Formar formas em formação: abordagem experiencial e inventiva das artes visuais
DOI:
https://doi.org/10.5965/244712671112025227Palavras-chave:
Artes Visuais, Educação Estética, Experiência, Invenção, Narrativas de SiResumo
Este artigo apresenta uma abordagem experiencial e inventiva das artes visuais, explorando processos de aprendizagem e feitura de sentidos a partir da experiência estética. Como referência, toma-se o curta-metragem NoirBlue – Deslocamentos de uma Dança (2018), de Ana Pi, investigando seu processo criativo, no qual a artista inventa maneiras próprias de expressão. A partir da produção de sentidos ancorada no vivido, delineiam-se quatro tomadas de posição no ensino das artes visuais: fazer-se presente, fazer soar as experiências, abrir brechas e transcender epistemologicamente. Além disso, o artigo apresenta o projeto poético-pedagógico Afetos da Memória em Visualidades Campesinas, desenvolvido por estudantes de um curso de Educação do Campo, evidenciando como essa abordagem pode aproximar a arte da vida, integrando produções artísticas, sujeitos da experiência e seus espaços de vivência.
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