Mapeando o Corpo: proposições práticas para a partilha do sensível nas representações do corpo em criação

Autores

  • Adriana Miranda da Cunha Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC

DOI:

https://doi.org/10.5965/1414573102272016228

Resumo

O mapeando o corpo é uma abordagem/prática sobre o corpo vinda da cognição incorporada largamente utilizada na neurociência e na psicanálise. No entanto, há vestígios vigorosos que demonstram que esta abordagem específica de mapeamento corporal, se associada aos (des)envolvimentos da performance, pode oferecer proposições instigantes para desdobrar possibilidades de representação dos afetos e da partilha do sensível nos processos de criação de obras artísticas. Aqui exploraremos dois casos para análise do mapeando: utilizado como ponto de partida investigativa e temática sob o olhar da criadora sul-africana Sara Matchett na performance Washa-Mollo (2009) e Walk: South Africa (2013); e como instrumento dialógico para a partilha do sensível e para a criação de relações comunitárias na experiência do projeto Volume 44, coordenado pela antropóloga luso-moçambicana Elsa Oliveira. Por sua natureza cartográfica, o mapeando o corpo facilita a arqueologia corporal desvendando topografias simbólicas, possibilitando o acesso à um tipo de registro sistêmico: a dos arquivos corporais ligados à materialidade e à imaterialidade do(s) corpo(s) engajados em criação.

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Biografia do Autor

Adriana Miranda da Cunha, Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC

Doutoranda em Teatro pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC); obteve seu título de mestre em Teatro Educação, Terapia e Ativismo pela Witwatersrando University - África do Sul (2015) onde foi ganhadora do prêmio Pieter-Dirk Uys Theatre for Social Change na Faculdade de Humanas pelo memorial-performance "A luta continua". É graduada em Licenciatura em Artes Cênicas pela UDESC (2011). Participou da formação continuada em Análise do Movimento no Sistema Laban-Bartenieff pelo Centre Nacional de la Danse - França (2013). Tem experiência em gênero, diversidade e direitos humanos. Atua como pesquisadora em questões ligadas à performance, políticas do corpo, corporeidade e subjetividade. Como facilitadora, utiliza-se  de múltiplas metodologias (dança, drama, teatro, teorias do movimento) como linguagens expressivas. Como produtora de arte coordena a Mostra de Cinema e Documentários da África do Sul - http://sadocsfestival.wixsite.com/south-african-docs (Brasil e Berlin) que tem por objetivo desenvolver diálogos culturais e políticos. Ainda no cinema, curou o Human Rights Festival (2014 - SA) e o Sex Actually Festival (2014 - SA). A escrita e a fotografia são duas paixões que compatilha no endereço virtual http://cunhamadri.wixsite.com/indigomundo

 

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Publicado

2016-12-24

Como Citar

CUNHA, Adriana Miranda da. Mapeando o Corpo: proposições práticas para a partilha do sensível nas representações do corpo em criação. Urdimento - Revista de Estudos em Artes Cênicas, Florianópolis, v. 2, n. 27, p. 228–240, 2016. DOI: 10.5965/1414573102272016228. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/8748. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático: Corpo, Performance e Antropologia - Olhares transversais