Projetando o espectro do som no espaço: imagens-movimento de parciais e grãos sonoros
DOI:
https://doi.org/10.5965/2525530405012020571Palavras-chave:
Música eletroacústica, espaço, morfologia sonora, ambissonia de ordem superior, sistemas imersivosResumo
Enquanto o tempo é sempre mencionado como característica inerente à música, o espaço na maioria das vezes não é tratado como categoria operatória da composição, algo que mudou de figura durante o século XX devido a novas abordagens composicionais e teóricas. Este artigo apresenta a construção de um instrumento digital em Max/MSP maleável a diferentes configurações de difusão sonora e congregando diferentes possibilidades de síntese com espacialização em ambissonia de ordem superior, com o intuito de integrar o espectro do som à espacialização na música eletroacústica (acusmática ou mista) pela projeção de parciais e/ou grãos em movimento no espaço de difusão. Para tanto, são apresentados os
seguintes referenciais teóricos: 1) abordagens históricas do espaço na composição musical com ênfase nos séculos XX e XXI; 2) o sistema Ambisonics; e 3) uma conceituação sobre os modelos sonoros ondulatório e granular, dessa forma situando a proposta na área da criação musical para sistemas com grande densidade de alto- -falantes. Como resultados, apresento as ferramentas de composição e espacialização incluídas no instrumento digital desenvolvido, além do experimento composicional Imagens transdutivas. Como conclusão, esboça-se uma reflexão sobre a percepção sonora em sistemas imersivos a partir das ideias de imagem-movimento e blocos de espaço-tempo.
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