Reescrever a pandemia em cena como direito de recordar em
A Sociedade dos Anticorpos
Agatha Batista | Angelene Lazzareti
Florianópolis, v.4, n.53, p.1-21, dez. 2024
Reescrever a pandemia em cena como direito de recordar em
A Sociedade dos Anticorpos
1
Agatha Batista2
Angelene Lazzareti3
Resumo
Partindo do trauma pandêmico da Covid-19, o presente artigo reflete sobre o espetáculo
teatral
A Sociedade dos Anticorpos
, realizado em 2023, pelo coletivo Poéticas do ENTRE,
sobretudo o
Sintoma Luto
, cena que reivindica reescrever a história da pandemia a partir
da evocação das ausências e apagamentos decorrentes das disputas de poder em
relação ao direito à memória. O trabalho também contextualiza o período pandêmico
brasileiro e as
necropolíticas
, conceito de Achille Mbembe, que junto com Ileana Dieguez,
Amílcar Borges de Barros, Michael Pollak, Leda Maria Martins e Emerson Pereti
referenciam a reflexão.
Palavras-chave
: A Sociedade dos Anticorpos. Luto. Pandemia de Covid-19.
Rewriting the pandemic on stage as a right to remember in
A Sociedade dos Anticorpos
Abstract
Starting from the traumatic experience of the Covid-19 pandemic, this article reflects on
the theatrical performance
A Sociedade dos Anticorpos
(The Society of Antibodies),
staged in 2023, by the collective Poéticas do ENTRE, particularly the scene
Sintoma Luto
(Mourning Symptom), which seeks to rewrite the history of the pandemic by evoking the
absences and erasures resulting from power struggles over the right to memory. The
article also contextualizes the Brazilian pandemic period and the necropolitics, a concept
by Achille Mbembe, which, together with the ideas of Ileana Dieguez, Amílcar Borges de
Barros, Michael Pollak, Leda Maria Martins, and Emerson Pereti, informs the reflection.
Keywords:
The Society of Antibodies. Mourning. Covid-19 Pandemic.
Reescribir la pandemia en escena como derecho a recordar en
A Sociedade dos Anticorpos
Resumen
A partir del trauma de la pandemia de Covid-19, este artículo reflexiona sobre el
espectáculo teatral
A Sociedade dos Anticorpos
, realizado en 2023 por el colectivo
Poéticas do ENTRE, especialmente el
Sintoma Luto
, escena que pretende reescribir la
historia de la pandemia a través de la evocación de las ausencias y borraduras
resultantes de las luchas de poder en relación al derecho a la memoria. El texto también
contextualiza el período de la pandemia brasileña y las
necropolíticas
, concepto de
Achille Mbembe, quien junto a Ileana Dieguez, Amílcar Borges de Barros, Michael Pollak,
Leda Maria Martins y Emerson Pereti referencian la reflexión.
Palabras clave
: La Sociedad de Anticuerpos. Duelo. Pandemia de Covid-19.
1 Revisão ortográfica, gramatical e contextual do artigo realizada por João Victor Concer Corrêa, graduado em
Letras - Inglês pela Universidade Católica de Santos (2018) e em Letras- Artes e Mediação Cultural pela
Universidade Federal da Integração Latino-Americana (2022).
2 Mestranda em História na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Bolsista CNPq.
Graduação em História pela UNILA e performer do coletivo Poéticas do ENTRE. agatha.unila@gmail.com
http://lattes.cnpq.br/8909914953684461 https://orcid.org/0009-0007-1188-4381
3 Artista e docente da Área de Artes do Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História da Universidade
Federal da Integração Latino-Americana. Atua com foco em Processos de criação artística, Estudos do corpo,
e Poéticas do "entre" e da escuta, trabalhando na intersecção entre diferentes linguagens como artes da
cena, performance e audiovisual. É diretora do coletivo Poéticas do ENTRE. angilazzareti@gmail.com
https://orcid.org/0000-0002-1539-7843