Pulsão estética: uma transgressão possível

Autores

  • Cecilia Cavalieri Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Contemporânea - PPGArtes Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Resumo

O presente artigo tem como objetivo articular o corpo e seus processos artísticos de inscrição no espaço e pretende ressignificar o corpo não como suporte para a arte e para a escrita, como já foi longamente visto na literatura sobre arte e performance, mas como produtor de suportes artísticos para manter-se ligado ao real dos corpos. Essas inscrições do corpo no espaço são observadas por um viés filosófico e ganham contorno à medida em que são vistas, por meio de testemunhos, como recorrentes no trabalho de alguns artistas plurais e vistos como transgressores, como Hélio Oiticica, Ana Mendieta, Marguerite Duras e Antonin Artaud, chegando à formulação do que poderia ser um desdobramento do conceito freudiano de pulsão, a pulsão estética.

Biografia do Autor

Cecilia Cavalieri, Programa de Pós-Graduação em Arte e Cultura Contemporânea - PPGArtes Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Artista visual, graduada em Comunicação Social, mestranda em Artes Visuais pela UERJ [Universidade do Estado do Rio de Janeiro] sob orientação do professor e artista Roberto Correa dos Santos, com quem desenvolve um trabalho teórico sobre pulsão estética e autopoiesis. Trabalha com fotografia, videoarte, instalação e poesia em narrativas que investigam o corpo fragmentado, a natureza como vazio/falta e a construção do sujeito por meio de seu apagamento [objet-trouvé/ sujet-trouvé], utilizando materiais como espelhos quebrados, madeiras e o próprio corpo da artista como matrizes de imagens fotográficas e monotípicas. Abandonou a carreira de jornalista para se dedicar às artes e tem ateliê no Largo das Artes. Já participou de exposições em Florianópolis, no Rio de Janeiro, em Brasília, Bergen, Berlim e teve textos literários publicados em vários sites e revistas de cultura e comportamento.

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Publicado

2015-02-05