Tecidos, linhas e agulhas: uma narrativa para Zuzu Angel
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180307152015177Resumo
Na década de 1960, enquanto a moda brasileira seguia os padrões europeus, Zuzu Angel proclamava, entre chitas e rendas, “eu sou a moda brasileira”. O conteúdo do texto versa sobre a identificação das contribuições da produção estética de Zuzu Angel na criação de representações para a moda brasileira e também sobre a apropriação de tecidos pouco nobres, de panos usados para a decoração do lar e de trabalhos manuais de linha e agulha na construção de roupas feitas para a elite, o que se constitui em exemplo de reaproveitamento na moda. A metodologia utiliza as roupas como textos-documentos para a narrativa de sua trajetória. Associados à história da moda, das mulheres e aos conteúdos do filme “Zuzu Angel”, desvendamos aspectos da cultura feminina em suas relações com as domesticidades, a vida pública e política nos conturbados anos 1960 e 1970. Com tecidos, linha e agulha, Zuzu escreveu uma história na moda e na luta contra a ditadura civil-militar.
Palavras-chave: ANGEL, Zuzu, 1976; Roupas; Moda - Brasil; Política.
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