Práticas de leitura e escritas em rede: modos de ser e estar no mundo
Resumo
Leitores do livro impresso realizaram “práticas de leitura intensiva e extensiva” (Chartier, 2002), escreveram memórias dessas leituras, criaram seus próprios textos e constituíram uma rede de interatividade traduzida por compartilhamentos na internet, no período de publicação de 2009 a 2014. Tomando por base essa constatação, o objetivo central deste estudo refere-se às práticas de leitura reveladas a partir da fonte principal: as escritas de textos em suportes eletrônicos de sete leitores das obras de Erico Verissimo oriundos de diferentes regiões do Brasil, e integrantes de “redes” específicas de comunicação e socialização. Os princípios teórico-metodológicos adotados articulam as áreas de História da Educação e História do Livro e da Leitura, com ênfase nas análises de Michel de Certeau (1994) sobre as relações entre as “operações” envolvidas no ato de ler e os aspectos culturais nele imbricados. Os leitores em foco compartilharam experiências e narraram percursos singulares de conhecimento da literatura dentro e fora da escola ao relatarem como conheceram o escritor, identificaram as obras e as suas personagens favoritas. O sentimento de pertencimento a um grupo indica haver uma mútua cooperação a partir das ações dos leitores em sugerir propostas coletivas, dialogar, tomar decisões, comentar nos fóruns, e-mails e mensagens. Por essa razão, a partir do momento em que se identificam como um “grupo de admiradores” de Erico Verissimo, os participantes desta comunidade constroem modos de ser e estar no mundo, e assim, transmitem suas convicções e perspectivas por intermédio dos seus percursos educacionais.
Palavras-chave: Práticas de Leitura. Leitor. Leitura. Escrita.
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