Civismo e cidadania num regime de exceção: as políticas de formação do cidadão na ditadura civil-militar (1964-1985)
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180305102013182Resumo
Este artigo é dedicado à ação dos intelectuais reunidos no Conselho Federal de Cultural no Ministério da Educação e Cultura durante a ditadura civil-militar (1964-1985). Busca investigar a construção de políticas culturais e educacionais destinadas à formação do cidadão considerado ideal. Os intelectuais do MEC estavam empenhados na defesa do civismo, corrente de pensamento que atravessou os setores estatais responsáveis pelo direcionamento de políticas culturais e educacionais na ditadura civil-militar. Serão analisados os Cadernos de Estudos Brasileiros, produção resultante do “Curso de Atualização de Estudo dos Problemas Brasileiros”, e duas obras com expressiva participação de intelectuais atuantes no MEC: o Atlas Cultural do Brasil, publicado pela Fundação Nacional do Material Escolar, Fename, em 1972, e O cidadão e o civismo: educação moral e cívica, suas finalidades, organizada pelo CONSELHO FEDERAL DE CULTURA por Adonias Aguiar Filho, e publicada pela Comissão Nacional de Moral e Civismo (CNMC) em 1982.Tais publicações expressam a compreensão dos intelectuais que atuavam no Estado sobre os elementos formadores do civismo e sobre o papel do cidadão num regime de exceção.
Palavras-chave: Intelectuais. Civismo. Ensino.