Reconhecendo gêneros, desconstruindo poderes: a literatura como transgressão verbal
DOI:
https://doi.org/10.5965/2175180312312020e0202Resumo
Tendo a escritura literária como recurso e fonte, o presente artigo delineia questões sobre gênero e poder, observando o estilo ensaístico e uma abordagem a partir da Teoria Crítica, com foco na produção feminista alemã e norte-americana contemporânea. Dentro de um contexto paradoxal, pensar e produzir expressões que enfatizam a necessária construção de solidariedades e lutas comuns contra o patriarcado, o colonialismo e o capitalismo, tanto o acervo clássico quanto contemporâneo trazem matéria-prima e fontes históricas – escritas – para compreender as ontologias do poder e o reconhecimento da categoria gênero. Desse modo, a metodologia delineada é de caráter qualitativo, com base documental em obras literárias que retrataram formas de transgressão (aos papéis e funções vinculadas às mulheres e à vida privada e doméstico-familiar) e mirada crítico-cultural. A aproximação com epistemologias feministas e produção historiográfica contemporânea permitiram descritivo histórico, mas especialmente fundamentos teóricos de interpretação para uma abordagem ética, inclusiva, justa.
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