História da Educação como Arqueologia: cultura material escolar e escolarização

Autores

  • Diana Vidal

Resumo

Nos últimos 20 anos, a comunidade ibero-americana de história da educação tem se preocupado em associar aos documentos textuais outros tipos de fontes de modo a alargar o conhecimento produzido no campo. O expediente tem suscitado o interesse pela preservação e constituição de arquivos e museus escolares. Nessa esteira, a cultura material escolar tem emergido como objeto de investigação e tem sido interrogado na sua dimensão de categoria e fonte para o entendimento da história da escola e do processo de escolarização tanto em Portugal quanto no Brasil. Operar com a materialidade tem trazido um conjunto de desafios teóricos e metodológicos aos pesquisadores do campo e estimulado o diálogo interdisciplinar, em especial com a antropologia e a arqueologia. Nesse sentido, explorar a contribuição desses campos conexos para a escrita da história da educação parece necessário. Para tanto, o artigo está organizado em três partes. Na primeira, procuro identificar a recorrência à cultura material como categoria e fonte na investigação em história. Na segunda, percurso semelhante é efetuado para a história da educação, tentando realçar as ênfases que têm sido dadas à questão e estabelecendo relação entre cultura material escolar e escolarização. No terceiro momento, as aproximações aos campos da antropologia e da arqueologia se fazem mais presentes visando oferecer subsídios metodológicos para a pesquisa com a materialidade em história da educação.

Palavras-chave: Cultura Material Escolar; História da Educação; Escolarização; Agência; Corpo.

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Publicado

2017-04-27

Como Citar

VIDAL, Diana. História da Educação como Arqueologia: cultura material escolar e escolarização. Revista Linhas, Florianópolis, v. 18, n. 36, p. 251–272, 2017. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/view/1984723818362017251. Acesso em: 25 dez. 2024.