@article{Batista_2022, place={Florianópolis}, title={Para além da cena: humor gráfico, censura e repressão na peça Liberdade, liberdade}, volume={14}, url={https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180314372022e0104}, DOI={10.5965/2175180314372022e0104}, abstractNote={<p>Este artigo tem como objetivo analisar o espetáculo <em>Liberdade, liberdade</em> através das relações entre o teatro e humor gráfico durante o contexto ditatorial brasileiro. A peça estreou no Rio de Janeiro em 1965, com autoria de Flávio Rangel e Millôr Fernandes. Ela foi produzida pelo Grupo Opinião e em sua primeira temporada contou com a participação de importantes nomes do cenário artístico cultural brasileiro: Paulo Autran, Nara Leão, Oduvaldo Viana Filho e Tereza Raquel. Durante toda a sua trajetória enfrentou problemas com a censura, as forças paramilitares e o alto escalão do governo ditatorial. O objetivo deste artigo será compreender alguns aspectos do espetáculo através da relação da montagem com o campo do humor gráfico, na própria montagem e na imprensa. A partir da análise da caricatura contida no programa da montagem e de duas charges publicadas nos jornais <em>Correio da Manhã</em> e <em>Última Hora</em>, busca-se demonstrar como cartunistas se apropriaram da peça para tecer contundentes críticas ao regime militar. Através dessas fontes, pretende-se analisar pelo menos três eixos temáticos: <em>i.</em> a utilização do humor como estratégia visual e narrativa; <em>ii.</em> as dificuldades enfrentadas pelo Estado para estabelecer os critérios de censura; <em>iii.</em> a denúncia das ações paramilitares sofridas pela montagem. A hipótese aqui sustentada é que através deste tipo documental será possível investigar o impacto da montagem dentro do campo cultural de resistência ao regime e seus desdobramentos na imprensa e no governo.</p>}, number={37}, journal={Revista Tempo e Argumento}, author={Batista, Natália Cristina}, year={2022}, month={dez.}, pages={e0104} }