Os efeitos marginalizadores da heteronormatividade em The boys in the band
DOI:
https://doi.org/10.5965/24471267632020128Palavras-chave:
The boys in the band , teatro gay , culutra do armárioResumo
O estudo contribui para uma melhor compreensão da história cultural da masculinidade e da sexualidade. Para tanto toma como base a peça de teatro The boys in the band, de Mart Crowley, suas respectivas encenações americanas (1968-2018) e sua versão cinematográfica (2020) para imprimir discussões sobre as subjetividades homossexuais pré-Stonewall, pré-fechação, pré-lacração. Os autores, seguindo as impressões de Tony Adams (2011), levam em conta o papel central que a saída do armário – o segredo homossexual masculino – desempenha na cultura ocidental, mas se afastando da lógica dualista, que obriga o sujeito a sair ou a permanecer no armário, permitindo-lhe vislumbrar a política identitária como sempre aberta, contínua, e nunca totalmente estável.
Downloads
Referências
ADAMS, T. E. Narrating the Closet An Autoethnography of Same-Sex Attraction. Califórnia: Left Coast Press, 2011.
ARMSTRONG, E. A., & CRAGE, S. M. Movements and Memory: The Making of the Stonewall Myth. American Sociological Review, vol. 71, 2006, p. 724-751.
BERLAND, L.; WARNER, M. Sexo en público. Fractal, n°12, año 3, vol. IV, enero-abril de 1999, p. 91-120.
BESSA, K. Os festivais GLBT de cinema e as mudanças estético-políticas na constituição da subjetividade. Cadernos Pagu, n. 46, nº 28, 2007, p. 257-283.
COLLING, Leandro; ARRUDA, Murilo Souza; NONATO, Murillo Nascimento. Perfechatividades de gênero: a contribuição das fechativas e afeminadas à teoria da performatividade de gênero. Cadernos Pagu [online], n.57, 2019, p. 1-34.
COSTA, R. D. Sociabilidade homoerótica e relações identitárias: o caso do jornal O Snob (Rio de Janeiro, década de 1960). Revista Tempo e Argumento, vol. 2, núm. 2, 2010.
CROWLEY Mart. The boys in the band. FUNARTE/ Centro de Documentação e Pesquisa: Cópia, 1970.
ERIBON, D. Reflões sobre a questão gay. Rio de Janeiro: Companhia de Freud, 2008.
GREEN, J. Além do carnaval: a homossexualiudade masculina no Brasil do século XX. São Paulo: UNESP, 2000.
GREEN, J.; POLITO, R. Frescos Trópicos: Fontes sobre a homossexualidade masculina no Brasil (1870-1980). Rio de Janeriro: José Olympio, 2006.
HARRIS, M. Vulture. Disponível em: https://www.vulture.com/article/the-boys-in-the-band- netflix.html. Acesso em 29 de set de 2020.
LOURO, Guacira Lopes. Teoria queer - uma política pós-identitária para a educação. Revista Estudos Feministas, Ano 9, 2º sem., 2001, p. 541-553.
MACRAE, E. A construção da igualdade: política e identidade homossexual no Brasil da abertura. Salvador: EDUFBA, 2018.
MAZUI, G.;CASTILHOS, R.; ORTIZ, D. Bolsonaro diz que decisão do STF sobre homofobia foi ‘completamente equivocada’. Disponível em: G1: https://g1.globo.com/ politica/noticia/2019/06/14/bolsonaro-disse-que-decisao-do-stf-sobre-homofobia-foi- completamente-equivocada.ghtml. 14 de junno de 2019. Acesso: 13 de out de 2020.
MUNIZ, V. Stonewall (2015). In: V. C. (Org.), Direito, Política e Cinema (com spoilers), vol. 2. Porto Alegre: Editora Fi, 2017, p. 107-111.
NEWTON, Esther. Mother Camp: Un estudio de los transformistas femeninos en los Estados Unidos. Madrid: Ed. María José Belbel Bullejos, 2016.
NUNAN, A. Homossexualidade: do preconceito aos padrões de consumo. Rio de Janeiro. Editora Caravansarai, 2003.
PIKINGTON, E. The Guardian. Disponívelem: https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2019/ jun/19/stonewall-50th-anniversary-night-that-unleashed-gay-liberation. 19 de jun de 2019. Acesso: 23 de outubro de 2020.
QUINALHA, Renan. O mito fundador de Stonewall: Onde quase tudo começou... In: IGNACIO, Taynah. Tem saída? Perspectivas LGBTI+ sobre o Brasil. Porto Alegre: ZOUK, 2020.
QUINN, D. The Boys in the Band Hits Broadway in an Intoxicating and Starry Production Led by Jim Parsons. Disponível em: https://people.com/theater/the-boys-in-the-band-review/. 01 de jun de 2018. Acesso: 03 de nov de 2020.
SEDGWICK, E. K. A epistemologia do armário. Cadernos Pagu, nº 28, janeiro-junho de 2007, p. 19-54.
STEFFEN, L. Do footing aos afters: vem com a gente fazer uma viagem pela cena noturna LGBT de São Paulo nos últimos 100 anos. Disponível em: Music non stop: https://musicnonstop. uol.com.br/uma-viagem-pela-cena-noturna-lgbt-de-sao-paulo-nos-ultimos-100-anos/. 06 de junho de 2017. Acesso em 13 de nov de 2020.
THÜRLER, D. Beco da OFF: o último que fecha - a rua da diversidade e da “ex-centricidade” ou stonewall inn é aqui. Seminário Internacional Fazendo Gênero 10 (Anais Eletrônicos), 2013, p. 1-9.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Djalma Thürler
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores de trabalhos submetidos à Revista APOTHEKE autorizam sua publicação em meio físico e eletrônico, unicamente para fins acadêmicos, podendo ser reproduzidos desde que citada a fonte. Os mesmos, atestam sua originalidade, autoria e ineditismo.
Os artigos publicados pela revista são de uso gratuito, destinados a aplicações
acadêmicas e não comerciais. Os direitos autorais são todos cedidos à revista. Os artigos cujos autores são identificados representam a expressão do ponto de vista de seus autores e não a posição oficial da Revista Apotheke. O(s) autor(es) se compromete(m) a sempre que publicar material referente ao artigo publicado na Revista Apotheke mencionar a referida publicação da seguinte forma:
"Este artigo foi publicado originalmente pela revista Apotheke em seu volume (colocar o volume), número (colocar o número) no ano de (colocar o ano) e pode ser acessado em: http://www.revistas.udesc.br/index.php/APOTHEKE/index"
É responsabilidade dos autores a obtenção da permissão por escrito para usar em seus artigos materiais protegidos pela Lei de Direitos Autorais. A revista Apotheke não é responsável por quebras de direitos autorais feitas por seus colaboradores.
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob Licença Creative Commons do tipo atribuição BY-NC:
Atribuição (BY): os licenciados têm o direito de copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, conquanto que deem créditos devidos ao autor ou licenciador, na maneira especificada por estes.
Uso Não comercial (NC): os licenciados podem copiar, distribuir, exibir e executar a obra e fazer trabalhos derivados dela, desde que sejam para fins não comerciais.
Após a publicação dos artigos, os autores permanecem com os direitos autorais e de republicação do texto.