Das Mortes nas Estações (2018)

Autores

  • Marília Santos A última foi a Universidade Federal da Paraíba - UFPB
  • Dierson Torres Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.5965/2525530405022020e0015

Resumo

Das Mortes nas Estações (2018) é um ciclo de quatro canções escritas por Marília Santos (1987-) – poemas – e Dierson Torres (1953-) – música. Estão baseadas no Vier Letzte Lied – Quatros Últimas Canções – (1948), do compositor Richard Strauss (1964-1949). Dierson Torres busca nas Quatro Últimas Canções relações para compor a melodia, a harmonia, o movimento das vozes, toda a textura musical, utilizando harmonias cromáticas, quintas aumentadas, dissonâncias, “desenhos musicais” que, além de manter uma coerência com os textos utilizados, de Marília Santos, cria uma relação com o ciclo de canções de Richard Strauss e com a sutileza de falar sobre a morte, sobre o fim dos ciclos, através de sons, que penetram como sentimentos ditos sem palavras, complementando estas, que vestidas de poesia transcendem escritora e compositor.

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Biografia do Autor

Marília Santos, A última foi a Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Marília Santos é mestra em Música/Etnomusicologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), graduada em Música pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – com láurea acadêmica – e em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (FAFICA). Iniciou suas atividades musicais em uma ONG, em São Caitano (“da raposa”), agreste de Pernambuco. Na UFPE atuou na pesquisa sob orientação da professora Dr.ª Cristiane Galdino, sendo premiada. No mestrado, sob a orientação do professor Dr. Carlos Sandroni, desenvolveu uma pesquisa sobre os “Ecos Armoriais” na música. Integrou a equipe multidisciplinar de pesquisa do “Inventário do Ofício dos Artesãos e Artesãs do Barro do Alto do Moura – Caruaru-PE”, exercendo a função de pesquisadora/etnomusicóloga, sendo responsável por registrar expressões como mazurca, pífano, reisado, sanfona, poetas/isas, cantadores, bacamarte, emboladores, repentistas, compositores/as. Desenvolve trabalhos sobre gêneros/corpos/mulheres/feminismos, na pesquisa, em oficinas, em poesias. Também escreve poesias que dialogam com uma natureza nordestina. Durante a graduação em Música foi monitora, sob orientação do professor Dierson Torres, de Fundamentos da Construção Musical. Na mesma instituição teve aulas de composição com o professor Dr. Paulo Lima. Na performance atuou como clarinetista na Banda Sinfônica do Conservatório Pernambucano de Música, no grupo Bellas Marias, na Camerata da UFPE e em alguns grupos de câmara. Como corista chegou a participar da “Grande Missa Nordestina”, de Clóvis Pereira, da Nona Sinfonia, de Beethoven, junto com a Orquestra Sinfônica do Recife, e da estreia mundial de “Um Requiem Nordestino”, de Dierson Torres. Atuou como regente no Coro da Faculdade Frassinetti do Recife – FAFIRE, sendo cocriadora do mesmo. Atualmente é estudante de violoncelo.

Dierson Torres, Universidade Federal de Pernambuco

Dierson Torres, natural de Recife, é bacharel em Regência pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com o título acadêmico “Magna cum Laude”. Na Escola de Música da UFRJ estudou Composição com o maestro Henrique Morelenbaum. Como regente, trabalhou com diversos coros e orquestras, atuando nas montagens das óperas: Fosca, Romeu e Julieta, La Gioconda, entre outras. De volta ao Recife, fundou e dirigiu o Coral da Faculdade de Ciências Humanas de Olinda – FACHO, compondo para os 10 anos dessa entidade a Missa “Cantabo Domino”. Durante vários anos lecionou no Conservatório Pernambucano de Música, onde criou o Coro de Câmara e Conjunto de Música Antiga. Atuou também, como regente convidado, na Orquestra Sinfônica do Recife. Como compositor escreve principalmente para conjuntos vocais e instrumentais. Dentre as suas obras podemos destacar a canção “La Colmeña”, escrita como trilha sonora do curta metragem “Me Faz Voar”, de Marcone Simões. Na música instrumental, a “Pequena Suite Brasileira para Orquestra de Cordas e Percussão e Toada e Desafio sobre um Tema de Capiba”. “Três Parábolas”, para coro, solistas, piano, sopro e percussão. “Lá Estarei Eu”, para canto e piano, e com poesia do próprio compositor. “Sonatina”, em três movimentos, e “Meditação nº 2”, ambas para violino e piano. Uma parábola das áreas de bravura das óperas italianas, em formato de Ária da Capo, com o título: “Canzone Senza Parole”, também para violino e piano. Além disso, compôs uma “Chacone” para cravo solo, dedicada à professora Maria Ainda Barroso e um ciclo de quatro canções “Das Mortes nas Estações”, para voz e piano, com texto de Marília Santos, dedicado à cantora Virgínia Cavalcanti. Realizou também os arranjos vocais para a montagem do Auto de Natal – “O Nascimento de Jesus”, da Fundação Nova Jerusalém. Em 2003 a Orquestra Sinfônica do Recife executou sua obra para grande orquestra “Abertura de Concerto”. Sua grande última obra é “Um Requiem Nordestino”, em homenagem a Ariano Suassuna, para solistas, coro e orquestra. Atualmente é professor do Departamento de Música da UFPE, onde leciona as disciplinas de Estética e Estruturação Musical e Fundamentos da Construção Musical.

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Publicado

2020-12-14

Como Citar

SANTOS, Marília; TORRES, Dierson. Das Mortes nas Estações (2018). Orfeu, Florianópolis, v. 5, n. 2, 2020. DOI: 10.5965/2525530405022020e0015. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/18210. Acesso em: 22 dez. 2024.