O tempo que alcancei. Narrativas sobre o passado na comunidade Cafundá Astrogilda do Quilombo de Vargem Grande (RJ)
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180309222017259Resumo
Ao refletirem sobre o seu passado, as famílias que organizaram o Quilombo de Vargem Grande, no Rio de Janeiro, narram os acontecimentos com significado que tem marcado a história do grupo, estabelecendo uma temporalização que versa sobre os fatos considerados socialmente relevantes e estabelecendo marcos da memória coletiva que respondem aos interesses e preocupações dos atuais grupos familiares que moram no maciço da Pedra Branca. Nesta reflexão, o tempo apresenta sua natureza social, a partir da constatação de que o ritmo da vida coletiva informa as temporalidades que operam na sociedade. No caso apresentado, as mudanças não são marcadas por datas, mas por “tempos” que ao serem designados articulam espaços e modos de habitar, dentre outros elementos. Esse modo de refletir sobre os tempos que marcam sua história parte de situações concretamente vividas pelos moradores e seus ancestrais da área de estudo, mas também responde às condições sociais de produção das memórias.
Palavras-chave: Tempo. Temporalidade. Memória. Quilombos – Rio de Janeiro.
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