASI II, ASI III. Centro Integrado de Educação e trabalho... (identidade preservada). Goiânia, 2013. Documento não publicado.
PLANO 02. Planejamento de aulas de música para turmas ASI I, ASI II, ASI III. Centro Integrado de Educação e trabalho... (identidade preservada). Goiânia, 2014. Documento não publicado.
PLANO 03. Planejamento de aulas de música para turmas ASI I, ASI II, ASI III. Centro Integrado de Educação e trabalho... (identidade preservada). Goiânia, 2015. Documento não publicado.
RODRIGUES, Lisiane S., GONZÁLEZ, Fernando J. Autoetnografia na pesquisa em educação histórica um desafio autonarrado. Revista História e Ensino, v. 21, n. 2, p. 342-361, jul/dez. Londrina, 2015.
RAVAGNANI, Anahi. A Educação Musical de crianças com síndrome de Down em um contexto de interação social. Dissertação de Mestrado em Música. Departamento de Artes, do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2009. 122p. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/19801/DISSERTACAO.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 03 abr. 2018.
SANTOS, Scarlat S. B. Para além do som: Relato de uma experiência pedagógico-musical com surdos. In: XVII ENCONTRO REGIONAL SUL DA ABEM - DIVERSIDADE HUMANA, RESPONSABILIDADE SOCIAL E CURRÍCULOS: INTERAÇÕES NA EDUCAÇÃO MUSICAL. Curitiba, 13 a 15 de outubro de 2016. Anais... Curitiba, 2016. p.1-8. Disponível em:http://abemeducacaomusical.com.br/conferencias/index.php/xviiregsul/regs2016/paper/viewFile/1941/847. Acesso em: 02 mar. 2018.
SANTOS, Silvio M. A. O método da autoetnografia na pesquisa sociológica: atores, perspectivas e desafios. PLURAL, Revista do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da USP, São Paulo, v. 24.1, p. 214-241, 2017.
SCRIBANO, Adrián; DE SENA, Angelica. Construcción de conocimiento en Latinoamérica: algunas reflexiones desde la auto-etnografía como estrategia de investigación. Cinta moebio, n. 34, p.1-15, 2009. DOI: 10.4067/S0717-554X2009000100001
VICTÓRIO, Márcia. O bê-a-ba do dó-ré-mi: reflexões e práticas sobre educação musical nas escolas de ensino básico. Rio de Janeiro: Editora Wak, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Eliton Perpetuo Rosa Pereira, Diana da Silva Teixeira, Claudia Caetano de Oliveira Costa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A Revista Educação Artes e Inclusão é um periódico que segue a Política de Acesso Livre. Os artigos publicados pela revista são de uso gratuito, destinados a aplicações educacionais e não comerciais. Os artigos cujos autores são identificados representam a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição oficial da Revista Educação, Artes e Inclusão [REAI].
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
(a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
(b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
(c) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite Public Knowledge Project.
Esta revista está licenciada com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. Esta licença permite que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.