Currículo, tecnologias e inovação: para uma discussão da aprendizagem em contextos educacionais
Resumo
Na discução contemporânea dos estudos curriculares, sobretudo entre paradigmas da modernidade e pós-modernidade (Pacheco, 2012; 2013a; Lipovetsky, 2012), o currículo está associado à inovação (Fino, 2008; 2009) e às tecnologias (Mendes, Pacheco & Sossai, 2010), i.e., à mudança, que se pretende sucessiva e permanente, e à sociedade da informação, cada vez mais suprassumindo uma natureza reticular (Castells, 2002). Com a escrita deste artigo, procuramos explorar a relação entre currículo, inovação e tecnologias no contexto escolar, recorrendo à análise das orientações curriculares portuguesas, tendo por base alguns dos pressupostos teóricos ligados ao construcionismo (Papert, 1985). Explora-se, ainda, o significado da linguagem de aprendizagem, face à linguagem da educação (Biesta, 2013) em função das políticas de partilha de conhecimento (Steiner-Khamsi, 2012) e do modelo pós-burocrático de gestão (Maroy, 2012), que originam um novo significado para as tecnologias em contexto educacionais. Deste modo, entendemos que as tecnologias são ferramentas cognitivas (Jonassen, 2007) que tendem para novas abordagens curriculares, que implicam uma discussão não só dos métodos pedagógicos, como também das aprendizagens. Quer isto dizer, que as tecnologias, constantemente renovadas ao longo dos tempos, podem não corresponder a processos de inovação se não forem baseadas em perspetivas construcionistas, em que a matética adquire a centralidade pedagógica, de acordo com os princípios da aprendizagem construcionista de Papert (2008; 1985).
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