Anatomias de orquestra: antigas histórias e novas racionalidades na reconstrução da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.5965/2525530409012024e0106Palavras-chave:
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, racionalidade vocacional, conflitos profissionais, excelência artísticaResumo
Este artigo tem como objetivo estudar o processo de reavaliação artística dos músicos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo durante o período de sua reestruturação (1997-2005). Para isso, mobilizaremos a noção de racionalidade vocacional articulando a análise das trajetórias dos indivíduos e das instituições que criam e promovem novos critérios de avaliação para os músicos de orquestra. Mostraremos, a partir da análise do acervo da orquestra e de entrevistas semiestruturadas, a formação de uma nova anatomia da orquestra após as audições, transformando a Osesp numa orquestra de corpo artístico internacionalizado, com maior número de instrumentistas mulheres e média de idade inferior entre seus músicos. No ensejo desta transformação, conflitos e tensões se formam sobretudo em torno dos “antigos” e “novos” músicos da orquestra, que aderem a valores profissionais distintos: para os primeiros, a fidelização entre instituição e funcionários, e para os segundos, a competência e a excelência do trabalho.
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