A Anistia Internacional e o Brasil: o princípio da não-violência e a defesa de presos políticos

Autores

  • Renata Meirelles Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5965/2175180306112014327

Resumo

Durante o regime militar brasileiro, em meio à institucionalizada prática da tortura, a organização de direitos humanos, Anistia Internacional, trabalhou na defesa de presos políticos e na divulgação de denúncias de violações de direitos humanos entre a comunidade internacional. Como parte de um projeto de pesquisa mais amplo, cujo objetivo é investigar a atuação da Anistia Internacional no Brasil, o presente artigo pretende mostrar como a organização se posicionou em relação a aos presos políticos que pertenceram a organizações armadas, na medida em que a Anistia tinha como um de seus princípios a não-violência. Para tal, será feita uma análise da atuação da Anistia Internacional com base no conceito de compaixão de Hannah Arendt. O artigo mostra que a Anistia Internacional, apesar de condenar a violência como forma de luta política, atuou com solidariedade em relação à defesa de presos políticos que pertenceram a organizações armadas tanto na Alemanha, como no Brasil.

Palavras-chave: Anistia internacional; Regime militar brasileiro; Direitos humanos; Compaixão.

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Biografia do Autor

Renata Meirelles, Universidade de São Paulo

Doutoranda em História Social pela Universidade de São Paulo. Trabalhou como pesquisadora do Arquivo do Estado de São Paulo no projeto “Arquivos da repressão e da resistência: mapeamento e análise dos fundos DEOPS/SP e DEIP/SP”. Pesquisadora do Grupo de pesquisa International State Crime Initiative (ISCI), King’s College London. Atualmente conduz pesquisa de doutorado intitulada “Acendei as Velas: a Anistia Internacional e o Brasil (1961-1982)”, sob o financiamento da FAPESP.

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Publicado

2014-03-05

Como Citar

MEIRELLES, Renata. A Anistia Internacional e o Brasil: o princípio da não-violência e a defesa de presos políticos. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 6, n. 11, p. 327–354, 2014. DOI: 10.5965/2175180306112014327. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180306112014327. Acesso em: 21 nov. 2024.