Iniciação às ciências na educação infantil: brincar e experimentar com a natureza
DOI:
https://doi.org/10.5965/1984723825572024019Palavras-chave:
construção de conhecimentos, iniciação às ciências, educação infantil, naturezaResumo
Neste artigo, o objetivo é discutir as perspectivas do ensino de Ciências para a educação infantil, ajustando-as à faixa etária e propósitos formativos desse nível de ensino no Brasil, que prevê a formação integral para além do cuidar. Parte-se do princípio da construção de conhecimentos desde o nascimento da criança, conforme Piaget, e de pontos tidos como chave para se pensar o ensino e aprendizagem de Ciências, considerando os avanços da área. O ajuste dos pontos-chave, uma vez que conceituações e a formulação de hipótese, entre outros aspectos, não são ainda factíveis, refere-se à valorização da investigação, da exploração do meio natural e da experimentação pela criança na escola, visando auxiliá-la no estabelecimento de relações lógicas em que tem papel ativo na realidade em vive. Defende-se que a educação infantil seja um momento de iniciação às Ciências com noções construídas no brincar e experimentações com a natureza, em hortas, jardins e atividades didáticas a elas relacionadas, em que objetivo e planejamento de ensino sejam suportes à construção de conhecimento nessa fase. São elencados três estudos, um dos quais critica a limitação das atividades de colorir e de cópia no contato da criança com conteúdos de Ciências. Alternativas para o ensino exemplificam as relações e ciclos nos temas como as abelhas sem ferrão, germinação e água, com coleta de água de chuva para regar o jardim. Portanto, a iniciação às Ciências pelo brincar e experimentar com a natureza são pautas para mudanças no ensino de Ciências.
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