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Improvisação como lugar de descoberta e reinvenção em
tempos de pandemia
Entrevista com Dudude Herrmann
Concedida à Marcílio de Souza Vieira
Para citar este artigo:
HERRMANN, Dudude; VIEIRA, Marcílio de Souza.
Improvisação como lugar de descoberta e reinvenção em
tempos de pandemia. [Entrevista concedida a Marcílio de
Souza Vieira].
Urdimento -
Revista de Estudos em Artes
Cênicas, Florianópolis, v.2, n.44, p.1-12, set. 2022.
DOI: http:/dx.doi.org/10.5965/1414573102442022e0502
A Urdimento esta licenciada com: Licença de Atribuição Creative Commons (CC BY 4.0)
Improvisação como lugar de descoberta e reinvenção em tempos de pandemia
Marcílio de Souza Vieira
Florianópolis, v.2, n.44, p.1-12, set. 2022
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Improvisação como lugar de descoberta e reinvenção em tempos
de pandemia
Marcílio de Souza Vieira
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Resumo
Nesta entrevista a improvisadora mineira Dudude Herrman fala sobre
improvisação, sobre o projeto Decanto de Dança e improvisar para a tela. A
entrevista foi feita com a artista via WhatsApp, uma vez que ainda estavámos
vivenciando a pandemia do Covid-19. Teve por objetivo compreender como a
artista e pesquisadora Herrmann compreende a improvisação e como esta
foi acionada para a tela. A artista nos dá pistas valiosas nesta entrevista para
entender sua relação com a improvisação.
Palavras-chave
: Improvisação. Dança. Relações. Improvisação para a tela.
Improvisation as a place of discovery and reinvention in times of
pandemic
Abstract
In this interview, improviser from Minas Gerais Dudude Herrman talks about
improvisation, about the Decanto de Dança project and improvising for the
screen. The interview was done with the artist via WhatsApp, as we are still
experiencing the Covid-19 pandemic. It aimed to understand how the artist
and researcher Herrmann understands improvisation and how it was used on
canvas. The artist gives us valuable clues in this interview to understand her
relationship with improvisation.
Keywords
: Improvisation. Dance. Relations. Improvisation for the screen.
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Pós-Doutor em Artes (UNESP “Júlio Mesquita Filho”). Doutor em Educação (FRN), Professor do Curso de
Dança da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e dos Programas de Pós-Graduação em Artes
Cênicas (PPGArc) e Pós-Graduação em Ensino de Artes (PROFARTES) da UFRN.
marciliov26@hotmail.com
http://lattes.cnpq.br/7003467659704271 https://orcid.org/0000-0002-2034-0796
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La improvisación como lugar de descubrimiento y reinvención en
tiempos de pandemia
Resumen
En esta entrevista, el improvisador de Minas Gerais Dudude Herrman habla
de improvisación, del proyecto Decanto de Dança y de la improvisación para
la pantalla. La entrevista se la hizo a la artista vía WhatsApp, ya que aún
estamos viviendo la pandemia del Covid-19. Tuvo como objetivo comprender
cómo el artista e investigador Herrmann entiende la improvisación y cómo se
utilizó en el lienzo. La artista nos da valiosas pistas en esta entrevista para
entender su relación con la improvisación.
Palabras clave
: Improvisación. Danza. Relaciones. Improvisación para la
pantalla.
Entrevista com Dudude Herrmann
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Artista de dança e derivantes, Dudude Herrmann começou a se envolver com
o movimento nos idos dos anos de 1970 na escola de dança de Marilene Martins
que foi sua professora por mais de 14 anos. Tornou-se bailarina, diretora,
professora pela prática. Para a artista e pesquisadora do corpo e da dança, o
terreno da improvisação é a permanência, é a insistência, são as probabilidades,
são as possibilidades daquele instante no aqui e agora; ainda bem que a
improvisação não tem uma forma definida porque não é essa a questão, a grande
questão é a conexão arte e vida entre presentificar-se, viver a ação do tempo
agora. Para a artista mineira, o principal ingrediente de fazer a arte seja ela
presencial ou numa tela é a liberdade.
Figura 1 - Pioneira da dança contemporânea no país, mineira celebra 40 anos de carreira
com livro e eventos. Foto: Samuel Aguiar
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Quem é Dudude Herrmann?
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Fonte: https://www.otempo.com.br/pampulha/estilo/dudude-herrmann-1.3832
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Uma boa questão, quem é esta pessoa vinda ao mundo faz um bom tempo
que atende por Maria de Lourdes, por Dudude e por Dudude Herrmann. Talvez
uma pessoa curiosa, que em Fernando Pessoa um lugar comum, no que diz
respeito a inquietude e desassossego. Iniciei meus estudos em dança, por obra do
acaso e logo vi que ali tinha algo que alimentava minha fome invisível. Isso foi nos
anos 1970, século passado. Sempre gostei de inventar, e tive a sorte de estudar
em uma Escola que prezava pela liberdade de criação e pela invenção. E assim
com este estímulo fui indo e indo; criando nas aulas e no dançar inventado na
hora. Então esta Dudude sou eu mesmo, por enquanto assim. Em 1996 convidei
Katie Duck (norte-americana radicada na Holanda) para ministrar uma Oficina de
Improvisação no Festival de Inverno da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), onde estava como Coordenadora da área de Dança. Ali se deu uma
surpresa, pois as afinidades e entendimentos estavam colados em meu fazer e
conhecendo Katie Duck e seu trabalho tomei coragem de avançar, pesquisar ainda
mais fundo nesta linguagem potente da Improvisação em Dança e criar uma
pedagogia para este mergulho em treino.
Fonte: http://coisasdedudude.blogspot.com/2019/
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Em entrevista a uma TV mineira você disse que quando começou a ministrar aula
de dança profissionalmente, perguntou a Marilene Martins se podia inventar, como
resposta ela disse que você fizesse o que quisesse. Isso era o início de uma
compreensão de improvisação? Como você compreende a improvisação na
contemporaneidade?
Improvisação é uma linguagem no tempo agora, não existe depois, é você no olho
do furacão, com todo seu repertório de vida e arte, lidando com o inusitado do
Presente eterno. Para minha pessoa a linguagem da Improvisação está atada à
vida. São inerentes e está tudo sempre ali. Arte e vida se comungam e se
retroalimentam, sendo o mover um fio potente de condução. O terreno do qual a
Improvisação se insere é de uma ZONA DE INDETERMINAÇÃO. A improvisação
também é uma linguagem que gera pensamentos, atada a Filosofia, acontecendo
no espaço potente do acontecimento.
Como a improvisação entrou em sua vida?
Por acaso. Entrei no Trans-Forma com 10 anos e dois anos depois estava no Grupo
Trans-Forma, dirigido por Marilene Martins que sonhava fazer uma escola de
Dança brasileira, com os corpos nascidos desta terra brasileira linda e misturada.
Nena (Marilene Martins), minha professora nos incentivava a fazer por nós
mesmos. Quando estávamos a montar algum espetáculo, estava eu, salvando,
tapando buracos. E em 1976, Nena convidou Graciela Figueroa, uma uruguaia,
maravilhosa, que estava voltando da Twyla Tharp para dar algumas aulas e
coreografar um trabalho, vale lembrar que aqueles tempos, eram tempos duros
de Ditadura Militar. Graciela migrou para o Brasil, onde permaneceu um tempo
bom. Depois de ficar em Belo Horizonte, Graciela foi para o Rio de Janeiro a convite
de Angel Vianna. ela criou o Grupo Coringa que era simplesmente lindo.
Atualmente Graciela está em Montevideo onde dirige o Centro de desenvolvimento
harmônico. A coreografia ficou pronta, mas faltou o primeiro movimento de Haydn,
e ficou decidido que a Dudude iria dançar um solo. E foi nesse solo que por
atrevimento, simplesmente dançava na invenção do agora, isso foi em 1976. Neste
tempo não tinha a menor ideia que ali nascia um germe do ser improvisador.
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Passado um tempo, 20 anos depois eu vi e reconheci que o que eu procurava, era
esta linguagem da Improvisação em dança. em 1996 me dei a autoridade para
me nomear de Improvisadora, e desde então segui desse jeito assim.
Vamos falar de Improvisação, pandemia e projetos voltados para a tela em tempos
de pandemia. Quais foram os desafios com a improvisação para a tela em tempos
de pandemia?
Nenhum. A improvisação é uma linguagem adaptável, sem receita. E você está se
reinventando com o que tem e acontecendo e nunca parando de aprender e
reaprender um pouco mais. Em arte nada está pronto.
Como era sua metodologia de trabalho com esses desafios da improvisação para
a tela, uma vez que a sua prática se dá/dava no aqui-agora, no corpo presente?
Não gosto muito desta palavra metodologia, acho-a estranha para trabalhar no
espaço da arte, um método. Meus
modus operandis
estão na pauta do desejo, do
humano, do vir a ser, da curiosidade. O improvisador seria bom não fixar em nada
que conte com a previsibilidade de alguma coisa e sim ir juntos com todos que ali
estão. Observar o apetite, a curiosidade, a disponibilidade e o desejo, aguçar a
potência que cada ser tem em si, o desejo de deixar descobrir. A autonomia de si,
como proa desse fazer infinito.
Você abriu um espaço de dança em Casa Branca-MG, onde promove ações para
a comunidade artística e interessados, com trabalhos focados na arte/dança
contemporânea, envolvendo profissionais da cena viva. Nesse espaço você
convida artistas de várias partes do mundo para ministrar
workshops
e também
os ministra. Soube que recentemente foi convidada a ministrar oficinas de
dança/improvisação para o projeto Decanto de Dança do SESC Paraty/RJ e que
houve uma ação dessas presencial. Com o advento da pandemia, esse projeto se
adaptou a modalidade remota. Fale sobre esse projeto e como se deu a passagem
do presencial para o remoto?
O Decanto, o qual você fez parte, é um Projeto pensado e elaborado por Maira
Jeannyse, pensado para a cidade de Paraty, com o intuito de criar um campo do
sensível, priorizando o campo da dança, em que o conhecimento está no mover.
Certamente era para acontecer na presença e fui convidada pelo Sesc Paraty
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através de Maíra para propor um Curso de Dança que pudesse receber pessoas
interessadas e diversas. O decanto é um Projeto do SESC Paraty e em 2020 fui
convidada a ministrar o Decanto durante estes três intensos meses, e em 2021 fui
convidada novamente a estar à frente desta Proposta Decanto, que tem em seu
intuito a decantação via experimento e construindo corpos vivos, atentos que
gostam de mover e criar danças. Neste segundo Decanto a proposta foi pensada
para acontecer
online
, tendo visto a continuação da Pandemia e assim abrimos
para todo o Brasil onde a Proposta era fomentar o corpo Brasil de todos nós na
intersecção com a dança improvisacional.
Fui convidada em 2020 para estar no Decanto presencialmente, e com a chegada
da PANDEMIA, fomos obrigados de uma certa maneira a adaptar o que havia sido
proposto para acontecer
online
, no desejo e vontade de ativarmos nossa conexão
no campo da invenção de si, através da dança e de seu conhecimento. E em 2021
se deu com a experiência adquirida do on-line propor um Curso de caráter mais
regular e com uma carga horária mais tranquila. Duas aventuras bem distintas e a
meu ver estes dois anos que fiquei a frente do Decanto, trouxeram um
aprendizado e destreza para lidar com o previamente previsto, e paradoxalmente
com o inusitado. Adaptações continuadas e flexibilidade na escuta.
Figura 3 - Bailarina e coreógrafa Dudude Herrmann Decanto de Dança 2020
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Fonte: http://www.sescparaty.com.br/home/2021/noticias/conteudo/decanto_de_danca_2021
Desse projeto Decanto de Dança, em sua edição remota, surgiram trabalhos de
improvisação em dança bem interessantes. Como você avalia essa nova forma de
improvisar/criar para a tela?
Fiquei contente com o grupo que se fez. Troca de afetos, pertencimentos,
reciprocidades, você participou e gostaria de saber o que tocou você. De minha
parte sigo na perseguição de desejar que o outro esteja atento e acordado para o
fazer, sedução total, a vida vale todo o tempo e é sempre agora, como professora,
provocadora quero que cada participante/pessoa/dançarino ganhe potência e use
sua criatividade para isso.
Os trabalhos apresentados foram frutos dessa experiência do sensível, prezar pela
simplicidade, usar os recursos que cada um tem ao seu redor e a saber como a
casa pode ser rica de estímulos se alteramos nossos modos de ver, olhar, sentir,
mover.
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Com a pandemia do Covid-19, que outros projetos para a tela, quer artístico, quer
pedagógico que você fez com improvisação? Poderia descrever um desses
projetos?
Assim que a Pandemia começou migrei rapidamente para a Tela, entre 2020 até
setembro 2021 propus a Vivência Prática do Sensível
online
e foi muito lindo o que
se apresentou. Trabalhei com 12 Jovens artistas no Projeto LAB IN VENTO pensado
por mim, no desejo de esparramar esta linguagem da improvisação. Adaptamos
para a Tela e foi maravilhoso durante três intensos meses. As gravações estão em
meu canal no
Youtube coisasdedudude
. Uma das características de um
Improvisador e talvez de um artista vivo brasileiro é fazer com o que se tem no
agora e ganhar disposição para sempre fazer o seu melhor e como gestora e
realizadora de coisas é assim que me coloco na vida e na arte.
Fiz muitas danças, muitas parcerias nesses tempos
#fiqueemcasa
e me cuidei de
não me deixar esmorecer e virar um alguém reclamatório e vitimado pelas coisas
danosas do mundo atual. Bora seguir, há muita coisa por fazer.
Conecte com você, olhe para o seu ao redor e pergunte: O que estou fazendo aqui?
E assim você talvez perceba que mover é uma ação fundamental. A alegria real
anda desaparecida, a autonomia de si não é incentivada, a conexão com a natureza
naturante inexistente. O mundo dos humanos está de mal a pior. A arte
ensimesmada, olhe com seus olhos de gente sensível e quantos desejos de
fazer podem pulular. Meus Projetos bordeiam estas questões sempre ancoradas
na Ecologia humana, na mistura, na pele do planeta, no mundo de gentes.
Suas considerações finais para essa experiência/vivência de improvisação na/para
a tela.
Não tenho considerações, acho uma ferramenta que se mostrou necessária, que
nos manteve na ausência presente. Acho que ela irá crescer, resolveu muita
coisa e às vezes exaure, sim. Mas é temporário, o mundo de gentes passa por
percalços, por uma transição radical. Então sigo me adaptando, não me
desesperando, é uma oportunidade para reinventarmos, para pensarmos como
estamos até este exato momento. Agora é desse modo. Hoje quando trabalho no
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presencial, não é mais igual aos “ontens”, pré pandêmicos, os corpos estão
sensíveis, a medida da distância é outra estamos diferentes e vamos construindo
outros corpos nossos.
Consulte meu Blog: www.coisasdedudude.blogspot.com
Facebook Atelier Dudude
Spotify: coisasdedudude
Referências
AGENDA.
50 anos de carreira: Dudude
. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=2uzvLaDK71g. acessado em janeiro de 2022.
BELÉM, Eliza. A necessidade de criar. Moringa - Artes do Espetáculo, v. 7, n. 2, 11
jan. 2017.
Casa espaço articulador de danças do dia a dia
(varrer). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=9jsqs5RGEE4. acessado em fevereiro de 2022.
Casa espaço articulador de danças do dia a dia
(estender a roupa). Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=Jx1vo1dR7iQ. acessado em fevereiro de
2022.
Casa espaço articulador de danças do dia a dia
(arrumar a cama). Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=FmIx4_jl3uY. acessado em fevereiro de 2022.
Dudude Herrmann Retratos da dança
. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=D9kQXo29o2c. acessado em janeiro de 2022.
#EMCASACOMSESC. Dudude Herrmann em Danças guardadas pela casa.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XtHu6plCNbA. acessado em
dezembro de 2020.
HOMEM, Tarcísio Ramos. Farrapos de frases, traços de movimento.
Artefilosofia
,
Ouro Preto, n.7, p. 175-179, out.2009
LEAL, Patrícia Garcia. Em fluxo: entrevista com Dudude Herrmann.
Manzuá
: Revista de Pesquisa em Artes Cênicas, v. 1, n. 1, p. 3-22, 26 mar. 2018.
RETTORE, Paola. Relato de Experiência - DududeHerrmann, a improvisadora!
Revista Linguagens nas Artes da Escola Guignard
, vinculada a Editora da
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Universidade do Estado de Minas Gerais vol. 2, n.º 1, Janeiro/Julho de 2021.
Roda de escuta #7 a arte de cuidar com Dudude Herrmann e Luciane Couto
.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Pn9vCuRqQ5o. acessado em
janeiro de 2022.
Sem ter o que dançar, foi se curar
. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=6CuvPh0K5Sw. acessado em fevereiro de
2022.
SESC PARATY/RJ. Paisagens temporárias Decanto de danças 2020. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=w0dAwygdrxg. Acessado em setembro
de 2021.
Recebido em: 10/03/2022
Aprovado em: 09/05/2022
Universidade do Estado de Santa Catarina
UDESC
Programa de Pós-Graduação em Teatro
PPGT
Centro de Arte CEART
Urdimento
Revista de Estudos em Artes Cênicas
Urdimento.ceart@udesc.br