RIVALIDADES REGIONAIS E POLÍTICAS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR: considerações sobre um exemplo político-autofágico no Oeste Catarinense
Resumo
Considerando que a educação é um bem com finalidade pública e de obrigatoriedade do Estado, esse texto analisa a implementação de políticas autofágicas de educação superior no Oeste de Santa Catarina. Para demonstrar esse movimento tomamos como exemplo a criação da Federação de Fundações do Meio-Oeste Catarinense (FEMOC), que se constituiu, na sequência, no Projeto da Universidade Regional do Meio-Oeste Catarinense (UNIMOC), tendo como finalidade a aglutinação de forças para impedir a criação da Universidade Federal do Oeste de Santa Catarina, em Chapecó, em agosto de 1980. O trabalho destaca que a educação superior catarinense tinha uma configuração sui generis no País. Possivelmente, era o único Estado brasileiro com esse modelo. Até final da primeira década do terceiro milênio existiam duas universidades públicas gratuitas centralizadas na Capital do Estado e, para as demais regiões, um sistema fundacional associado: a Associação Catarinense das Fundações Educacionais (ACAFE), com ensino pago e cursos oferecidos, na grande maioria dos casos, no período noturno e frequentados por estudantes que trabalham. O Projeto FEMOC/UNIMOC, na época, impediu a ampliação dos espaços públicos gratuitos para a região. O método utilizado para a pesquisa é estudo de caso. O trabalho está fundamentado em estudos bibliográficos e de campo, fazendo uma abordagem descritiva e qualitativa. Para coleta dos dados, utilizou-se as técnicas de entrevista e análise de documentos. As entrevistas seguiram um roteiro pré-estabelecido. A análise dos documentos faz relações com as entrevistas. O trabalho visa oferecer elementos que contribuam para a compreensão dos fenômenos que, a partir da análise dos contextos, influenciaram na definição de políticas de educação superior em Santa Catarina. No Oeste catarinense, o que poderia ser um exemplo de avanço, foi de retrocesso.Downloads
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