Abordagem metodológica de conservação da história e do patrimônio: o Vale do Douro

Autores

  • Isabel Vaz de Freitas Universidade Portucalense
  • Juan Carlos Martín Cea Universidade de Valladolid
  • Olatz Villanueva Zubizarreta Universidade de Valladolid
  • Isabel del Val Valdivieso Universidade de Valladolid

DOI:

https://doi.org/10.5965/2175180309212017402

Resumo

O Patrimônio em áreas rurais ou urbanas anota a passagem do tempo e da história das comunidades. Evoca memórias locais que permitem ao visitante sentir diversas emoções e passar por várias experiências. Monumentos ou construções mais simples, mais complexos ou até desaparecidos, podem ser transformados em paisagens cênicas e atrair visitantes permitindo conhecer as diferentes perspectivas com que o homem assentou nos espaços num determinado tempo. Propõe-se capturar esses momentos históricos, sobreviventes nos territórios até aos nossos dias e expor o significado estético, social, econômico e político como parte de uma construção espacial preparada para ser visitada e conhecida em comum. Retratamos um elemento de grande relevo para a Península Ibérica – o Rio Douro – e sugerimos que esta herança histórica comum, que se apresenta hoje de formas diversas, seja incluída nos itinerários de forma a revelar cenários interpretados e levar os visitantes a lugares históricos plenos de emoção. Sugerimos como metodologia a reflexão e o debate em torno da revisão da literatura, resultantes de projetos desenvolvidos sobre o tema da água desde 1996, sob a supervisão de Isabel Del Val Valdivieso e com a colaboração de numerosos pesquisadores da Península Ibérica que produziram extensa literatura sobre a temática da presença de água na história. De acordo com os resultados desses projetos, desenvolve-se uma metodologia que possa salvaguardar e comunicar o patrimônio com uma perspectiva de preservação e manutenção da memória para as futuras gerações, em particular do patrimônio desaparecido ou ainda adormecido no subsolo.

 

Palavras-chave: Patrimônio. Significância. História. Visita.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Isabel Vaz de Freitas, Universidade Portucalense

Professora Associada com Agregação da Universidade Portucalense, Departamento de Turismo, Património e Cultura

Juan Carlos Martín Cea, Universidade de Valladolid

Profesor Titular de Historia Medieval na Universidade de Valladolid; Departamento de Filosofia e Letras

Olatz Villanueva Zubizarreta, Universidade de Valladolid

Profesor Titular de Historia Medieval na Universidade de Valladolid; Departamento de Filosofia e Letras

Isabel del Val Valdivieso, Universidade de Valladolid

Profesor Catedrático de Historia Medieval na Universidade de Valladolid; Departamento de Filosofia e Letras

Referências

ABAD GARCÍA, I. y PERIBÁÑEZ OTERO, J. La pesca fluvial en el reino de Castilla durante la Edad Media. In DEL VAL VALDIVIESO, Mª I. del (Coord.), Vivir del agua en las ciudades medievales. Valladolid, Secretariado de Publicaciones, 2006, p. 147-180.

AGAPITO Y REVILLA, J. Los abastecimientos de aguas de Valladolid. Apuntes históricos. Boletín de la Sociedad Castellana de Excursiones. Vol. III. Ed. Facsímil, 1907-08. pp. 228-233.

ASHWORTH, G. Preservation, Conservation and Heritage: Approaches to the Past in the Present through the Built Environment. Asian Anthropology. Vol. 10, nº1, p. 1-18, 2011.

ASENJO GONZÁLEZ, M. Segovia: la Ciudad y su Tierra a fines del medievo. Segovia, 1986.

ASSMAN, J. & CZAPLICKA , J. Collective Memory and Cultural Identity. New German Critique. No. 65, Cultural History/Cultural Studies, p. 125-133, Spring - Summer, 1995.

CARDOSO, A. B. Douro: um rio selvagem em finais de setecentos. In MARTINS, Manuela, DEL VAL VALDIVIESO, Isabel, FREITAS, Isabel Vaz de (coord.). Caminhos da água: paisagens e usos na longa duração. CITCEM, 2012, p. 237-253.

CAYON CAGIGAS, A. Grant fortuna del mar: construcciones portuárias y espiritu empreendedor en las villas portuárias de la España Atlantica en la Edad Média. In RIBEIRO, Maria do Carmo Ribeiro; MELO, Arnaldo Sousa (coords.). Evolução da paisagem urbana: transformação morfológica dos tecidos históricos. CITCEM, 2014, p. 245-273.

COSTA, M.L.; Castro, R. V. A. Patrimônio imaterial Nacional: preservando memórias ou construindo histórias? Estudos de Psicologia. Vol. 13, nº2, p. 125-131, 2008.

DEL VAL VALDIVIESO, M. I. Preocupación urbanística e intereses económico-sociales en el ocaso de la Edad Media. In Desplat, Ch. (dir.). Terres et hommes du Sud, Hommage à Pierre Tucoo-Chala. Biarritz, J and D Editions, 1992, pp. 369-386.

DEL VAL VALDIVIESO, M. I. El abastecimiento de agua a Segovia en el contexto bajomedieval castellano. Estudios Segovianos. Vol. 94, pp. 731-776, 1996.

DEL VAL VALDIVIESO, M. I. Agua y organización social del espacio urbano. In DEL VAL VALDIVIESO, Mª Isabel (coord.). Usos sociales del agua en las ciudades hispánicas de la Edad Media. Valladolid: Universidad de Valladolid, 2002, pp. 13-41.

DEL VAL VALDIVIESO, M. I. Agua y poder en la Castilla bajomedieval. El papel del agua en el ejercicio del poder concejil a fines de la Edad Media. Valladolid: Junta de Castilla y León, 2003.

DEL VAL VALDIVIESO, M. I. Rio y vida urbana en la Castilla del siglo XV. In Biblioteca: estudio e investigación, Nº. 24, 2009, pp. 47-62.

DOMÍNGUEZ RODRÍGUEZ, A. Aspectos del urbanismo vallisoletano en torno al año 1500, puertas, arrabales y puentes. Instituto de Geografía Aplicada. Madrid: Patronato Alonso de Herrera, 1976.

DUARTE, L.M. (2014). As fronteiras do “império”: Porto, Gaia e Vila Nova nos séculos XIII-XVI. In RIBEIRO, Maria do Carmo e MELO; Arnaldo Sousa (coords.). Evolução da paisagem urbana: cidade e periferia. CITCEM, 2014, p. 65-79.

FALCÓN PÉREZ, M. I. Abastecimiento de agua limpia y evacuación de aguas residuales en Zaragoza en la Edad Media. In DEL VAL VALDIVIESO, Mª Isabel (coord.). Usos sociales del agua en las ciudades hispánicas de la Edad Media. Valladolid: Universidad de Valladolid, 2002, p. 273-297).

FERNÁNDEZ VALVERDE, J. Historia de los hechos de España, de Rodrigo Jiménez de Rada, Madrid: J. Fernandez Valverde, 1989.

FREITAS, I. V. Recolher obrigatório: uma imposição da noite medieval. Revista Ciências Históricas. Vol. 13, pp. 31-41, 1998.

HERRAN MARTINEZ, J.I. & Santamaria Gonzalez J.E. (1991). Documentación arqueológica de la canalización aparecida en la calle Teresa Gil (Valladolid) correspondiente al «viaje de Argales». Informe técnico depositado en el Servicio Territorial de Cultura de la Junta de Castilla y León. Valladolid: Junta de Castilla y Léon, 1991.

LARKHAM, P. J. Conservation and the city. NY: Routledge, 2005.

LETELLIER, R. Recording, Documentation, and Information Management for the Conservation of Heritage Places: guiding principles. Los Angeles: The Getty Conservation Institute, 2007.

LINAGE CONDE, J.A. Frontera y desierto en la España medieval. In Actas del Congreso la Frontera Oriental Nazarí como Sujeto Histórico (S.XIII-XVI): Lorca-Vera, p. 355-358, 1994, 22 a 24 de noviembre de 1994.

LORENZO SANZ, E. Historia de Medina del Campo y su tierra. Vol. 1: Nacimiento y expansión. Valladolid, 1986.

LOWENTHAL, D. The Past is a Foreign Country. Cambridge University Press, 1990.

MAY, D. E. Rethinking the conflict between landscape change and historic landscape preservation. Journal of Heritage Tourism. Vol. 11, nº 2, p. 186-190, 2016.

PRICE, S. N. P.; Talley, M.K. & Vaccaro. A. M. Historical and Philosophical Issues in the Conservation of Cultural Heritage. Los Angeles: Getty Publications, 1996.

RUCQUOI, A. “Molinos et aceñas au coeur de la Castille septentrionale (XI-XV siècles). In Les Espagnes Médiévales: aspects économiques et sociaux (Mélanges offerts à Jean Gautier Dalché). Université de Niza, 1983, pp. 107-122.

SÁNCHEZ DEL BARRIO, A. Estructura urbana de Medina del Campo, Valladolid: Junta de Castilla y León, 1991.

SANTO TOMÁS, M. Los baños públicos en Valladolid: agua, higiene y salud en el Valladolid medieval. Valladolid: Ayuntamiento de Valladolid, 2002.

SEGURA GRAÍÑO, C. Agua y sistemas hidráulicos en la Edad Media hispana. Madrid: Al-Mudayna, 2003.

SQUATRITI, Paolo. Landscape and Change in Early Medieval Italy. Chestnuts, Economy and Culture, Cambridge: University Press, 2013.

TEIXEIRA, R. Castelos e organização dos territórios nas duas margens do curso médio do Douro (Séculos IX-XIV. Mil Anos de Fortificaçoes na Península Ibérica e no Magreb (500-1500). Simpósio Internacional sobre Castelos 2000, 2002, p. 463-476.

URSACHE, M. Tourism – Significant Driver Shaping a Destinations Heritage In Heritage as an alternative driver for sustainable development and economic recovery in South East Europe -Project SEE/B/0016/4.3/X SAGITTARIUS, Procedia - Social and Behavioral Sciences. Vol. 188, p. 130-137, 14 May 2015.

Vereaçoens: anos de 1401-1440, o segundo Livro de Vereações do Município do Porto existente no seu Arquivo. Câmara Municipal do Porto, 1980.

VILLANUEVA ZUBIZARRETA, O. Actividad alfarera en el Valladolid bajomedieval. Valladolid: Universidad de Valladolid. Valladolid, 1998.

WORTHING, D. & Bond, S. (2008). Managing Built Heritage: The Role of Cultural Significance. Disponível em http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/9780470697856.ch3/summary. Acesso em :12 jan.2017.

Fontes

Burra Charter, 2013. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/The-Burra-Charter-2013-Adopted-31_10_2013.pdf. Acesso em: 23 de Jan. 2017.

Carta de Cracóvia (2000). Disponível em

http://www.patrimoniocultural.pt/media/uploads/cc/cartadecracovia2000.pdf. Acesso em: 23 de Jan. 2017.

Carta de Veneza (1964). Acedida em

http://www.patrimoniocultural.pt/media/uploads/cc/CartadeVeneza.pdf. Acesso em: 23 de Jan. 2017.

Códice Rico (T, Ms. T-I-1, Real Biblioteca del Monasterio de El Escorial).

Archivo Municipal de Segovia (incluyendo los Libros de Actas Municipales).

Archivo General de Simancas, Cámara de Castilla (Pueblos), Registro General del Sello.

Downloads

Publicado

2017-09-26

Como Citar

FREITAS, Isabel Vaz de; CEA, Juan Carlos Martín; ZUBIZARRETA, Olatz Villanueva; VALDIVIESO, Isabel del Val. Abordagem metodológica de conservação da história e do patrimônio: o Vale do Douro. Revista Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 9, n. 21, p. 402–428, 2017. DOI: 10.5965/2175180309212017402. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/tempo/article/view/2175180309212017402. Acesso em: 29 mar. 2024.