E-ISSN 1982-615x
ModaPalavra, Florianópolis, V. 17, N. 43, p. 16-76, jul/dez. 2024
Dossiê - A revolução da cultura digital no jornalismo de
moda: futuros possíveis
V.17, N.43 — 2024
DOI: http://dx.doi.org/10.5965/1982615x171432024016
Os fundamentos do jornalismo de
moda: um mapeamento da produção
acadêmica no Brasil e no mundo
(2011-2023)
Larissa Molina Alves
Doutoranda, Universidade Federal da Bahia (UFBA), larimolina@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-1879-0840 / http://lattes.cnpq.br/0223497264458569
Lia da Fonseca Seixas
Doutora, Universidade Federal da Bahia (UFBA), liaseixas@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-4459-6729 / http://lattes.cnpq.br/6178587093376509
Enviado: 31/01/2024 // Aceito: 10/05/2024
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
Os fundamentos do jornalismo de moda:
um mapeamento da produção acadêmica
no Brasil e no mundo (2011-2023)
RESUMO
O artigo tem como objetivo discutir quais seriam os elementos
fundamentais do jornalismo de moda enquanto jornalismo
especializado. A partir do mapeamento da produção acadêmica em
periódicos, repositórios e bases de dados cientícos, produzimos o
estado da arte dos estudos do jornalismo de moda no Brasil e no mundo
publicados em três idiomas entre 2011 e 2023. Os resultados revelam
que o jornalismo de moda é considerado jornalismo especializado,
dentro do que se chama estilo de vida. Apresenta funções similares do
jornalismo tradicional, crítica de moda, além da prestação de serviço,
aconselhamento e entretenimento; as características de atualidade,
novidade, e periodicidade; a força da opinião, do gênero jornalístico
opinativo, e o destaque a imagem.
Palavras-chave: Jornalismo; Moda; Jornalismo de moda.
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
The fundamentals of fashion journalism: a
mapping of academic production in Brazil
and worldwide (2011-2023)
ABSTRACT
The article aims to discuss the fundamental elements of fashion
journalism as specialized journalism. By mapping academic production
in journals, repositories and scientic databases, we produced a state of
the art of fashion journalism studies in Brazil and worldwide published in
three languages between 2011 and 2023. The results reveal that fashion
journalism is considered specialized journalism, within what is called
lifestyle. Presents similar functions to traditional journalism, fashion
criticism, as well as providing services, advice, and entertainment;
the characteristics of actuality, novelty and periodicity; the strength of
opinion, the opinionated journalistic genre and the emphasis on image.
Keywords: Journalism; Fashion; Fashion journalism.
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
Los fundamentos del periodismo de moda:
un mapeo de la producción académica en
Brasil y en el mundo (2011-2023)
RESUMEN
El artículo tiene como objetivo discutir los elementos fundamentales
del periodismo de moda como periodismo especializado, uno de los
dominios del periodismo de estilo de vida. A partir de un mapeo de
la producción académica en revistas, repositorios y bases de datos,
elaboramos un estado del arte de los estudios sobre periodismo de
moda en Brasil y en el mundo, publicados en tres idiomas entre 2011 y
2023. Los resultados muestran que el periodismo de moda se considera
periodismo especializado, dentro de lo que se conoce como estilo de
vida. Tiene funciones similares del periodismo tradicional, crítica de
moda, así como la prestación de servicios, consejos y entretenimiento;
las características de actualidad, novedad y periodicidad; así como la
fuerza de la opinión, del género periodístico de opinión y el destaque
de las imágenes.
Palabras-clave: Periodismo; Moda; Periodismo de moda.
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1. INTRODUÇÃO
A moda é um fenômeno cultural determinante no modo de
vida das sociedades contemporâneas. O jornalismo de moda é uma
das maneiras centrais em que a relação entre a moda e a mídia se
manifesta. Entretanto, nos últimos anos várias mudanças impuseram
à atividade um processo de disputa de reconhecimento em relação
a outros mediadores da informação. Nesse sentido, o objetivo do
artigo é apresentar uma discussão teórica acerca dos fundamentos do
jornalismo de moda na contemporaneidade. Pretende-se identicar
quais características essenciais dessa prática são apresentadas nos
estudos existentes sobre o jornalismo de moda enquanto parte do
jornalismo.
Essa discussão é feita a partir de um mapeamento sistemático
(Kitchenham e Charters, 2007; Petersen et al. 2008, Petersen et al.,
2015) dos estudos publicados em periódicos cientícos brasileiros
e estrangeiros dedicados aos estudos de jornalismo e mídia, bases
de dados cientícos e repositórios de teses e dissertações. Isso
permitiu reunir publicações de diversos países e em outros periódicos
de Comunicação, Jornalismo, Moda, entre outras áreas. A análise
também está amparada nos estudos das teorias e fundamentos
do jornalismo como de Vos (2016), Groth (2011), Deuze (2005),
Franciscato (2005), Tuchman (1999), Schudson, (2001), Sponholz
(2008), Guerra, (2003), Gomes, (2009), Kovach e Rosenstiel, 2014,
Lisboa e Benetti (2015), (Tavares, 2011), entre outros.
Um estudo de mapeamento fornece uma visão geral do
escopo da área e permite descobrir lacunas e tendências de pesquisa
(Petersen et al., 2008). O método consiste em categorizar uma
grande quantidade de estudos existentes na literatura com base
em seus resultados, contabilizando as contribuições a partir desta
categorização (Petersen et al. 2008; Petersen et al. 2015).
Analisamos as funções, valores, práticas, impactos da mídia
digital e demandas sociais para entender o que revelam sobre os
fundamentos do jornalismo de moda. Os resultados fornecem discussões
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sobre a prática do jornalismo de moda na contemporaneidade e um
panorama da produção acadêmica no Brasil e no mundo, as questões
emergentes e as ausentes.
O jornalismo de moda é considerado jornalismo especializado,
um dos domínios do estilo de vida. É constituído por estratégias
do discurso ou elementos da prática jornalística em diálogo com
as dinâmicas do campo da moda. Apresenta como fundamentos a
atualidade, novidade, periodicidade, a força da opinião e o destaque
a imagem. Possui funções do jornalismo tradicional como informar,
editar e selecionar, entre outras, mas a crítica de moda é considerada
uma função importante, além da prestação de serviço, aconselhamento
e entretenimento.
Os artigos tiveram maior difusão nos periódicos de pesquisa
em moda. Nas revistas de Comunicação e Jornalismo, em dossiês
temáticos. O foco dos estudos geralmente são os aspectos simbólicos e
estéticos. Existe pouca reexão e crítica sobre as práticas jornalísticas
no âmbito do jornalismo de moda.
Deste modo, as pesquisas são insucientes para compreender
o jornalismo de moda diante da sua totalidade e das transformações
atuais nos dois campos. A seguir, apresentamos aspectos que
constituem a moda e o jornalismo para compreender as possíveis
interações entre esses elementos no jornalismo de moda.
2. A MODA E O JORNALISMO
A moda é uma dinâmica de mudança periódica de estilo que
ganha destaque principalmente no vestuário e na aparência, mas
que também está presente em outras instâncias da cultura e da
vida coletiva (Lipovetsky, 1989, p. 23). No entanto, o que constitui
e dá forma ao campo da moda é a mecânica que valores, ideias,
expectativas e juízos de valor encontra para sua realização na relação
dos indivíduos com a roupa e demais grupos por seu intermédio
(Bergamo, 1998, p.174-175).
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O jornalismo de moda foi bem-sucedido em criar para si próprio
a reputação de ser frívolo, desengajado da realidade e de servir aos
poucos privilegiados (Miller e Mc Neil, 2018, p. 16). O jornalismo
de moda procura posicionar a moda dentro da cultura, avaliar sua
contribuição, signicado e enfatizar sua importância como produto,
mas também como crença e sistema (Findlay e Reponen, 2023).
Podemos armar que o jornalismo de moda é uma divisão existente
nos produtos jornalísticos em editorias ou seções temáticas.
Nos estudos brasileiros, trata-se frequentemente do jornalismo
como um campo (Bourdieu, 1997). Na medida em que o jornalismo
é um campo, é um tipo de espaço social e força social (Vos, 2016,
p. 393). Os estudos de jornalismo geralmente apresentam a
atualidade, objetividade, autoridade, verdade, pluralidade e interesse
público como elementos principais do fazer jornalístico. Atualidade,
juntamente com periodicidade, publicidade e a universalidade são
consideradas propriedades do jornalismo para Groth (2011). Deuze
(2005) indicou que os valores ideais típicos dos jornalistas seriam:
serviço público, objetividade, autonomia, imediatismo e a ética. Isso
se aplicaria em jornalistas de todos os tipos de mídia, gêneros e
formatos que de alguma forma carregam a ideologia do jornalismo,
além de que seria também consensual entre jornalistas em diferentes
partes do mundo (Deuze, 2005).
Os principais autores brasileiros dos estudos de jornalismo
entendem que a atualidade se trata da experiência do tempo
presente, incorporada a relações complexas que delimitam o
sentido temporal executado pelo jornalismo. A temporalidade do
presente é um aspecto essencial da atividade jornalística: contribui
no desenvolvimento de uma “cultura do tempo presente”, direciona
os modos de institucionalização do jornalismo e contribui para a
construção social do tempo presente (Franciscato, 2005). Novidade,
instantaneidade, simultaneidade, periodicidade e revelação pública,
para Franciscato (2005) compõem a atualidade jornalística.
A moda e o jornalismo compartilham o elemento da novidade.
“Praticamente todos os teóricos da moda enfatizam o novo - como
uma sucessão constante de objetos “novos” substituindo aqueles que
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foram ”novos”, mas agora se tornaram “velhos” (Svendsen, 2010, p.
16). Groth (2011) faz uma distinção entre a novidade e a atualidade.
A ligação entre ambos os signicados ou grupos de signicado é
produzida pelo fato de o presente se manifestar como o único, o
propriamente real” (Groth, 2011, p. 223).
A objetividade é outro conceito costumeiramente associado
ao jornalismo, seja como intrínseco ou como mito. Alguns estudos
apresentam como parte de normas a serem seguidas na prossão
(Schudson, 2001; Sponholz, 2008) ou um valor central da atividade
(Henriques, 2021). Para Sponholz (2008), a objetividade no jornalismo
pode ser compreendida como a busca e aproximação da realidade.
Tuchman (1999) entende a objetividade como um ritual estratégico,
que protege os jornalistas dos riscos da sua prossão. Além da
vericação dos fatos, existem quatro procedimentos estratégicos:
a) Apresentação de possibilidades conituais; b) Apresentação de
provas auxiliares, c) Uso judicioso das aspas, d) estruturação da
informação numa sequência apropriada, a lógica hierárquica do
discurso jornalístico (Lage, 1993; Seixas e Santana, 2022).
O interesse público é uma base do nascimento do jornalismo
moderno, estruturado em torno dos parâmetros de verdade e
relevância das informações (Guerra, 2003). Interesse público é
o direito que o público tem de saber determinadas coisas do seu
próprio interesse (Gomes, 2009, p. 71). A ideia de interesse público
compreende que existem fatos que o leitor, como cidadão, não pode
deixar de saber.
A pluralidade, derivada do pluralismo, em um sentido ideológico
ou político, corresponde à atitude de aceitação de uma pluralidade
de opiniões ou posições diferentes e até mesmo divergentes, que, no
entanto, se respeitam mutuamente (Japiassú e Marcondes, 2001). A
pluralidade está associada à universalidade enquanto propriedade do
jornalismo, apontada por Groth (2011), pois reete a preocupação
do jornal ser “universal”, bem como ao conceito de diversidade
(Karppinen, 2018). Observa-se, em geral, se há pluralidade nos
relatos, nas fontes e nas imagens.
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A verdade está contida na “ética” entre os valores jornalísticos
de Deuze (2005). Muitos autores entendem a verdade como a
primeira obrigação do jornalismo e a disciplina da vericação como
sua essência (Kovach e Rosenstiel, 2014, p. 5). Atualmente, a verdade
tem sido pensada como crença verdadeira justicada, pois o discurso
jornalístico demonstra de forma justicada que diz a verdade ou que
buscou, por meio de seus procedimentos técnicos e prossionais,
chegar à verdade” (Lisboa e Benetti, 2015, p.22).
3. METODOLOGIA
A m de discutir os fundamentos do jornalismo de moda,
elaboramos um estado da arte dos estudos sobre a temática em
busca do que as publicações de cunho cientíco no Brasil e no mundo
apresentam como suas características principais. O estudo está
fundamentado nos procedimentos metodológicos do mapeamento
sistemático (Kitchenham e Charters, 2007; Petersen et al. 2008,
Petersen et al., 2015).
Após a formulação da questão de pesquisa que, diferente
da revisão sistemática de literatura, são mais abrangentes ou
podem ser várias (Kitchenham e Charters, 2007. p.44), na etapa de
planejamento, foi denido o primeiro critério de inclusão dos estudos:
deveriam ser publicados entre 2011 a 2023. O período pesquisado
abrange transformações nas dinâmicas do jornalismo, moda e mídia;
o ano de 2012, quando vários artigos sobre o tema se concentraram
em um periódico; e o ano de 2011, quando houve a publicação de
um livro no Brasil.
No planejamento também foi denido onde seriam realizadas
as buscas: nos periódicos cientícos brasileiros e estrangeiros
dedicados aos estudos de jornalismo e mídia com Qualis A1, A2, A3 e
A41, nas bases de dados cientícos: Scopus e Scielo; Nos repositórios
acadêmicos: Periódicos Capes2, Catálogo de Teses e Dissertações da
CAPES3; Biblioteca Brasileira de Teses e Dissertações, Repositórios
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
Cientícos de Acesso Aberto de Portugal e na Networked Digital
Library of Theses and Dissertations4, o que permitiu localizar trabalhos
de diversos países e periódicos de Comunicação, Jornalismo, Moda,
entre outras áreas.
Outra estratégia foi a denição de palavras-chave, os idiomas
dessas palavras-chave e suas combinações com os seguintes
operadores booleanos: “Fashion Journalism”; “Journalism” AND
“Fashion”; “Lifestyle Journalism” AND “Fashion”; “Fashion Magazines”
AND “Journalism” e “Lifestyle magazines” AND “Journalism” AND
“Fashion” (os mesmos termos em inglês, português e espanhol).
Os critérios de inclusão foram: a) nas dissertações e teses, a
presença dos termos nos títulos, palavras-chave ou resumo; b) nos
livros e capítulos de livros, os termos nos títulos; c) nos artigos, os
que mencionaram no título, palavras-chave ou resumo. Em alguns
casos, como nos periódicos de jornalismo, os termos no corpo do
texto. Não foram incluídas pesquisas que possuíam uma abordagem
histórica, pois o interesse foi nos estudos referentes ao jornalismo
de moda do século XXI. No total, foram reunidos 57 artigos, muitos
deles em co-autorias, 22 dissertações, 5 teses, 6 livros e 21 capítulos
de livros de autoria de pesquisadores vinculados a instituições de 24
países.
Após o planejamento e execução das buscas, foi realizada a
coleta dos dados com todas as informações necessárias para responder
às questões de pesquisa, tanto qualitativas como quantitativas.
Posteriormente, foram realizadas a leitura e análise do material para
produção do relatório, quadros, tabelas e a interpretação do estudo
segundo o objetivo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As pesquisas que analisam o jornalismo de moda no Brasil
compreendem que, de alguma maneira, essa é uma atividade
prossional resultante da interseção do campo do jornalismo com
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
o campo da moda. Embora nenhum estudo problematize tanto essa
discussão, há um consenso de que o jornalismo auxilia o sistema da
moda na criação do valor simbólico do vestuário através dos jornais,
revistas, suplementos, televisão, blogs e outras plataformas (Best,
2018).
“[…] os jornalistas de moda fazem parte do
funcionamento do campo da moda e devem
produzir a crença no valor do produto e do
produtor nessa estrutura de produção e difusão
de bens” (Borges, 2014, p. 41).
As pesquisas no Brasil e no mundo também o caracterizam como
jornalismo especializado, embora pouco se discuta sobre o conceito
de especialização na área. No jornalismo, as áreas de especialização
são “reexo” do “ciclo temático” ou “uxo de temas” entre os meios
de comunicação que busca dar conta de demandas presentes na
sociedade, respondendo a atravessamentos dos campos sociais
(Tavares, 2011, p. 159), embora também possa estar associado às
mídias, práticas, linguagem, públicos, hábitos de consumo, entre
outros aspectos.
Um estudo apresenta como o jornalismo de moda pode ser
compreendido como um gênero de discurso híbrido, constituído
por estratégias do jornalismo, da publicidade e da estética
(Elman, 2017). Do jornalismo, ao acionar estratégias de novidade,
atualidade, veracidade, didatismo, fontes especializadas, autoridade
e normatividade para cumprir suas nalidades. Da publicidade,
a magia, idealização, personalização e linguagem gurada. da
estética, a cenograa, cores, escala, formação de conjuntos, estilo,
ritmo e tipograa, mas com a dominância do discurso jornalístico que
rege as dinâmicas dos demais discursos (Elman, 2017, p.283).
Sedução, novidade, ethos conselheiro e estratégias descritivas
também são recorrentes (Figueiró, 2017). Outras características
principais são a supremacia da imagem, texto referencial,
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estrangeirismo, neologismo e a diluição da interpretação e opinião
no texto (Flores, 2018, p. 45).
No Brasil, o jornalismo sobre moda seria distinto do jornalismo
de moda, pois o primeiro explora os movimentos do fenômeno
ou da indústria da moda de maneira factual com linguagem e
recursos próprios do jornalismo diário, além de ser voltado para
um público mais abrangente (Flores, 2018, p. 45). Já o de moda,
é o jornalismo especializado na área da moda, com suas próprias
peculiaridades e especicações de texto e imagem, exigência de alto
nível de conhecimento dos jornalistas em áreas ans como arte,
cinema, comportamento, tendências, história “[…] para desvendar
e comunicar adequadamente o universo da moda para o público
também especíco” (Flores, 2018, p. 46). A especialização foi
o foco de pesquisas na Espanha que defendem, no jornalismo de
moda, capacidades, habilidades, atitudes, recursos tecnológicos e
características ético-prossionais especícas (Vásquez, 2015).
Essas especicidades se materializam nos formatos classicados
em: matérias de tendência, serviço e comportamento (Joly, 1991),
celebridades (Flores, 2018) e a crítica de moda como um gênero
especíco (Flores, 2018, p. 46), embora a crítica seja entendida
também como uma função ou sinônimo do jornalismo de moda. As
revistas de moda se consagraram a partir dos formatos: desles
de moda, matérias de tendências e editoriais de moda, associados
aos processos do sistema da moda clássico (Elman, 2017). Moda
Fashion, Moda Cultural, Moda Moldes e Moda Ostentatória (Cidreira,
2011) são outras maneiras de classicar o conteúdo do jornalismo de
moda, embora possam aparecer associadas.
Já a escrita, segue as dinâmicas dos gêneros e formatos
conhecidos do jornalismo. As fashion news são relativas ao noticiário do
momento atual, seguem o modelo da pirâmide invertida. Já as fashion
features não precisam ter relação imediata com os acontecimentos
(Bradford, 2015, p. 109). Miller e Mc Neil (2018, p. 154) consideram
features como um termo que conversa com praticamente tudo que
não é considerado notícia, como os pers, listas, críticas, cartas
de leitores, resenhas de livros e colunas de conselhos. O uso de
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gêneros jornalísticos varia nos diversos produtos. Nas revistas são
mais frequentes notícias e reportagens, geralmente com a opinião
associada à informação (Ortiz, 2015; Bueno e Arraes, 2020) e nos
blogs prevaleciam os gêneros de opinião (Molina, 2014).
Uma tendência que caracteriza o jornalismo de moda
contemporâneo nas publicações da língua inglesa é a sua associação
com o entretenimento. Na Austrália, o jornalismo de moda está
próximo do ‘infotenimento’ (Wylie, 2012). O entretenimento é chave
no conceito do Lifestyle Journalism, inicialmente denido como um
campo especíco do jornalismo que se direciona para o leitor enquanto
consumidor. A cobertura jornalística da moda é entendida como um dos
seus domínios ou subcampos (Hanusch, 2012). Por ser voltado para
o mercado, ser percebido como feminino, por sua proximidade com
o campo econômico devido à inuência da publicidade, das relações
públicas é frequentemente criticado e considerado indigno como uma
forma de fazer-jornalístico (Hanusch, 2012, p. 3). Posteriormente,
foi denido como:
[…] a cobertura jornalística dos valores e
práticas expressivas que ajudam a criar e
signicar uma identidade especíca dentro da
esfera do consumo e da vida cotidiana (Hanusch
e Hanitzsch, 2013, p. 947, tradução nossa).
Os artigos observam que o jornalismo de estilo de vida é de
importância econômica para as indústrias de mídia e possui relevância
social porque o público busca na mídia orientação e aconselhamento
sobre como viver (Hanusch, 2017, p. 13).
Ainda que parte do Lifestyle Journalism, as pesquisas indicam
particularidades do jornalismo de moda. Na imprensa dinamarquesa,
os jornalistas relatam que a moda pode ser abordada como uma
questão relacionada tanto a estilo de vida, cultura e/ou consumo,
dependendo do ângulo escolhido, e há também a diculdade de
separar a cultura do consumo (Kristensen e From, 2012, p. 27).
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4.1 Valores, funções e práticas
Um estudo investigou as relações e fronteiras do jornalismo de
moda com os blogs. Os 20 principais sites em língua inglesa de revistas
de moda e 20 blogs de moda moldam suas identidades prossionais
em quatro áreas: modo de apresentação, rituais de armação de
autoridade, estrutura organizacional e relacionamento com o público
(Cheng e Tandoc, 2021, p. 15). Diferente dos blogs, Cheng e Tandoc
(2021) encontraram a presença dos valores do jornalismo (Deuze,
2005), de imediatismo e serviço público (Deuze, 2005) nas revistas
de moda ao enfatizar a entrega das últimas notícias, demonstrar
autoridade e exclusividade (Cheng e Tandoc, 2021).
As pesquisas expressam que o jornalismo de moda deve garantir
o cumprimento de funções e valores que respondem à importância
que a moda tem como indústria global e como agente social:
conhecimento sobre a investigação tecnológica da indústria têxtil,
denição de cânones do bom gosto, impulsionar o descobrimento
de novos talentos, normalização da diversidade pessoal e xar
compromisso contínuo com o meio ambiente (Ortiz, 2015, p. 286).
Em entrevistas com jornalistas de moda brasileiros, Borges (2014)
reuniu funções mencionadas pelos jornalistas que, pelo menos em
suas falas, se vinculam aos princípios da atividade jornalística, como
a objetividade, imparcialidade, neutralidade, prestação de serviço à
sociedade e o compromisso com o leitor (Borges, 2014, p. 38).
[...] cabe ao editor ou jornalista de moda
“informar”, “traduzir”, “selecionar”, “explicar,
“editar”, “ltrar” o que se viu ou se testemunhou,
tendo em mente sempre o leitor do veículo para
o qual se trabalha. Este prossional seria dotado
de uma espécie de feeling, “olhar à frente”, de
experiência que o torna capaz de “captar”, do
que se viu nas passarelas, o que vai “emplacar”
para em seguida ensinar a leitura como usar, num
trabalho quase didático, revestido de uma aura
de delidade aos fatos, livre de subjetividades
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
ou interpretações baseadas no gosto pessoal do
prossional (Borges, 2014, p. 38-39).
Outra importante função é a crítica, já que a moda também é
compreendida como arte ou expressão cultural. A crítica de moda
ganhou impulso no nal do século XX e está pouco a pouco se
legitimando como forma de crítica (Granata, 2018). A criticidade e as
críticas são esperadas no contexto da moda, assim como acontece no
âmbito música, cinema e artes plásticas, mas ao julgar, o jornalista
deve sustentar a armação com argumentos e critérios. A crítica é
uma função do jornalismo de moda que se associa com a função de
“análise” pelo jornalismo (Schudson, 2008; Reginato, 2017), pois
envolve a interpretação para compreensão da realidade.
No Brasil, segundo Cidreira (2014), a crítica de moda enfrenta
os problemas do excesso de opinião, em muitas vezes a ausência de
julgamento e a intolerância dos criadores em relação a comentários
que apontam aspectos negativos numa coleção, o que prejudica o
aspecto criativo da moda e fortalece o aspecto comercial (Cidreira,
2014, p. 68).
Os estudos apresentam que o jornalismo de moda também
cumpre funções apresentadas como noções incorporadas aos valores
e papeis do jornalismo. No jornalismo de estilo de vida são enfatizados
papeis nos âmbitos da identidade, consumo e emoção (Hanusch,
2017). Hanitzsch e Vos (2016) argumentam que o discurso dos papeis
jornalísticos pertence a duas áreas importantes: a vida política e a
vida cotidiana.
Pesquisas online e entrevistas com jornalistas alemães e
dinamarqueses de estilo de vida indicaram o papel de inspiring
entertainer como o mais importante (Hanusch, 2017). No entanto,
demonstraram diferenças na percepção de papeis jornalísticos nos
domínios de cobertura. O de moda e de beleza foi um dos mais
propensos a apoiar o papel de prestador de serviços, apenas atrás
dos jornalistas de viagens (Hanusch, 2017). Entretanto, em países
que enfrentam desaos sociais como desigualdade socioeconômica e
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tensões raciais, como a África do Sul, foi forte a presença de papeis
políticos nas respostas dos jornalistas de estilo de vida (Hanusch e
Banjac, 2020). Há ainda a função “aspiracional” e a necessidade de
não separar vida cotidiana e a vida política (Hanusch e Banjac, 2020).
Respostas de 600 jornalistas de estilo de vida australianos
(28,2% do jornalismo de moda e beleza) demonstraram quatro
papeis principais: service provider, life coach, community advocate
e inspiring entertainer (Hanusch, 2017). Aspectos econômicos da
organização e as especializações são os fatores mais importantes
para as diferenças na percepção de papel dos jornalistas (Hanusch,
2017, p. 13). Service provider é classicado em segundo lugar por
jornalistas de viagens, moda e beleza e o papel de life coach por
último (Hanusch, 2017, p. 13).
O estudo que entrevistou 19 produtores de conteúdo do
Instagram alemães e austríacos (de moda, beleza, comida e
viagens), mostrou que apesar de exercerem funções semelhantes às
dos jornalistas de estilo de vida e valorizarem o jornalismo como um
bem público, eles não buscam transformar o campo jornalístico. A
maioria dos de moda e beleza defendeu o papel de prestar serviço e
aconselhamento (Maares e Hanusch, 2020, p. 273). Essas fronteiras
discursivas são consideradas como áreas onde o campo jornalístico
e outros campos se sobrepõem, que podem enfatizar os valores
centrais do campo jornalístico (Maares e Hanusch, p. 264).
Outra categoria que consideramos fundamental para
compreensão do jornalismo é o valor-notícia, que pode ser distinto do
valor jornalístico. Apenas quatro artigos apresentam essa categoria
como uma questão importante no estudo. Cinco dissertações
apresentam a novidade e atualidade como valores-notícia frequentes
devido às coleções apresentadas serem constantemente atualizadas.
Além da notabilidade e a visibilidade, como foi identicado na
cobertura da moda portuguesa (Pais, 2013, p. 71).
Outro estudo realizado na Coreia do Sul em 2019 agrupou
alguns critérios como impact, interest e prominence como social
importance, identicou expertness, timeless, conict, negativity. (Lee
e Chun, 2021). Assim, sugere que os valores-notícia do jornalismo
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de moda possuem semelhanças, mas diferem do jornalismo geral
devido às características especializadas. Já outro estudo apresenta
várias maneiras como valores-notícia elencados mais recentemente
nos estudos de jornalismo podem ser aplicados ao jornalismo de
moda (Lascity, 2023). A novidade e a atualidade também são tratadas
como estratégias discursivas e princípios que o jornalismo também
apresenta.
As inuências comerciais, das relações públicas e da publicidade
também parecem decisivas nas práticas dos jornalistas de moda.
55% dos jornalistas espanhóis entrevistados reconheceram que os
grupos de poder determinam a mensagem editorial das revistas
especializadas (Ortiz, 2015, p.481). Na Elle Portugal, havia pouca
produção própria e bastante escrita com base em release ou release
complementados com pesquisa na internet (Matos, 2016, p. 51). Já
em entrevistas com jornalistas brasileiros, eles relatam que as marcas
não limitam o seu trabalho em relação ao seu código deontológico,
nem exercem constrangimentos sobre a linha editorial de cada edição
(Chaves, 2014).
Entrevistas com 89 jornalistas de estilo de vida (Austrália e
Alemanha) mostram que experimentam principalmente inuências de
anunciantes, relações públicas e o uso de produtos e serviços gratuitos.
O ambiente econômico cada vez mais precário de muitas organizações
favoreceu essa inuência (Hanusch et al., 2015). No jornalismo de
viagens, tecnologia pessoal e de moda em ambos os países foram
os mais afetados pelo fornecimento de viagens e produtos gratuitos
(Hanusch et al., 2015, p.6). Resultados semelhantes também foram
indicados em pesquisa posterior com jornalistas australianos, quando
o jornalismo de moda e de viagens também foram os mais afetados
por acesso a produtos recentes, roupas grátis para seções de fotos e
hospedagens, o que é visto como uma necessidade (Hanusch et al.,
2019, p. 5).
No entanto, os estudos observam como a maioria dos jornalistas
de estilo de vida têm padrões prossionais e desenvolvem estratégias
para combater as inuências comerciais, ao levar a sério o seu papel
de avaliar e aconselhar, mas também isso frequentemente gera uma
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crise de papeis entre os jornalistas (Hanusch et al., 2015, p.15).
4.2 Impactos da mídia digital e demandas sociais
Cerca de 30% das publicações discutiram os impactos da mídia
digital, internet e blogs no jornalismo de moda, pois com a internet,
houve diculdade das publicações impressas com novos formatos,
mas a mudança signicativa foi com os blogs de moda entraram na
grande mídia da moda e zeram com que as revistas não fossem
mais as únicas fornecedoras de notícias e informações da moda
(Rocamora, 2012).
Os trabalhos concordam que a digitalização foi lenta e isso
abriu espaço para os blogueiros prosperarem. Diversos exemplos
mostram como as revistas passaram a emular o modo de atuação
das blogueiras. Ou seja, as revistas adotaram aspectos dos blogs e
os blogs de moda também costumavam ser uma “remediação” das
revistas de moda (Rocamora, 2012, p.103) o que estabeleceu uma
relação não de pura rivalidade, mas de codependência e inuência
mútua (Rocamora, 2012, p. 104).
Houve um momento de desconança, posteriormente de
aproximação e depois o reconhecimento do papel das blogueiras
pelos jornalistas de moda e a mídia tradicional (Karhawi, 2018). Essas
fronteiras continuam ainda estão em constante ajuste, renegociação,
expansão, rearmação e diluição (Cheng e Tandoc, 2021).
Na Espanha, 62,5% das blogueiras declararam que sua tarefa
não tinha nada a ver com a de um jornalista, pois opinam em função
de critérios pessoais, mas 35% tinham a sensação de que seu trabalho
era o mesmo que o de um prossional de jornalismo (Molina, 2014, p.
595). Na Suécia, os blogueiros se beneciaram com um novo modelo
de negócio e inuenciaram o jornalismo de moda a se tornar uma
atividade cada vez mais pessoal (Laurell e Sandströem, 2014).
Na moda, nem sempre os conselhos se baseiam em fatos, mas
sim no gosto e na opinião, o que espaço para conitos sobre o
que constitui uma fonte conável (Boyd, 2015, p. 18). Uma pesquisa
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realizada na Itália observa que os inuenciadores da moda, as revistas
de nicho e o sistema editorial convencional formam um sistema
editorial da moda, pois as informações sobre moda são produzidas
por uma variedade de agentes e meios de comunicação, tanto dentro
como fora dos limites da prática jornalística (Pedroni e Mora, 2023).
Um estudo identicou que produtores de conteúdo do
Instagram percebem seu trabalho mais ou menos como jornalismo,
a depender com quem se comparam (Maares e Hanusch, 2020, p.
270). As fronteiras institucionais podem estar desaparecendo para o
próprio campo jornalístico, porque a marca pessoal para jornalistas
tradicionais tem se tornado importante (Maares e Hanusch, 2020,
p. 274). São percebidas diferenças em relação aos jornalistas por
eles não cobrirem assuntos ‘‘sérios’’, difíceis e por sua incapacidade
de seguir as diretrizes éticas por completo, mas são respostas que
os próprios jornalistas de estilo de vida podem não ter mais como
válida por reetirem uma ideia normativa do jornalismo (Maares e
Hanusch, 2020, p. 277).
Embora os estudos que envolvem blogs e a digitalização tenham
bastante importância, são poucas as pesquisas mais recentes sobre as
coberturas nas redes sociais ou plataformas, para onde os blogueiros
e as revistas migraram, apenas cinco artigos. Em português, há um
trabalho sobre as apropriações do Twitter pelo jornalismo de moda
(Flores, 2012) e outra análise do uso do Instagram por duas revistas
na cobertura de uma semana de moda de São Paulo em 2015
(Elman, 2016). Entre outros artigos, publicados a partir de 2021,
o livro “Insights on Fashion Journalism” (Findlay e Reponen, 2023)
contribui para preencher essas lacunas, mapear novos modelos de
negócio das revistas de moda, as inovações que têm ocorrido e as
características da crítica de moda diante nesse novo cenário.
As pesquisas ainda não revelam o real impacto da pressão
por cliques, engajamento, visibilidade, velocidade da produção e
interatividade com a audiência no jornalismo de moda. Já têm sido
exploradas em algumas pesquisas a ascensão de pautas sociais
como a diversidade, gênero, feminismo e a comunidade LGBTQIA+.
Houve mudanças nos hábitos de consumo, temáticas advindas das
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demandas sociais e abertura aos ativismos pautados pelas redes
sociais. Apenas um livro da Austrália trata sobre o jornalismo atrelado
à sustentabilidade na moda e um artigo no Brasil demonstra como
blogs jornalísticos funcionam como espaços frutíferos para disseminar
a ideia do consumo consciente, como é a partir do movimento do
slow fashion (Sousa et al., 2022).
Assim, está em crescimento, mas ainda são escassas as
pesquisas das relações do jornalismo de moda com as questões sociais
contemporâneas, cultura e tecnologia na produção e o consumo da
moda. Outro aspecto ainda pouco explorado é o jornalismo de moda
voltado à moda masculina, foco apenas de um capítulo de livro.
4.3 Produção acadêmica no Brasil e mundo (2011-2023)
A partir de abordagens interdisciplinares, as pesquisas
investigaram formatos, práticas, valores, impactos da mídia digital,
internet, inuências comerciais, mas a maioria privilegia análises das
dimensões simbólicas, estéticas das revistas, seu impacto no próprio
sistema o campo da moda, mas de maneira mais restrita a reexão
e crítica sobre o seu fazer jornalístico.
Quadro 1 e 2: Tipos de trabalhos e quantidade por país
Fonte: Elaborado pelos autores (2024).
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As pesquisas encontradas são de autoria de pesquisadores
vinculados principalmente a instituições do Brasil, Austrália, Áustria,
Suécia, Inglaterra, Itália, Estados Unidos, Singapura, Alemanha,
Portugal e Espanha (Quadro 1). Há também alguns textos que
tratam do jornalismo de moda na África do Sul, Porto Rico, Rússia
e Ucrânia. A produção acadêmica sobre o jornalismo de moda está
presente em periódicos e programas de pós-graduação das áreas de
Comunicação, Linguagens, Ciências Humanas, Cultura, Arte e Moda,
entre outros interdisciplinares. Os periódicos com mais artigos são os
indicados no Quadro 3. Nos periódicos de jornalismo, a maior parte
dos artigos são vinculados às discussões do jornalismo de estilo de
vida, sendo a moda um dos segmentos. Já nos periódicos de moda
e de comunicação, de aspectos do jornalismo nas interações entre
moda e a mídia.
Quadro 3: Periódicos com mais artigos
Fonte: Elaborado pelos autores (2024).
Já os autores mais recorrentes de autoria dos artigos, no Quadro
4. O autor mais recorrente é Folker Hanusch, da Universidade de Viena
- Áustria (7), Lydia Cheng e Edson Tandoc, da Universidade Tecnológica
de Nanyang – Singapura (3). No Brasil, possuem mais de uma
publicação: Thaisa Bueno (UFMA), Ana Marta Flores (UFSC), Débora
Elman (UFRGS) e Renata Cidreira (UFRB). Autores de instituições da
Austrália, Alemanha, Dinamarca, Itália e Inglaterra também assinam
mais de um trabalho (Quadro 4). As teses e dissertações disponíveis
nos repositórios são de pesquisadores vinculados a instituições do
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Brasil, Portugal, França e Espanha (Quadro 2).
Nas metodologias das pesquisas empíricas, são mais frequentes
análises de conteúdo, análise do discurso, além de coletas de dados
através de questionários e entrevistas. Folker Hanusch, Julie Bradford,
Agnes Rocamora, Marco Pedroni, Shannon Wylie são alguns dos
pesquisadores mais citados, além de Pierre Bourdieu e outros de
referência do jornalismo, como Barbie Zelizer, Mark Deuze, Tim Vos
e Pamela Shoemaker.
Quadro 4: Autores mais recorrentes
Fonte: Elaborado pelos autores (2024).
Os estudos são ecientes em demonstrar como o jornalismo
de moda tem funcionado como registro editorial da cultura. As
relações entre imagens, consumo, identidade e representações são
bastante exploradas, assim como algumas análises da linguagem e
formatação das tradicionais revistas de moda com discussões que
envolvem a escrita, design, fotograa, publicidade, cultura digital e
suas intersecções com o jornalismo.
O impacto dos blogs e blogueiras também mobilizou pesquisas
na última década em vários países, além das inuências comerciais
e da mídia digital que está em crescimento. Todos são estudos que
contribuem para compreender o funcionamento do jornalismo de
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moda, suas inuências, impactos socioculturais e alguns aspectos
que marcam o seu fazer, mas a investigação, reexão e crítica sobre
a sua associação com a prática jornalística, embora participem de
alguns estudos, geralmente não é o primordial.
No Brasil, ainda que com pesquisas bastante signicativas,
elas não estão nas principais revistas acadêmicas de Comunicação,
Jornalismo e Mídia. Assim como no cenário internacional, as pesquisas
sobre jornalismo de moda tiveram maior difusão em periódicos de
pesquisa em Moda (Fashion Theory e Dobras), dossiês temáticos
(Jornalismo de estilo de vida no periódico Journalism Practice, em
2012, Moda e Comunicação no periódico Popular Communication, em
2020), livros e possivelmente em eventos acadêmicos. Até 2023, a
ModaPalavra, outra revista brasileira cientíca da pesquisa em Moda,
possuía apenas um artigo publicado sobre o assunto.
Diante do total de trabalhos (Quadros 1 e 2) em um período de
doze anos, consideramos que a quantidade encontrada é signicativa,
mas é insuciente para compreender o jornalismo de moda diante
da totalidade de suas práticas e de tantas transformações. Assim,
constatamos a escassa produção acadêmica e principalmente a
ausência de investigações atualizadas sobre a relação do campo
jornalístico com a moda. As pesquisas sobre o Lifestyle Journalism,
realizada em alguns países, são inexistentes no Brasil. Além disso,
os estudos não se articulam entre si, pois os de língua portuguesa e
espanhola pouco mencionam os de língua inglesa, bem como os de
língua inglesa dialogam pouco com trabalhos em outras línguas.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A produção acadêmica caracteriza o jornalismo de moda como
jornalismo especializado, dotado de dinâmicas e conhecimentos
especícos, parte do sistema editorial da moda. O jornalismo de
moda é tido como um dos domínios do jornalismo de estilo de vida,
associado à cobertura das práticas de consumo e do entretenimento.
O mapeamento mostra que a produção acadêmica que possui
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interesse na reexão sobre o fazer jornalístico em moda em diálogo
com os fundamentos teóricos do jornalismo é restrita. O foco está
nas dimensões simbólicas e estéticas como a relação do jornalismo
de moda com a imagem, fotograa, design, corpo, consumo, marcas,
estilos, blogueiros, gênero, tecnologia, entre outros.
Os autores que tratam das funções do jornalismo de moda
consideram que as principais são: informar, opinar, interpretar, prestar
serviços, traduzir, selecionar, explicar, editar, ltrar, além da crítica de
moda. No estudo dos papeis do jornalismo são mais frequentes o
de prestador de serviço, de aconselhamento, de entreter, emocionar
e inspirar que se inserem no âmbito do jornalismo de estilo de
vida. Os estudos também destacam a forte presença da imagem e
da opinião, do gênero jornalístico opinativo. Imediatismo, serviço
público, autoridade e exclusividade são mencionados como valores
nas revistas.
A atualidade, novidade, efemeridade e periodicidade aparecem
como fundamentais quando se trata de temporalidade. Exceto
efemeridade, as outras três características são ans ao que se
considera como fundamento do fazer-jornalístico.
Cerca de um terço das pesquisas indicam mudanças de formatos
e das dinâmicas na mídia digital, internet e redes sociais, mas são
poucas as análises das seções ou editorias de moda em jornais online,
revistas de moda exclusivamente digitais, podcasts, redes sociais,
newsletters e novas plataformas. Também é necessário ampliar as
pesquisas sobre as inuências comerciais nesta prática. Assim, o
jornalismo de moda também dá oportunidade para investigações
capazes de problematizar as condições, possibilidades e limites do
jornalismo em uma sociedade capitalista, dominada pelo consumo,
as marcas e a mídia em todas as esferas da vida.
Com exceção da novidade e atualidade, os estudos não
problematizam com profundidade como (e se) o jornalismo de moda
opera os elementos da objetividade, interesse público, pluralidade e
verdade, geralmente entendidos como fundamentais do jornalismo.
Assim como outras categorias teóricas dos estudos de jornalismo, como
o conceito de fato e/ou acontecimento, critérios de noticiabilidade e
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valores-notícia.
Deste modo, as práticas jornalísticas presentes nas dinâmicas
das editorias, especializações, ou nichos dos produtos jornalísticos,
como as do jornalismo de moda, devem ser mais exploradas pelos
estudos de jornalismo. Isso pode ser importante para compreender o
seu papel como um dos agentes sociais do atual sistema editorial da
moda. Pesquisas futuras podem comparar o discurso dos jornalistas e
o que efetivamente ocorre na prática. Assim como as especicidades
do jornalismo de moda em diferentes produtos, formatos e lugares
do mundo.
AGRADECIMENTOS
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia
(FAPESB) pelo apoio a esta pesquisa através da bolsa de
estudos de doutorado concedida à autora principal do artigo.
Notas de m de Texto
1 Sistema brasileiro de avaliação de periódicos, mantido pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Os índices de avaliação
utilizados foram referentes ao quadriênio 2013-2016 da área de Comunicação e
Informação.
2 Biblioteca virtual que disponibiliza a produção cientíca nacional e internacional
para instituições de ensino e pesquisa no Brasil.
3 Plataforma de informações sobre teses e dissertações defendidas na pós-gra-
duação no Brasil.
4 Repositório mundial digital de teses e dissertações de mais de 47 países ou
regiões.
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Dossiê - A revolução da cultura digital no jornalismo de
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V.17, N.43 — 2024
DOI: http://dx.doi.org/10.5965/1982615x171432024016
The fundamentals of fashion journalism: a
mapping of academic production in Brazil
and worldwide (2011-2023)
Larissa Molina Alves
Phd resercher, Universidade Federal da Bahia, larimolina@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0003-1879-0840/ http://lattes.cnpq.br/0223497264458569
Lia da Fonseca Seixas
Phd, Universidade Federal da Bahia, liaseixas@gmail.com
Orcid: https://orcid.org/0000-0002-4459-6729/ http://lattes.cnpq.br/6178587093376509
Submitted: 01/31/2024 // Aced: 05/10/2024
ModaPalavra, Florianópolis, V. 17, N. 43, p. 16-76, jul/dez. 2024
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
The fundamentals of fashion journalism: a
mapping of academic production in Brazil
and worldwide (2011-2023)
ABSTRACT
The article aims to discuss the fundamental elements of fashion
journalism as specialized journalism. By mapping academic production
in journals, repositories and scientic databases, we produced a
state of the art of fashion journalism studies in Brazil and worldwide
published in three languages between 2011 and 2023. The results
reveal that fashion journalism is considered specialized journalism,
within what is called lifestyle. Presents similar functions to traditional
journalism, fashion criticism, as well as providing services, advice,
and entertainment; the characteristics of actuality, novelty and
periodicity; the strength of opinion, the opinionated journalistic genre
and the emphasis on image.
Keywords: Journalism; Fashion; Fashion Journalism.
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
Os fundamentos do jornalismo de moda:
um mapeamento da produção acadêmica
no Brasil e no mundo (2011-2023)
RESUMO
O artigo tem como objetivo discutir quais seriam os elementos
fundamentais do jornalismo de moda enquanto jornalismo
especializado. A partir do mapeamento da produção acadêmica em
periódicos, repositórios e bases de dados cientícos, produzimos o
estado da arte dos estudos do jornalismo de moda no Brasil e no mundo
publicados em três idiomas entre 2011 e 2023. Os resultados revelam
que o jornalismo de moda é considerado jornalismo especializado,
dentro do que se chama estilo de vida. Apresenta funções similares do
jornalismo tradicional, crítica de moda, além da prestação de serviço,
aconselhamento e entretenimento; as características de atualidade,
novidade, e periodicidade; a força da opinião, do gênero jornalístico
opinativo, e o destaque a imagem.
Palavras-chave: Jornalismo; Moda; Jornalismo de moda.
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
Los fundamentos del periodismo de moda:
un mapeo de la producción académica en
Brasil y en el mundo (2011-2023)
RESUMEN
El artículo tiene como objetivo discutir los elementos fundamentales
del periodismo de moda como periodismo especializado, uno de los
dominios del periodismo de estilo de vida. A partir de un mapeo de
la producción académica en revistas, repositorios y bases de datos,
elaboramos un estado del arte de los estudios sobre periodismo de
moda en Brasil y en el mundo, publicados en tres idiomas entre 2011 y
2023. Los resultados muestran que el periodismo de moda se considera
periodismo especializado, dentro de lo que se conoce como estilo de
vida. Tiene funciones similares del periodismo tradicional, crítica de
moda, así como la prestación de servicios, consejos y entretenimiento;
las características de actualidad, novedad y periodicidad; así como la
fuerza de la opinión, del género periodístico de opinión y el destaque
de las imágenes.
Palabras-clave: Periodismo; Moda; Periodismo de moda.
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
1. INTRODUCTION
A Fashion is a determining cultural phenomenon in the way
of life of contemporary societies. Fashion journalism is one of
the central ways the relationship between fashion and the media
manifests. However, over the past years, several changes have
imposed a process of recognition dispute on the activity regarding
other information mediators.
In this sense, the article’s purpose is to present a theoretical
discussion about the foundations of fashion journalism in contemporary
times. The aim is to identify which essential characteristics of this
practice are presented in existing studies on fashion journalism as
part of journalism.
This discussion is based on a systematic mapping (Kitchenham
and Charters, 2007; Petersen et al. 2008, Petersen et al., 2015)
of studies published in Brazilian and foreign scientic journals
dedicated to journalism and media studies, scientic databases, and
repositories of theses and dissertations. This enabled us to bring
together publications from dierent countries and in other periodicals
in Communication, Journalism, and Fashion, among other areas. The
analysis is also supported by studies of theories and foundations
of journalism such as Vos (2016), Groth (2011), Deuze (2005),
Franciscato (2005), Tuchman (1999), Schudson, (2001), Sponholz
(2008), Guerra, (2003), Gomes, (2009), Kovach and Rosenstiel,
2014, Lisboa and Benetti (2015), (Tavares, 2011), among others.
A mapping study provides an overview of the scope of the area
and allows you to discover research gaps and trends (Petersen et
al., 2008). The method consists of categorizing a large amount of
existing studies in the literature based on their results, and counting
the contributions based on this categorization (Petersen et al. 2008;
Petersen et al. 2015).
We analyze the functions, values, practices, and impacts of
digital media and social demands to understand what they reveal
about the foundations of fashion journalism. The results provide
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
discussions on the practice of fashion journalism in contemporary
times and an overview of academic production in Brazil and the world,
emerging and absent issues.
Fashion journalism is considered specialized journalism, one of
the lifestyle domains. It consists of discourse strategies or elements
of journalistic practice in dialogue with the dynamics of the fashion
eld. It presents as fundamentals the topicality, novelty, periodicity,
strength of opinion, and the prominence of the image. It has traditional
journalism functions such as informing, editing, and selecting, among
others, but fashion criticism is considered an important function, in
addition to providing services, advice, and entertainment.
The articles were most widely disseminated in fashion research
journals; in Communication and Journalism journals, and thematic
dossiers. The focus of studies is generally symbolic and aesthetic
aspects. There is little reection and criticism of journalistic practices
within the scope of fashion journalism.
Therefore, research is insucient to understand fashion
journalism as a whole and the current transformations in both elds.
Next, we present aspects that constitute fashion and journalism
to understand the possible interactions between these elements in
fashion journalism.
2. FASHION AND JOURNALISM
Fashion is a dynamic of periodic style change that stands out mainly
in clothing and appearance, but is also present in other instances
of culture and collective life (Lipovetsky, 1989, p. 23). However,
what constitutes and shapes the eld of fashion is the mechanics
that values, ideas, expectations, and value judgments nd for their
realization in the relationship between individuals and clothing and
other groups through them (Bergamo, 1998, p. 174-175).
Fashion journalism has been successful in creating for itself a
reputation for being frivolous, disengaged from reality, and serving
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
the privileged few (Miller and Mc Neil, 2018, p. 16). Fashion journalism
seeks to position fashion within culture, evaluate its contribution,
and meaning, and emphasize its importance as a product, but also
as a belief and system (Findlay and Reponen, 2023). We can say that
fashion journalism is an existing division of journalistic products into
editorials or thematic sections.
In Brazilian studies, journalism is often treated as a eld
(Bourdieu, 1997). To the extent that journalism is a eld, it is a
type of social space and social force (Vos, 2016, p. 393). Journalism
studies generally present current aairs, objectivity, authority, truth,
plurality, and public interest as the main elements of journalism.
Currentity, with periodicity, publicity, and universality are considered
properties of journalism by Groth (2011). Deuze (2005) indicated
that the typical ideal values of journalists would be: public service,
objectivity, autonomy, immediacy, and ethics. This would apply to
journalists of all types of media, genres, and formats that in some
way carry the ideology of journalism, and it would also be consensual
among journalists in dierent parts of the world (Deuze, 2005).
The main Brazilian authors of journalism studies understand that
current aairs are the experience of the present time, incorporated
into complex relationships that delimit the temporal meaning carried
out by journalism. The temporality of the present is an essential aspect
of journalistic activity: it contributes to the development of a “culture
of the present time”, directs how journalism is institutionalized, and
contributes to the social construction of the present time (Franciscato,
2005). Novelty, instantaneity, simultaneity, periodicity and public
revelation, for Franciscato (2005) compose current journalism.
Fashion and journalism share the element of novelty. “Virtually
all fashion theorists emphasize the new – as a constant succession of
“new” objects replacing those that were “new” but have now become
“old” (Svendsen, 2010, p. 16). Groth (2011) makes a distinction
between novelty and currentness. “The connection between both
meanings or groups of meaning is produced by the fact that the
present manifests itself as the only one, the properly real” (Groth,
2011, p. 223).
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
Objectivity is another concept commonly associated with
journalism, whether as intrinsic or as a myth. Some studies present
it as part of the standards to be followed in the profession (Schudson,
2001; Sponholz, 2008) or a central value of the activity (Henriques,
2021). For Sponholz (2008), objectivity in journalism can be
understood as the search for and approximation of reality. Tuchman
(1999) understands objectivity as a strategic ritual, which protects
journalists from the risks of their profession. In addition to verifying
the facts, there are four strategic procedures: a) Presentation of
conicting possibilities; b) Presentation of auxiliary evidence, c)
Judicious use of quotation marks, d) structuring of information in an
appropriate sequence, the hierarchical logic of journalistic discourse
(Lage, 1993; Seixas and Santana, 2022).
The public interest is a basis for the birth of modern journalism,
structured around parameters of truth and relevance of information
(Guerra, 2003). Public interest is the right of the public to know
certain things in their interest (Gomes, 2009, p. 71). The idea of
public interest understands that there are facts that the reader, as a
citizen, cannot fail to know.
Plurality, derived from pluralism, in an ideological or political sense,
corresponds to the attitude of acceptance of a plurality of dierent
and even divergent opinions or positions, which, however, respect
each other (Japiassú and Marcondes, 2001). Plurality is associated
with universality as a property of journalism, highlighted by Groth
(2011), as it reects the concern of newspapers being “universal”,
as well as the concept of diversity (Karppinen, 2018). In general, it
is observed whether there is plurality in the reports, sources, and
images.
The truth is contained in “ethics” among Deuze’s (2005) journalistic
values. Many authors understand truth as the rst obligation of
journalism and the discipline of verication as its essence (Kovach
and Rosenstiel, 2014, p. 5). Currently, truth has been thought of
as a justied true belief, as journalistic discourse demonstrates in
a justied way that it tells the truth or that it sought, through its
technical and professional procedures, to reach the truth” (Lisboa
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
and Benetti, 2015, p. 22).
3. METHODOLOGY
Aiming to discuss the foundations of fashion journalism, we
gathered information to build a state of the art of studies on the
subject in search of what scientic publications in Brazil and around
the world present as their main characteristics. The study is based on
the methodological procedures of systematic mapping (Kitchenham
and Charters, 2007; Petersen et al. 2008, Petersen et al., 2015).
The rst criteria for inclusion of studies were dened in the
planning stage, after formulating the research question, which is more
comprehensive or maybe several unlike the systematic literature
review (Kitchenham and Charters, 2007. p.44): the production must
have been published between 2011 and 2023. The period researched
covers transformations in the dynamics of journalism, fashion, and
media; 2012, when several articles about it were concentrated in one
journal; and 2011, when a book was published in Brazil.
In planning, we also dened where the searches would be
conducted: in Brazilian and foreign scientic journals dedicated to
journalism and media studies with Qualis A1, A2, A3 and A41, in
scientic databases: Scopus and Scielo; In academic repositories:
Capes Periodicals2, CAPES Theses and Dissertations Catalog3;
Brazilian Library of Theses and Dissertations, Open Access Scientic
Repositories of Portugal and the Networked Digital Library of Theses
and Dissertations4, which made it possible to locate works from
dierent countries and periodicals in Communication, Journalism,
Fashion, among other areas.
Another strategy was the denition of keywords, the languages
of these keywords, and their combinations with the following Boolean
operators: “Fashion Journalism”; “Journalism” AND “Fashion”;
“Lifestyle Journalism” AND “Fashion”; “Fashion Magazines” AND
“Journalism” and “Lifestyle magazines” AND “Journalism” AND
“Fashion” (the same terms in English, Portuguese and Spanish).
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The inclusion criteria were: a) in dissertations and theses, the
presence of terms in the titles, keywords, or abstract; b) in books
and book chapters, the terms in the titles; c) in articles, those
mentioned in the title, keywords or summary. In some cases, such
as in journalism periodicals, the terms are in the body of the text.
Research with a historical approach was not included, as the interest
was in studies relating to fashion journalism in the 21st century.
In total, 57 articles were gathered, many of them co-authored, 22
dissertations, 5 theses, 6 books and 21 book chapters authored by
researchers linked to institutions in 24 countries.
After planning and executing the searches, data was collected
with all the information necessary to answer the research questions,
both qualitative and quantitative. Subsequently, the material was read
and analyzed to produce the report, charts, tables, and interpretation
of the study according to the objective.
4. RESULTS AND DISCUSSION
The research that analyzes fashion journalism in Brazil
understands that this is a professional activity resulting from the
intersection of the eld of journalism and the eld of fashion in some
way. Although no study problematizes this discussion so much,
there is a consensus that journalism helps the fashion system create
the symbolic value of clothing through newspapers, magazines,
supplements, television, blogs, and other platforms (Best, 2018).
[…] fashion journalists are part of the
functioning of the fashion eld and must
produce belief in the value of the product and
the producer in this structure of production
and dissemination of goods (Borges, 2014, p.
41).
The research in Brazil and worldwide also characterizes it as
specialized journalism, although little is discussed about the concept
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of specialization in the area. In journalism, the areas of specialization
are a “reection” of the “thematic cycle” or “ow of themes” between
the media that seeks to meet demands present in society, responding
to crossings of social elds (Tavares, 2011, p. 159), although it
can also be associated with media, practices, language, audiences,
consumption habits, among other aspects.
One of the studies shows how fashion journalism can be
understood as a hybrid discourse genre, consisting of strategies
from journalism, advertising, and aesthetics (Elman, 2017). From
journalism, by activating strategies of novelty, topicality, veracity,
didacticism, specialized sources, authority, and normativity to fulll
its purposes. From advertising to magic, idealization, personalization,
and gurative language. As for aesthetics, scenography, colors,
scale, formation of sets, style, rhythm, and typography, with the
dominance of journalistic discourse that governs the dynamics of
other discourses (Elman, 2017, p.283).
Seduction, novelty, advisory ethos and descriptive strategies
are also recurrent (Figueiró, 2017). Other main characteristics are
the supremacy of the image, referential text, foreignism, neologism
and the dilution of interpretation and opinion in the text (Flores,
2018, p. 45).
In Brazil, fashion journalism would be distinct from fashion
journalism, as the former explores the movements of the phenomenon
or the fashion industry factually with language and resources typical
of daily journalism, in addition to being aimed at a broader audience
(Flores, 2018, p. 45). Fashion journalism is specialized journalism
in the fashion area, with its own peculiarities and text and image
specications, requiring a high level of knowledge from journalists
in related areas such as art, cinema, behavior, trends, and history
“[…] to unveil and adequately communicate the universe of fashion
to the public – also specic” (Flores, 2018, p. 46). Specialization was
the focus of research in Spain that defends, in fashion journalism,
capabilities, skills, attitudes, technological resources, and specic
ethical-professional characteristics (Vásquez, 2015).
These specicities materialize in formats classied as trend,
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
service, and behavior articles (Joly, 1991), celebrities (Flores,
2018), and fashion criticism as a specic genre (Flores, 2018, p. 46),
even if criticism is also understood as a function or synonym of fashion
journalism. Fashion magazines became established based on formats:
fashion shows, trend articles, and fashion editorials, associated with
the processes of the classic fashion system (Elman, 2017). Fashion
Fashion, Cultural Fashion, Mould Fashion, and Ostantatory Fashion
(Cidreira, 2011) are other ways of classifying the content of fashion
journalism, although they may appear associated.
On the other hand, the writing follows the dynamics of known
journalism genres and formats. Fashion news relates to current news,
following the inverted pyramid model. Fashion features do not need to
be immediately connected to events (Bradford, 2015, p. 109). Miller
and Mc Neil (2018, p. 154) consider features to be a term that covers
practically everything that is not considered news, such as proles,
lists, reviews, letters from readers, book reviews, and advice columns.
The use of journalistic genres varies across dierent products. In
magazines, news and reports are more frequent, generally with
opinions associated with the information (Ortiz, 2015; Bueno and
Arraes, 2020), and in blogs, opinion genres prevail (Molina, 2014).
A trend that characterizes contemporary fashion journalism in
English-language publications is its association with entertainment.
In Australia, fashion journalism is close to ‘infotainment (Wylie,
2012). Entertainment is key to the Lifestyle Journalism concept,
initially dened as a specic eld of journalism that targets the
reader as a consumer. News coverage of fashion is understood as one
of its domains or subelds (Hanusch, 2012). Because it is market-
oriented, and perceived as feminine, because of its proximity to the
economic eld due to the inuence of advertising, public relations
is often criticized and considered unworthy as a form of journalism
(Hanusch, 2012, p. 3). It was later dened as:
[…] journalistic coverage of the values and
expressive practices that help create and signify a
specic identity within the sphere of consumption
and everyday life (Hanusch and Hanitzsch, 2013,
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
p. 947, translated by the authors).
The articles note that lifestyle journalism is of economic
importance to the media industries and has social relevance because
the public looks to the media for guidance and advice on how to live
(Hanusch, 2017, p. 13).
Although part of Lifestyle Journalism, research indicates
particularities of fashion journalism. In the Danish press, journalists
report that fashion can be approached as an issue related to either
lifestyle, culture, and/or consumption, depending on the angle
chosen, and there is also the diculty of separating culture from
consumption (Kristensen and From, 2012, p. 27).
4.1 Values, functions and practices
A study investigated the relationships and boundaries between
fashion journalism and blogs. The top 20 English-language fashion
magazine websites and 20 fashion blogs shape their professional
identities in four areas: mode of presentation, rituals of asserting
authority, organizational structure, and relationship with the public
(Cheng and Tandoc, 2021, p. 15). Unlike blogs, Cheng and Tandoc
(2021) found the presence of the values of journalism (Deuze, 2005),
immediacy, and public service (Deuze, 2005) in fashion magazines by
emphasizing the delivery of the latest news, demonstrating authority
and exclusivity ( Cheng and Tandoc, 2021).
Research shows that fashion journalism must guarantee the
fulllment of functions and values that respond to the importance that
fashion has as a global industry and as a social agent: knowledge about
technological research in the textile industry, denition of canons
of good taste, boosting the discovering new talents, normalizing
personal diversity and establishing a continuous commitment to
the environment (Ortiz, 2015, p. 286). In interviews with Brazilian
fashion journalists, Borges (2014) brought together functions
mentioned by journalists that, at least in their speeches, are linked to
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
the principles of journalistic activity, such as objectivity, impartiality,
neutrality, provision of service to society, and commitment to the
reader (Borges, 2014, p. 38).
[...] it is up to the fashion editor or journalist to
“inform”, “translate”, “select”, “explain”, “edit”,
“lter” what was seen or witnessed, always
keeping in mind the reader of the vehicle you
are working on. This professional would be
endowed with a kind of feeling, “looking ahead”,
an experience that makes him/her capable of
“capturing” what was seen on the catwalks,
what will “stand out” and then teach reading
how to use it, in an almost didactic work, coated
with an aura of delity to the facts, free from
subjectivities or interpretations based on the
professional’s taste (Borges, 2014, p. 38-39).
Another important function is criticism, as fashion is also
understood as art or cultural expression. Fashion criticism gained
momentum at the end of the 20th century and is gradually legitimizing
itself as a form of criticism (Granata, 2018). Criticality and criticism
are expected in the context of fashion, as is the case in music,
cinema, and visual arts context; however, for judging, the journalist
must support the statement with arguments and criteria. Criticism
is a function of fashion journalism associated with the function of
“analysis” by journalism (Schudson, 2008; Reginato, 2017), as it
involves interpretation to understand reality.
In Brazil, according to Cidreira (2014), fashion criticism faces
the problems of excessive opinion, often the lack of judgment and the
intolerance of creators concerning comments that point out negative
aspects of a collection, which harms the creative aspect of fashion
and strengthens the commercial aspect (Cidreira, 2014, p. 68).
Online surveys and interviews with German and Danish lifestyle
journalists indicated the role of inspiring entertainers as the most
important (Hanusch, 2017). However, they demonstrated dierences
in the perception of journalistic roles in the areas of coverage. Fashion
and beauty were the most likely to support the service provider role,
just behind travel journalists (Hanusch, 2017). However, in countries
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
facing social challenges such as socioeconomic inequality and racial
tensions, such as South Africa, there was a strong presence of political
roles in lifestyle journalists’ responses (Hanusch and Banjac, 2020).
There is also the “aspirational” function and the need not to separate
everyday life and political life (Hanusch and Banjac, 2020).
Responses from 600 Australian lifestyle journalists (28.2%
of fashion and beauty journalism) demonstrated four main roles:
service provider, life coach, community advocate, and inspiring
entertainer (Hanusch, 2017). Economic aspects of the organization
and specializations are the most important factors for dierences
in journalists’ role perception (Hanusch, 2017, p. 13). The service
provider is ranked second by travel, fashion, and beauty journalists,
and the role of life coach last (Hanusch, 2017, p. 13).
The study, which interviewed 19 German and Austrian Instagram
content producers (fashion, beauty, food, and travel), showed that
despite performing functions similar to lifestyle journalists and
valuing journalism as a public good, they do not seek to transform the
journalistic eld. The majority of those in fashion and beauty defended
the role of providing service and advice (Maares and Hanusch, 2020,
p. 273). These discursive boundaries are considered areas where the
journalistic eld and other elds overlap, which can emphasize the
core values of the journalistic eld (Maares and Hanusch, p. 264).
Another category we consider fundamental for understanding
journalism is news value, which can be distinct from journalistic value.
Only four articles present this category as an important issue in the
study. Five dissertations present novelty and topicality as frequent
news values due to the collections presented being constantly
updated. In addition to notability and visibility, as identied in the
coverage of Portuguese fashion (Pais, 2013, p. 71)..
Another study conducted in South Korea in 2019 grouped some
criteria such as impact, interest, and prominence as social importance,
identifying expertness, timelessness, conict, and negativity. (Lee
and Chun, 2021). Thus, it suggests that the news values of fashion
journalism have similarities, but dier from general journalism due
to specialized characteristics. Another study presents several ways
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news values listed more recently in journalism studies can be applied
to fashion journalism (Lascity, 2023). Newness and current aairs are
also treated as discursive strategies and principles that journalism
presents as well.
Commercial, public relations, and advertising inuences also
seem decisive in the practices of fashion journalists. 55% of Spanish
journalists interviewed recognized that power groups determine the
editorial message of specialized magazines (Ortiz, 2015, p.481).
At Elle Portugal, there was little of its production and much writing
based on press releases complemented by internet research (Matos,
2016, p. 51). In interviews with Brazilian journalists, they report that
brands do not limit their work to their code of ethics, nor do they
exert constraints on the editorial line of each edition (Chaves, 2014).
Interviews with 89 lifestyle journalists (Australia and Germany)
show that they mainly experience inuences from advertisers, public
relations, and free products and services use. The increasingly
precarious economic environment of many organizations favored this
inuence (Hanusch et al., 2015). In travel journalism, personal and
fashion technology in both countries were most aected by free travel
and product provision (Hanusch et al., 2015, p.6). Similar results
were also indicated in later research with Australian journalists as
fashion and travel journalism were also most aected by access to
recent products, free clothes for photo sections, and accommodation,
which is seen as a necessity (Hanusch et al., 2019, p. 5).
However, studies note how most lifestyle journalists have
professional standards and develop strategies to combat commercial
inuences by taking their role of evaluating and advising seriously,
yet this also often creates a role crisis among journalists. journalists
(Hanusch et al., 2015, p.15).
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4.2 Impacts of digital media and social demands
Around 30% of the publications discussed the impacts of digital
media, the internet, and blogs on fashion journalism as with the
internet, there was diculty with printed publications using new
formats, but the signicant change was when fashion blogs entered
the mainstream fashion media, and it meant that magazines were no
longer the only providers of fashion news and information (Rocamora,
2012).
The works agree that digitization has been slow, and this has
created space for bloggers to prosper. Several examples show how
magazines began to emulate the way bloggers work. In other words,
magazines adopted aspects of blogs and fashion blogs also used to be
a “remediation” of fashion magazines (Rocamora, 2012, p.103) which
established a relationship not of pure rivalry, but of codependency
and mutual inuence (Rocamora, 2012, p. 104).
There was a moment of distrust, then of rapprochement, and
then recognition of the role of bloggers by fashion journalists and
traditional media (Karhawi, 2018). These borders are constantly
adjusting, renegotiation, expansion, rearmation, and dilution
(Cheng and Tandoc, 2021).
In Spain, 62.5% of bloggers declared that their task had
nothing to do with that of a journalist, as they gave their opinion
based on personal criteria, but 35% had the feeling that their work
was the same as that of a professional journalism (Molina, 2014, p.
595). In Sweden, bloggers beneted from a new business model and
inuenced fashion journalism to become an increasingly personal
activity (Laurell and Sandströem, 2014).
In fashion, advice is not always based on facts, but rather on
taste and opinion, which leaves room for conict over what constitutes
a reliable source (Boyd, 2015, p. 18). Research carried out in Italy
notes that fashion inuencers, niche magazines, and the conventional
editorial system form a fashion editorial system, as information
about fashion is produced by a variety of agents and media outlets,
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both inside and outside the limits of journalistic practice (Pedroni and
Mora, 2023).
A study identied that Instagram content producers perceive
their work more or less as journalism, depending on who they
compare themselves to (Maares and Hanusch, 2020, p. 270).
Institutional boundaries may be disappearing in the journalistic
eld itself because personal branding for traditional journalists has
become important (Maares and Hanusch, 2020, p. 274). Dierences
are perceived concerning journalists because they do not cover
‘’serious’’, dicult subjects and because of their inability to follow
ethical guidelines completely, but these are responses that lifestyle
journalists themselves may no longer consider valid because they
reect a normative idea of journalism (Maares and Hanusch, 2020,
p. 277).
Although studies involving blogs and digitalization are very
important, there is little recent research on coverage on social networks
or platforms, where bloggers and magazines have migrated, just ve
articles. In Portuguese, there is a work on the appropriations of Twitter
by fashion journalism (Flores, 2012) and another analysis of the use
of Instagram by two magazines in covering a São Paulo Fashion Week
in 2015 (Elman, 2016). Among other articles, published since 2021,
the book “Insights on Fashion Journalism” (Findlay and Reponen,
2023) contributes to lling these gaps, mapping new business models
for fashion magazines, the innovations that have occurred, and the
characteristics of fashion criticism in this new scenario.
The research still does not reveal the real impact of pressure
for clicks, engagement, visibility, production speed, and interactivity
with the audience on fashion journalism. The rise of social issues
such as diversity, gender, feminism, and the LGBTQIA+ community
have already been explored in some research. There were changes
in consumption habits, themes arising from social demands, and
openness to activism guided by social networks. There is only one
book from Australia that deals with journalism linked to sustainability
in fashion, and an article from Brazil demonstrates how journalistic
blogs function as fruitful spaces to disseminate the idea of conscious
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consumption, as is the case with the slow fashion movement (Sousa
et al., 2022).
Thus, there is still little research into the relationships between
fashion journalism and contemporary social issues, culture, and
technology in the production and consumption of fashion, but it is still
growing. Another little explored aspect is fashion journalism focused
on men’s fashion, the focus of just one book chapter.
4.3 Academic production in Brazil and the world (2011-2023)
Using interdisciplinary approaches, the research investigated
formats, practices, values, impacts of digital media, the internet, and
commercial inuences, but the majority privileges analyzes of the
symbolic and aesthetic dimensions of magazines, their impact on the
system itself, the eld of fashion, but of in a more restricted way to
reect and criticize his journalistic work.
Table 1 and 2: Types of work and quantity by country
Source: Prepared by the authors.
The authors and researchers are linked mainly to institutions
in Brazil, Australia, Austria, Sweden, England, Italy, the United
States, Singapore, Germany, Portugal, and Spain (Table 1).
Some texts deal with fashion journalism in South Africa, Puerto
Rico, Russia, and Ukraine. Academic production on fashion
journalism is present in journals and postgraduate programs
in the areas of Communication, Languages, Human Sciences,
Culture, Art, and Fashion, among other interdisciplinary areas.
The periodicals with the most articles are those indicated in Table
3. In journalism periodicals, most of the articles are linked to
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discussions of lifestyle journalism, with fashion being one of the
segments. In fashion and communication periodicals, aspects of
journalism in interactions between fashion and the media.
Table 3: Journals with the most
articles
Source: Prepared by the authors.
The most recurrent authors of the articles are shown in Table 4.
The most recurrent authors are Folker Hanusch, from the University
of Vienna - Austria (7), Lydia Cheng, and Edson Tandoc, from the
Nanyang Technological University - Singapore (3). In Brazil, they
have more than one publication: Thaisa Bueno (UFMA), Ana Marta
Flores (UFSC), Débora Elman (UFRGS) and Renata Cidreira (UFRB).
Authors from institutions in Australia, Germany, Denmark, Italy, and
England also author more than one work (Table 4). The theses and
dissertations available in the repositories are from researchers linked
to institutions in Brazil, Portugal, France, and Spain (Table 2).
In empirical research methodologies, content analysis,
discourse analysis, data collection through questionnaires, and
interviews are more frequent. Folker Hanusch, Julie Bradford, Agnes
Rocamora, Marco Pedroni, and Shannon Wylie are some of the most
cited researchers, in addition to Pierre Bourdieu and other journalism
leaders, such as Barbie Zelizer, Mark Deuze, Tim Vos, and Pamela
Shoemaker.
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ModaPalavra e-periódico / Dossiê
Table 4: Most recurring authors
Source: Prepared by the authors.
The studies demonstrate eciently how fashion journalism
has functioned as an editorial record of culture. The relationships
between images, consumption, identity, and representations are
extensively explored, as well as some analyzes of the language and
formatting of traditional fashion magazines with discussions involving
writing, design, photography, advertising, digital culture, and their
intersections with journalism.
The impact of blogs and bloggers has also mobilized research
in the last decade in several countries, in addition to commercial
inuences and growing digital media. They are all studies that
contribute to understanding the functioning of fashion journalism,
its inuences, sociocultural impacts, and some aspects that mark
its work. Even so, the investigation, reection, and criticism of its
association with journalistic practice, although they participate in
some studies, is generally not the primary one.
In Brazil, despite very signicant research, they are not in
the main academic journals of Communication, Journalism, and
Media. On the international scene, research on fashion journalism
had greater dissemination in Fashion research journals (Fashion
Theory and Dobras), thematic dossiers (Lifestyle Journalism in the
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journal Journalism Practice, in 2012, Fashion and Communication in
the journal Popular Communication, in 2020), books and possibly at
academic events. Until 2023, ModaPalavra, another Brazilian scientic
fashion research magazine, had only one article published about it.
Given the total number of works (Tables 1 and 2) over twelve years,
we consider that the quantity found is signicant, but is insucient
to understand fashion journalism given the totality of its practices
and so many transformations. Thus, we note the scarcity of academic
production and mainly the absence of updated investigations into the
relationship between the journalistic eld and fashion. Research on
Lifestyle Journalism carried out in some countries, is non-existent in
Brazil. Furthermore, the studies are not articulated with each other,
as those in Portuguese and Spanish barely mention those in English,
and those in English speak little to work in other languages.
5. FINAL CONSIDERATIONS
Academic production characterizes fashion journalism as
specialized journalism, endowed with specic dynamics and
knowledge, part of the fashion editorial system. Fashion journalism
is perceived as one of the domains of lifestyle journalism, associated
with the coverage of consumption and entertainment practices. The
mapping shows that academic production interested in reecting on
fashionable journalism in dialogue with the theoretical foundations
of journalism is restricted. The focus is on symbolic and aesthetic
dimensions such as the relationship between fashion journalism and
image, photography, design, body, consumption, brands, styles,
bloggers, gender, and technology, among others.
The authors who deal with the functions of fashion journalism
consider that the main ones are: informing, giving opinions,
interpreting, providing services, translating, selecting, explaining,
editing, and ltering, in addition to fashion criticism. In the study of
journalism roles, the roles of providing services, providing advice,
entertaining, moving, and inspiring are most common, which fall
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within the scope of lifestyle journalism. Studies also highlight the
strong presence of image and opinion, of the opinionated journalistic
genre. Immediacy, public service, authority, and exclusivity are
mentioned as values in the magazines.
In the matter of temporality, currentity, novelty, ephemerality,
and periodicity appear as fundamental. Except for ephemerality,
the other three characteristics are similar to what is considered the
foundation of journalism.
Around a third of research indicates changes in formats and
dynamics in digital media, the internet, and social networks; there
are only a few analyses of fashion sections or editorials in online
newspapers, exclusively digital fashion magazines, podcasts, social
networks, newsletters, and new platforms. It is also necessary to
expand research on commercial inuences on this practice. Thus,
fashion journalism also provides an opportunity for investigations
capable of problematizing the conditions, possibilities, and limits of
journalism in a capitalist society, dominated by consumption, brands,
and the media in all spheres of life.
Except for novelty and timeliness, studies do not discuss
in depth how and if fashion journalism operates the elements of
objectivity, public interest, plurality, and truth, generally understood
as fundamental to journalism. As well as other theoretical categories
of journalism studies, such as the concept of fact and or event,
newsworthiness criteria, and news values.
In this way, the journalistic practices present in the dynamics of
editorials, specializations, or niches of journalistic products, such as
fashion journalism, should be further explored by journalism studies.
This may be important to understand its role as one of the social
agents of the current fashion editorial system. Future research can
compare journalists’ speeches and what really happens in practice.
As well as the specicities of fashion journalism in dierent products,
formats, and places worldwide.
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ACKNOWLEDGMENT
The Bahia State Research Support Foundation (FAPESB) for supporting
this research through the doctoral scholarship granted to the main author
of the article.
End Notes
1 Brazilian periodical evaluation system, maintained by the Coordination for the Improvement of Higher
Education Personnel (CAPES). The evaluation indexes used referred to the 2013-2016 quadrennium of the
Communication and Information area.
2 Virtual library that makes national and international scientic production available to teaching and research
institutions in Brazil.
3 Information platform about theses and dissertations defended in postgraduate studies in Brazil.
4 Global digital repository of theses and dissertations from more than 47 countries or regions.
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