Diferentes Sentidos de “NÃO”: Vozes de professores em formação continuada sobre o tema da Inclusão
Resumo
Este artigo se propõe a apresentar e explorar as narrativas de professores de cinco municípios do Rio de Janeiro, participantes do curso de formação continuada, intitulado Curso de Formação de Professores para a Inclusão do Público Alvo da Educação Especial: refletindo, planejando e agindo, ocorrido no decorrer do ano 2015. A versão de 2015 do curso foi toda filmada e gravada, os vídeos e áudios foram transcritos e minutados, de forma que geraram uma quantidade considerável de dados que foram transferidos para um software de análise qualitativa, o ATLAS.TI. Ao inserirmos os dados no software, a primeira providência tomada foi fazer um levantamento das palavras mais faladas. Como resposta, o software nos apontou uma significativa utilização do termo “não” ao longo do curso. A partir desta constatação, nossa curiosidade foi aguçada no sentido de saber: o que os “nãos” querem dizer? Os “nãos” falados, dizem respeito à negação, à dúvida, ou ao quê? Na sequência, os “nãos” foram então tratados, categorizados e analisados por meio da análise de conteúdo (BARDIN, 1979) e da perspectiva omnilética de análise (SANTOS, 2013). Os resultados obtidos nesta investigação nos mostraram que nem sempre o “não” está relacionando à negação e que aqueles apresentados nas narrativas dos professores dizem respeito a diferentes sentidos, como: o “não” que aponta para a afetividade, para a negligência da família, o “não” do medo, o “não” de Deus. Com este estudo foi possível, portanto, compreender as contradições e complexidades presentes nas realidades escolares dos professores participantes.
Palavras-chave: Formação Docente; Inclusão em Educação; Perspectiva Omnilética.
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