Uma pedagogia para o público: o lugar de objetos, observação, produção mecânica e armários-museus <em>DOI: 10.5965/1984723814262013222</em>
Resumo
Este artigo tem vários temas importantes condensados: a relação entre a organização da escolarização em massa e sua sustentação por meio de tecnologias simples, os modos pelos quais as rotinas das aulas e da escola ligavam objetos a ações, a relação especial entre inovadores e artefatos, e a economia e o método de produção destes artefatos escolares. São formas de abordar a constituição do processo de escolarização com ênfase no contexto material que a sustentou e as formas pelas quais os objetos ganham significado dentro dela. Nesta abordagem destaca-se o trabalho pedagógico centrado nas lições de coisas, revelando inúmeros significados, cada um ligado a análises mais amplas, mas muitas vezes distintas, sobre a escolarização. Os aspectos mecânicos das tarefas poderiam se encaixar perfeitamente nas ideias da Fábrica Racional e outras organizações, já que foram criadas no século XIX. A pedagogia da aprendizagem implícita nas aulas, que, em seus próprios termos, era sofisticada, não podia ser separada do formalismo e da mecanização do período. Na verdade, as ideias de Pestalozzi sobre os objetos e seus usos na educação sugerem que eles se generalizaram porque foram capazes de fundir-se com grandes temas dominantes sobre organizações produtivas e pela atividade através das múltiplas e acumulativas tarefas mecanizadas. Os objetos e a necessidade de observá-los e desenhá-los enquadram-se na tese da alfabetização técnica, uma habilidade necessária no desenvolvimento dos trabalhadores para as novas organizações industriais.Downloads
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