A experiência dos séculos XX e XXI nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação em história no Brasil (2003-2014)

Autores

  • Itamar Freitas Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.5965/2175180309222017396

Resumo

Neste texto, tomamos, operatoriamente, a noção de presente como experiência circunscrita aos séculos XX e XXI e examinamos as prescrições disponíveis nos projetos pedagógicos dos cursos de formação inicial em história em 54 instituições brasileiras, distribuídas em todos os estados da federação. Com ele, descrevemos e comentamos o perfil idealizado das habilidades profissionais, a distribuição da carga horária entre os saberes a ensinar e os saberes teóricos e da prática educacional, o lugar e a natureza da experiência do presente nas ementas das disciplinas acadêmicas. A proximidade do lançamento da última versão da Base Nacional Curricular Comum e as reformas que esse documento e sua implicação nos cursos de licenciatura em história, ainda em 2017, são as principais motivações para a divulgação desta empreitada.

 

Palavras-chave: Estudo Ensino (Superior) – Brasil. Professores de História – Formação. Historiadores – Formação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Itamar Freitas, Universidade de Brasília

Professor do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação da Universidade de Brasília e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe.

Referências

RIBEIRO, A. Entre as práticas e teorias e vice-versa. A prática de ensino como componente curricular nas licenciaturas em história no Brasil após 2002. Ponta Grossa, 2015. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Estadual de Ponta Grossa.

CAIMI, F. E. A Licenciatura em História frente às atuais políticas públicas de formação de professores: um olhar sobre as diefinições curriculares. Revista Latino-Americana de História. v.2, n.6, p. 193-209, 2013.

AGOSTINHO, Santo. As confissões. Trad. Frederico Ozanam Pessoa de Barros. São Paulo: Edameris, 1964.

ARÓSTEGUI, Julio. La historia vivida: sobre la historia del presente. Madrid: Alianza, 2004.

BERNECKER, Walther. La investigación histórica del “tiempo presente” em Alemania. Cuadernos de Historia Contemporánea, Madrid, n. 20, p. 83-98, 1998.

BERETA, Cristiane. Escrever a história do tempo presente: algumas questões e possibilidades. Tempos Históricos, Marechal Cândido Rondon, v.9, p.257-276, 2006.

BEVERNAGE, Berber; LORENZ, Chriz. Breaking up time – negotiating the borders between present, past and future. Storia della Storiografia, v. 63, n. 1, p. 31-50, 2013.

BORGES, Viviane Trindade. Carandiru: os usos da memória de um massacre Viviane Trindade. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 8, n. 19, p. 04‐33. set./dez. 2016.

BRAUDEL, Ferdnand. Gramática das Civilizações. 3ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

CHAMBERS, Vanessa. The teaching and assessment of contemporary history in UK higher education institutions. HE Academy Subject Centre for History, Classics and Archeology. Londres, mar. p. 1-10, 2008.

CHAVEAU, Agnès; TÉTARD, Philippe. Questões para a história do presente. Bauru: Edusc, 1999.

DOSSE, François. Entrevista. História Agora, n. 7, mar. 2007. (Entrevista concedida a Ana Carolina Fiuza F.). Disponível em: <http://www.historiagora.com/revistas-anteriores/historia-agora-no7/39/118-entrevista-com-francois-dosse>. Acesso em: 3 jan. 2014.

GUIBERT, Pascal; TROGER, Vicent. Peut-on encore former des enseignants? Paris: Armand Colin, 2012.

GUIRAUD, Paul. Problèmes et methods de la statistique linguistique. Paris: Reidel-PUF,1960.

HARTOG, François. Entrevista. História da historiografia. Ouro Preto, n.10, p. 351-371, dez. 2012. (Entrevista concedida a Henrique Estrada Rodrigues e Fernando Nicolazzi).

KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado. Contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto: Ed. PUC-Rio, 2006.

MARTINS, Estevão de Rezende. História e teoria na era dos extremos. Fenix – Revista de História e Estudos Culturais. v. 3, n. 2, p. 1-19, 2006.

PALMOWSKI, Jan; READMAN, Kristina Spohr. Speaking truth to power: contemporary history in the twenty-first century. Journal of Contemporary History, v. 46, n. 3, p. 485-5-5, 2011. Disponível em: http://jch.sagepub.com/content/46/3/485.citation. Acesso em: 28 fev. 2014.

PÔRTO JÚNIOR, Gilson. História do tempo presente. Bauru: Edusc, 2007.

ROUSSO, Henry. The last catastrophe. The writing of contemporary history. Cadernos do Tempo Presente, São Cristóvão, v. 11, mar. 2013. Disponível em: <http://www.getempo.org/index.php/revistas/56-n-11-marco-de-2013/artigos/169-1-the-last-catastrophe-the-writing-of-contemporary-history>. Acesso em: 3 jan. 2014.

RÜSEN, Jörn. Conceitos históricos. In: Reconstrução do passado: teoria da história II – os princípios da pesquisa histórica. Brasília: Editora da UnB, 2007. p. 91-100.

SILVA, Francisco Carlos Teixeira da. Vox, voces – (re)memorar. Rio de Janeiro: Multifoco, 2012.

VARELLA, Flávia et al. Tempo presente e usos do passado. Rio de Janeiro: FGV, 2012.

Downloads

Publicado

2017-12-30

Como Citar

FREITAS, Itamar. A experiência dos séculos XX e XXI nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação em história no Brasil (2003-2014). Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 9, n. 22, p. 396–428, 2017. DOI: 10.5965/2175180309222017396. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180309222017396. Acesso em: 22 dez. 2024.