O Pensamento Musical e Ideológico de Claudio Santoro na sua Fase Nacionalista: o Caso da VI Sinfonia
DOI:
https://doi.org/10.5965/2525530405012020407Palavras-chave:
nacionalismo, Sexta Sinfonia, ideologiaResumo
A primeira fase serial, de transição e, especialmente, o período nacionalista (1949-1960) de Claudio Santoro caracterizam-se por um crescente comprometimento ideológico. Na fase nacionalista esse comprometimento se aprofunda com a adesão às normativas do II Congresso Internacional de Compositores e Críticos Musicais, acontecido na cidade de Praga, em 1948, com o fim de definir a orientação estética em música do realismo socialista. Esta adesão tem consequências profundas no desenvolvimento estilístico de Santoro, levando-o a abandonar as técnicas atonais e seriais em favor da estética nacionalista. Neste artigo contextualizaremos essa transformação estilística da perspectiva da sua produção sinfônica, defendendo a tese de que é na Sexta Sinfonia onde se consolidam os princípios ideológicos e, também, os princípios técnicos composicionais adotados em razão da defesa e prática da estética nacionalista. Abordaremos o desenvolvimento do pensamento ideológico de Santoro. Apontaremos as influências que lhe foram determinantes, como o sinfonismo russo, destacando na análise musical a influência da Primeira Escola de Viena no processo composicional da Sexta Sinfonia.
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