Por uma história política das populações

Autores

  • Paul-André Rosental School for Advanced Studies in the Social Sciences image/svg+xml
  • Janyne Sattler

Resumo

De que maneira fazer a história das populações? A resposta é fornecida por Louis Henry à INED, que nas décadas do pós-guerra promove uma demografia histórica essencialmente estatística, da qual em seguida se ocupa também Fernand Braudel e a escola dos Annales. Mas nos anos 1980 a desconstrução das categorias inspirada em Michel Foucault, a crítica do objetivismo, a descoberta feita pela história da estatística das raízes ideológicas ambíguas da demografia (natalista, eugenia, controle biopolítico) são elementos que desestabilizam a disciplina. Para impedir que a reflexividade venha a substituir a produção de conhecimentos são introduzidos novos métodos (a micro-história) e novos objetos (as instituições). À antiga demografia histórica sucede-se uma história social e política das populações. Seu objeto é a construção simultânea de instituições, de políticas e de saberes relativos a elas. Condorcet combatido por Malthus; Achille Guillard, criador da palavra demografia, tal como naturalmente Maurice Halbwachs, formalizaram a natureza "social" da população. Em oposição às tentações sociobiológicas contemporâneas, o vínculo orgânico entre população e proteção social desperta toda a questão da auto-criação da sociedade.

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Biografia do Autor

Paul-André Rosental, School for Advanced Studies in the Social Sciences

École des Hautes Études em Sciences Sociales.

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Publicado

2009-06-18

Como Citar

ROSENTAL, Paul-André; SATTLER, Janyne. Por uma história política das populações. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 176–200, 2009. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/715. Acesso em: 21 nov. 2024.