ESTUDOS CULTURAIS: as identidades orientais e acidentais dentro do espaço escolar<em>CULTURAL STUDIES: eastern end western identities within the school</em>

Resumo

O presente trabalho emerge de considerações teóricas e metodológicas acerca de algumas prévias intenções investigativas engajadas ao Programa de Pós Graduação Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde. O foco desta pesquisa é o ensino de ciências e o currículo escolar, numa interlocução do Oriente com o Ocidente. No estudo da problemática presume-se um diálogo entre Oriente e Ocidente, com interligações com a Educação, e com outras áreas do conhecimento que investigam a área das Ciências. O problema de estudo na pesquisa é analisar a compreensão de como as crianças que vivenciam diferentes culturas (oriental e ocidental) percebem as ciências em suas vidas, dentro do espaço escolar constituído por uma identidade cultural oriental, mais precisamente japonesa. Delimita-se esta pesquisa a possuir articulações com uma escola chamada Oshiman, localizada na cidade de São Paulo (esta considerada como objeto de estudo), destinada a descendentes japoneses. O currículo da escola é marcado por algumas atividades pertencentes à própria cultura japonesa. Um ponto esclarecedor no qual remeto à ciência é no sentido de como o ambiente escolar e o currículo se constituem enquanto produtores de conhecimento, saberes e questionamentos. Destarte, o presente estudo fomenta algumas premissas teóricas que compõem determinadas ferramentas de análise metodológica. Contudo, permeada por algumas leituras, eleje-se como enfoque substancial e ferramenta de análise, os Estudos Culturais – Oriente e Ocidente, com vigências nas questões curriculares. Destaca-se que para a realização do presente estudo, utiliza-se Michel Foucault no diz respeito às relações de poder e ao disciplinamento dos corpos. Edward Said é, por consequinte, trabalhado, numa interlocução com o Oriente.