Bilhetes do cárcere: elo entre espaços
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180302022010004Palavras-chave:
apenados, penitenciária, espaços, escrita de siResumo
O mundo do cárcere tem sido objeto de variados estudos nas mais diversas áreas e ainda assim permanece muito pouco conhecido, sobretudo pelas barreiras que se impõem ao pesquisador para obter contato direto com os presos e com fontes primárias. Nesse sentido, o presente trabalho tem o diferencial de apresentar uma análise de 960 bilhetes escritos por homens presos da Casa de Prisão Provisória de Palmas, realizada durante a nossa pesquisa de mestrado em Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). O artigo propõe-se a apresentar uma interpretação sobre o cotidiano da prisão; buscamos, de maneira especial, compreender os mecanismos utilizados por estes homens para manter um elo entre a vida no cárcere e a que viviam fora dele. Vistos numa perspectiva de “escrita de si” (GOMES, 2004), os bilhetes revelam muito sobre o cotidiano dos presos: seus problemas, costumes, privações e angústias.
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