Timelines em “Coisa nº 5” de Moacir Santos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/2525530405022020e0009

Palavras-chave:

Moacir Santos, Coisa nº 5, Timeline, Análise Musical

Resumo

Este artigo apresenta parte da pesquisa de conclusão de curso sobre a presença de timelines em três peças do álbum “Coisas” (1965), de Moacir Santos, defendida na FAP/UNESPAR, em 2019. O estudo tem como foco o aspecto rítmico, destacando a verticalidade das composições, as texturas polirrítmicas e os contrastes entre as ideias musicais articuladas por Moacir Santos. Este trabalho debruça-se sobre a peça “Coisa no 5” e demonstra a influência marcante da música de matriz africana por meio das timelines, tendo como base a gravação original e o livro de partituras “Coisas: Cancioneiro Moacir Santos”. Dessa forma, as análises demonstram que as timelines identificadas são customizadas, criando combinações com a função de orientar a estrutura rítmica da peça.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fábio Lima Marinho Gomes

Bacharel em Música Popular (UNESPAR/2019), Bacharel em Humanidades (UFBA/2013) e possui Qualificação Profissional em Música Baiana (FUNCEB/2012). Atualmente, é aluno especial do PPGMUS/UFBA na área de Composição.

Referências

ADNET, Mário; NOGUEIRA, José. Coisas: cancioneiro Moacir Santos. Rio de Janeiro: Jobim Music, 2005.

AGAWU, Kofi. Structural Analysis or Cultural Analysis? Competing Perspectives on the “Standard Pattern” of West African Rhythm. Journal of the American Musicological Society, v. 59, n. 1. California, USA: University of California Press, p. 1-46, 2006.

AGAWU, Kofi. How We Get Out of Analysis, and How to Get Back In Again. Music Analysis, 23/ii-iii. Oxford, UK: Blackwell Publishing Ltd., p. 267-286, 2005.

AGAWU, Kofi. The African Imagination in Music. Oxford, UK: Oxford University Press, 2016.

AGAWU, Kofi. Palestra denominada Rhythmic Imagination in African Music.

Washington: Library of Congress, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=uyRG9T7CGt8&t=2619s. Acesso em: 30 mar. 2019.

AROM, Simha. African Polyphony and Polyrhythm: Musical Structure and Methodology. Cambridge: Cambridge University Press, 1991.

BONETTI, Lucas Zangirolami. A trilha musical como gênese do processo criativo na obra de Moacir Santos. Dissertação (Mestrado em Música) – Programa de Pós-Graduação em Música do Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2014.

CARDOSO, Ângelo Nonato Natale. A linguagem dos tambores. Tese (Doutorado em Música) – Escola de Música, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2006.

DIAS, Andrea Ernest. Mais “coisas” sobre Moacir Santos, ou os caminhos de um músico brasileiro. Tese (Doutorado em Música) – Escola de Música, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010.

FRANÇA, Gabriel Muniz Improta. Coisas: Moacir Santos e a composição para seção rítmica na década de 1960. Dissertação (Mestrado em Música) – Programa de Pós-Graduação em Música, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007.

FREITAS, Sérgio Paulo Ribeiro de. A memória e o valor da síncope: da diferença do que

ensinam os antigos e os modernos. Revista Per Musi, Belo Horizonte, n. 22, p. 127-149,

GOMES, F. L. M. Timelines em algumas “Coisas” de Moacir Santos. 98 f. Monografia (Bacharelado em Música Popular) – Faculdade de Artes do Paraná, Campus Curitiba II, Universidade Estadual do Paraná, Curitiba, 2019. Disponível em: https://www.academia.edu/41349059/Timelines_em_algumas_Coisas_de_Moacir_Santos. Acesso em abril, 2020.

JONES, Arthur Morris. Studies in African Music. London, UK: Oxford University Press, 1959.

KUBIK, Gerhard. Oral Notation of Some West and Central African Time-Line Patterns. Review of Ethnology, vol. 3, n. 22, 1972.

LEITE, Letieres. Rumpilezzinho laboratório musical de jovens: relatos de uma experiência. Salvador: LeL Produção Artística, 2017.

LÜHNING, Angela. Música: coração do candomblé. Revista USP, São Paulo, n. 7, set-nov., p. 115-124, 1990.

MENEZES, Enrique Valarelli. Transformação de padrões centro-africanos no samba urbano do Rio de Janeiro: 1933-1978. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 70, p. 78-103, 2018.

NKETIA, Joseph Hanson Kwabena. African music in Ghana. Evanston, IL: Northwestern University Press, 1963.

OLIVEIRA PINTO, Tiago de. As cores do som: estruturas sonoras e concepção estética na música afro-brasileira. África: Revista do Centro de Estudos Africanos, São Paulo, USP: p. 87-109, 1999/2000/2001.

PORTELLA, Juvenal. Discos Populares: Moacir Santos. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, 16 set. 1965. Caderno B, p. 22.

PORTO, Sérgio. Discos: Coisas de Moacir Santos. Última Hora, Rio de Janeiro, 11 out. 1965. Número 1649, p. 40.

RIBEIRO, Bianca. Do tactus ao pulso: a rítmica de Gramani na confluência do tempo sentido e medido. Dissertação (Mestrado em música) – Programa de Pós-Graduação em Música, Centro de Artes, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2017.

SANDRONI, Carlos. Feitiço decente: Transformações do samba no Rio de Janeiro (1917–1933). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

SANTOS, Moacir. Coisas. Rio de Janeiro: Forma, 1965. Disco em vinil, estéreo.

SANTOS, Moacir. Ouro Negro. Rio de Janeiro: Som Livre, 2001. 2 discos compactos

digitais, estéreo.

VICENTE, Alexandre Luís. Moacir Santos, seus Ritmos e Modos: “Coisas” do Ouro Negro. Dissertação (Mestrado em Música) – Programa de Pós-Graduação em Música, Centro de Artes (CEART), Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2012.

Downloads

Publicado

2020-12-14

Como Citar

GOMES, Fábio Lima Marinho. Timelines em “Coisa nº 5” de Moacir Santos. Orfeu, Florianópolis, v. 5, n. 2, 2020. DOI: 10.5965/2525530405022020e0009. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/orfeu/article/view/17890. Acesso em: 22 dez. 2024.