Organização do trabalho pedagógico em escolas do campo: limites e possibilidades
Resumo
À luz de um referencial teórico histórico-dialético, este texto discute questões relacionadas à organização do trabalho pedagógico nas escolas do campo, considerando os principais desafios da atual conjuntura do meio rural brasileiro. Como questão de fundo, traz à tona o debate da especificidade, ou não, da escola do campo. Entendemos que a expropriação do trabalho do homem do campo, bem como a precarização da condição de vida e a miséria ocasionam grande impacto social no meio rural, e contribuem para o esvaziamento do campo. E neste contexto de mudanças na configuração do rural e nas condições objetivas de vida, mudou também o homem, o trabalhador do campo. Neste sentido, o sujeito do campo não pode ser pensado como alguém isolado, excluído completamente de quaisquer resquícios de desenvolvimento. Diante do contexto da reestruturação produtiva e das novas formas de organização do trabalho rural, houve uma ampliação e uma diversificação de atividades, divididas entre agrícolas e não agrícolas, de maneira que os trabalhadores foram obrigados a residir onde quer que sua materialidade minimamente esteja garantida. E no sentido de apreender as formas de organização da vida no campo, e, sobretudo da escola do campo buscamos pinçar alguns elementos para pensarmos a educação na atualidade.
Palavras-chave: Trabalho pedagógico; Escolas rurais; Educação rural.
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