Experiência, arte e educação pela perspectiva analítica de Dewey
DOI:
https://doi.org/10.5965/24471267922023152Palavras-chave:
educação, arte, experiência, DeweyResumo
O texto constitui-se por sete partes partindo de uma introdução em que a proposta de caráter bibliográfico é apresentada, se desenvolvendo basicamente pelas referências de John Dewey que tratam do tema envolvendo arte e educação, fundados no conceito de experiência. Após expor algumas informações teórico-biográficas sobre o autor, partimos do problema dos dualismos presentes em nossa cultura, desde os gregos, que acarretou um desmerecimento da experiência em favor da dimensão da teoria, lócus privilegiado da verdade. Nesse sentido, a arte estando no contexto da prática humana se desenvolvia na empiria localizando-se numa dimensão de inferioridade frente às atividades nobres do espírito, cuja contemplação era entendida como a fonte do saber científico verdadeiro. Essa compreensão dos saberes humanos gerou dificuldades que ainda são observadas numa classificação injusta marcadamente elitista e preconceituosa. Tais prejuízos demandam da educação um trabalho formativo urgente para que a profecia de Dewey não se realize, segundo a qual, caso os trabalhadores não se apropriem dos fundamentos das suas atividades, facilmente tornar-se-ão mero apêndices da tecnologia e das máquinas que operam. Pretendendo tornar a filosofia da educação essencialmente acessível e vinculada estreitamente às práticas pedagógicas, Dewey parte da experiência vitalmente associada ao desenvolvimento humano e social, desde que apresente uma qualidade estética que a faz única e seja garantidora do crescimento processual, constante e realmente educativo. Percebemos a importância da arte na educação ao lado da ciência e da filosofia, para o aprimoramento do pensamento cada vez mais avançado para o enfrentamento dos problemas presentes no mundo das experiências.
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Referências
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