Paradoxos do protagonismo indígena na escrita escolar da História do Brasil

Autores

  • Mauro Cezar Coelho Universidade Federal do Pará - UFPA
  • Helenice Aparecida Bastos Rocha Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Procientista UERJ/FAPERJ.

DOI:

https://doi.org/10.5965/2175180310252018464

Resumo

O artigo problematiza a forma como o indígena é apresentado na narrativa de dez obras da literatura didática de história, aprovadas no PNLD/2011. Analisamos os temas nos quais os povos indígenas são presença recorrente: a América antes da chegada dos europeus e os primeiros anos da colonização. Argumentamos que a presença indígena nas narrativas não significa a adoção de uma perspectiva que considere sua participação efetiva nos processos históricos abordados pela literatura escolar. O protagonismo indígena está ausente dessas narrativas. Essa ausência tem desdobramentos tanto para a conformação do saber histórico na Escola quanto para a formação dos alunos. De um lado, contribui para a permanência de um saber histórico escolar reiterativo dos princípios estabelecidos para a disciplina ainda no século XIX. De outro, reafirma uma concepção recorrente no senso comum acerca do Índio e de seu lugar social.

 

Palavras-chave: Ensino de História. Livro Didático. Eurocentrismo. Protagonismo Indígena.

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Biografia do Autor

Mauro Cezar Coelho, Universidade Federal do Pará - UFPA

Possui graduação em Bacharelado História pela Universidade Federal Fluminense (1994), graduação em Licenciatura História pela Universidade Federal Fluminense (1994), mestrado em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1996) e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (2006). Professor Associado da Universidade Federal do Pará, onde atua na Faculdade de História e no Programa de História Social da Amazônia. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Colonial e Ensino de História, atuando principalmente nos seguintes temas: amazônia colonial, história indígena e do indigenismo, história da ciência, história da educação e ensino de história.

Helenice Aparecida Bastos Rocha, Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Procientista UERJ/FAPERJ.

Possui graduação em História, mestrado e doutorado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (1995, 2000, 2006). Atualmente é professora adjunta no Departamento de Ciências Humanas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, atuando na graduação e na pós graduação em História e em ensino de História (PROFHISTORIA). Coordena projetos de pesquisa sobre o currículo de História no Ensino Básico e o livro didático e a problemática das identidades no ensino desta disciplina, na contemporaneidade. É líder atual do Grupo de pesquisa interinstitucional Oficinas de História, atuando nos campos da historiografia escolar e história cultural. Também dedica-se aos seguintes temas: linguagem em sua relação com o ensino e aprendizagem (em especial de História), história da escrita e formação docente.

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Publicado

2018-11-24

Como Citar

COELHO, Mauro Cezar; BASTOS ROCHA, Helenice Aparecida. Paradoxos do protagonismo indígena na escrita escolar da História do Brasil. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 10, n. 25, p. 464–488, 2018. DOI: 10.5965/2175180310252018464. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180310252018464. Acesso em: 22 nov. 2024.