Um processo visual endógeno com nomadismo de meios e imagens.
DOI:
https://doi.org/10.5965/24471267822022200Palavras-chave:
imagem endógena, imagem exógena, gravuraResumo
Este ensaio visual é um recorte de uma pesquisa mais ampla que envolve a migração de imagens produzidas em tempos diversos, que migram como nômades de um meio a outro com o intuito de se integrarem ao tempo e ao espaço em que vivo hoje, reflexo de minha migração para Marabá, cidade localizada na Amazônia Paraense e lugar ao mesmo tempo diverso e antagônico ao de minha origem. As escolhas de algum modo são decorrência deste antagonismo, a distância percorrida pela migração de região aproximou-me de mim mesmo, talvez efeito das distâncias amazônicas que de tão vastas parecem a cada passo tanto mais longínquas, colaborando para um processo visual endógeno, no qual imagens do passado são invariavelmente eivadas pela percepção exógena que jamais se afasta, como uma necessidade da arte visual incorporar, intercambiar e simular em seus meios a experiência humana da vida, eles próprios, corpos mudos e inertes, mas plenamente capazes de induzir o pensamento a quem na fruição os anima. Duas experiências serão mostradas, numa a imagem de uma pintura e de uma fotografia recentes migram para uma matriz de gravura em metal de vinte e três anos atrás, e na outra um desenho antigo e uma fotografia recente migram para uma xilogravura com processos de gravação e impressão histórico e desta para uma impressão hibridizada com processo digital
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