Estudos de Tendências: contributo para uma abordagem de análise e gestão da cultura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5965/1982615x11222018049

Palavras-chave:

tendências, cultura, coolhunting, trendwatching, trendspotting

Resumo

O presente artigo pretende problematizar o desenvolvimento e o processo de consolidação dos Estudos de Tendências, enquanto área transversal com características transdisciplinares, que se desenvolveu em articulação com os conceitos e as práticas de áreas como os Estudos de Cultura. As várias perspetivas dos Estudos de Tendências e as suas diversas associações promovem um desenvolvimento disperso que se torna considerar e desconstruir, encontrando pontos em comum e práticas, ou perspetivas, distintas, com vista a uma maior coesão de conceitos e de metodologias. Neste sentido, importa apresentar um modelo de articulação para a identificação e a observação sistemáticas de tendências, no âmbito do estudo das mudanças ao nível da cultura e de mentalidades. Isto permite gerar um processo paralelo de análise cultural capaz de contribuir com as bases para a geração de soluções estratégicas para questões institucionais e sociais, numa nova abordagem ao nível da gestão da cultura.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nelson Pinheiro Gomes, University of Lisbon

Programa em Cultura e Comunicação da FLUL.

Referências

ARNDT, Ernst Moritz. Arndt's Spirit Of The Times: Being The Work For The Publication Of Which The Unfortunate Palm, Of Erlangen, Was Sacrificed By Napoleon, The Destroyer. Tradução de Peter Will. Kila: Kessinger Publishing Co, 2009 [1808].

BAL, Mieke. Travelling concepts in the humanities: a rough guide. Toronto: U. of Toronto Press, 2002.

BIRD, Sarah; TAPP, Alan. Social Marketing and the Meaning of Cool. In Social Marketing Quarterly. Vol 14, Issue 1, pp. 18 - 29, 2008.

CARERI, Francesco. “Transurbância + Walkscapes ten years later”. In Redobra. Tradução de Federico Bonaldo, Nº 11, pp. 235-247, 2013.

CARERI, Francesco. Walkscapes, O Caminhar como Prática Estética, São Paulo: Editora Gustavo Gili, 2013 [2002].

CARLYLE, Thomas. Signs of the times. In The Collected Works of Thomas Carlyle. London: Chapman and Hall, 1858 [1829].

DRAGT, Els. How to research trends - move beyond trend watching to kickstart innovation. Amsterdam: BIS Publishers, 2017.

ELIOT, Thomas Stearns. Notes towards the definition of culture. London: Faber and Faber Limited, 1948.

ERNER, Guillaume. Sociología de las tendencias. Tradução de Cristina Zelich. Barcelona: Gustavo Gili, 2016.

GLADWELL, Malcolm. “The coolhunt: Who decides what’s cool? Certain kids in certain places–and only the coolhunters know who they are”. In The New Yorker, 1997. Disponível em: http://www.newyorker.com/magazine/1997/03/17/the-coolhunt (acesso em 02/08/2017)

______. The Tipping Point - How Little Things Can Make a Big Difference. Boston/New York: Little, Brown and Company, 2000.

GLOOR, Peter; COOPER, Scott. Coolhunting: chasing down the next big thing. New York: Amacon, 2007.

GLOOR, Peter; KRAUSS, Jonas S.; NANN, Stefan. “Coolfarming – How Cool People Create Cool Trends”. Boston: MIT Center for Collective Intelligence & Galaxyadvisors, 2009.

HEGEL, Georg. Lectures on the philosophy of history. Tradução de J. Sibree. London: G. Bell and Sons, 1914 [1840].

HIGHAM, William. The Next Big Thing - Spotting and forecasting consumer trends for profit. London: Kogan Page, 2009.

HOLT, Douglas. How Brands Become Icons: The Principles of Cultural Branding. Boston: Harvard Business School Press, 2004.

INGLIS, Fred. Cultural Studies. Cambridge: Blackwell, 1993.

MÁRTIL, Victor. Coolhunting – El arte y la ciencia de descifrar tendencias. Barcelona: Empresa Activa, 2009.

MASON, Henry; MATTIN, David; LUTHY, Maxwell; DUMITRESCU, Delia. Trend Driven Innovation. New Jersey: Wiley, 2015.

MCCRACKEN, Grant. Chief Culture Officer - How to create a living, breathing corporation. New York: Basic Books, 2011.

MILL, John Stuart. The spirit of the age. In: The Collected Works of John Stuart Mill, Volume XXII - Newspaper Writings December 1822 - July 1831 Part I, ed. Ann P. Robson and John M. Robson. Toronto: University of Toronto Press, London: Routledge and Kegan Paul, 1986.

MORACE, Francesco. O que é o futuro? Tradução de Kathia Castilho. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2013.

MORIN, Edgar. A Cultura de massas no século XX: O espírito do tempo. 9 ed. Tradução de Maura Ribeiro Sardinha. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007 [1962].

NEUMANN, Birgit; NÜNNING, Angsar (Eds.). Travelling Concepts as a model for the study of Culture. Berlin/Boston: De Gruyter, 2012.

RAYMOND, Martin. The trend forecaster’s handbook. London: Lawrence King, 2010.

RECH, Sandra. Tendências: a efígie da sociedade materializada no estilo e consumo. Entrevista a Leslie Chaves. In IHU on-line, Edição 486, 2016. Disponível em: <http://www.ihuonline.unisinos.br/artigo/6465-sandra-regina-rech> (acesso em 25/01/2017).

ROHDE, Carl. Serious Trendwatching. Tilburg: Fontys University of Applied Sciences and Science of the Time, 2011.

SAID, Edward. Travelling theory. The world, the text, and the critic. Cambridge, MA: Harvard UP, 1983.

SAUKKO, Paula. Doing Research in Cultural Studies: an introduction to classical and new methodological approaches. London: Sage, 2003.

TALEB, Nassim N. The black swan: the impact of the highly improbable. New York: Random House, 2007.

VEJLGAARD, Henrik. Anatomy of a trend. New York: McGraw-Hill, 2008.

WILLIAMS, Raymond. The Long Revolution. Harmondsworth: Penguin Books, 1975 [1961].

Publicado

2018-07-01

Como Citar

GOMES, Nelson Pinheiro; COHEN, Suzana Amarante de Mendonça; FLORES, Ana Marta M. Estudos de Tendências: contributo para uma abordagem de análise e gestão da cultura. Modapalavra e-periódico, Florianópolis, v. 11, n. 22, p. 049–112, 2018. DOI: 10.5965/1982615x11222018049. Disponível em: https://periodicos.udesc.br/index.php/modapalavra/article/view/11824. Acesso em: 28 mar. 2024.